terça-feira, 11 de outubro de 2016

A LENDA DE TARZAN



                                                     
  A LENDA DE TARZAN
(THE LEGEND OF TARZAN)


                                    Filme americano lançado em 2016, gênero ação e aventura, com direção de David Yates,  trata de um personagem que consegue se desconectar de uma única obra, se tornando universal, e desde que este herói foi criado em 1912 por Edgar Rice Burroughs, ganhou dezenas de livros, diversos quadrinhos e desde 1918, é adaptado para o cinema. Tarzan é com certeza um mito dos tempos modernos. Trata-se de uma releitura da clássica lenda de Tarzan, na qual um pequeno garoto órfão é criado na selva, e mais tarde tenta se adaptar à vida entre os humanos. Na década de 30, Tarzan(Alexander Skarsgärd, o vampiro de True Blood), aclimatado à vida em Londres, em conjunto com sua esposa Jane(a bela atriz Margot Robbie, do filme Esquadrão Suicida), é chamado para retornar à selva, onde passou a maior parte da sua vida, onde servirá como um emissário do Parlamento Britânico.  Interessante este filme, porque foca num momento posterior ao que costuma ser retratado, o longa acompanha o retorno do Lorde Greystoke as suas origens primatas, conta o retorno de John Clayton III à figura de Tarzan, um homem que foi civilizado, que assume suas obrigações sociais, mas o chamado, em forma de emboscada num primeiro momento, faz com que volte a ser herói, volte a lenda. É assim que A Lenda de Tarzan consegue tratar de temas como esta dimensão mítica do personagem  e o momento histórico que Tarzan se insere sem esquecer de que não deixa de ser uma grande aventura. Ótimas atuações para Samuel L. Jackson (Os Oito Odiados) no papel de George Washington Williams, excepcional como sempre a atuação de Christoph Waltz (Django Livre, Bastardos Inglórios) no papel do vilão Leon Rom, e também eficaz a performance de Alexander Skarsgärd e da linda Margot Robbie.  Verdade seja dita, A Lenda de Tarzan não é um filme perfeito, pois se nem em todo aspecto ele consegue ser original, é bastante interessante ver um projeto que assume o risco de dar uma nova abordagem a um mito tão conhecido. O longa consegue ser uma grande aventura, sem deixar de ser consciente, apostando num realismo, sem deixar de ser imaginativo. Amigos cinéfilos, acima de tudo e apesar dos senãos, essa película faz jus ao mito de Tarzan e por tais motivos acima descritos , eu recomendo assistí-lo, por se tratar de  um agradável entretenimento.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

JADOTVILLE




                                                






JADOTVILLE
(THE SIEGE OF JADOTVILLE)




                   Filme de gênero drama de guerra histórico, lançado em outubro de 2016 pela Netflix, com direção do estreante nas telas Richie Smyth, mais conhecido no mundo de videoclipes e comerciais do U2, Bon Jovi, The Verve. Kevin Brodbin (filme Constantine) assina o roteiro. Este filme foi rodado na Irlanda e África do Sul. Sua história é baseada no cerco de Jadotville, ocorrido em setembro de 1961, durante a intervenção das Nações Unidas no Congo, quando um pequeno batalhão de soldados irlandeses(150 homens), em missão de paz na África, resistiu aos ataques de 3000 congoleses e mercenários que trabalhavam para corporações de minerações, por 6 dias. Começo meu comentário, dizendo que apesar de não apreciar muito filmes de guerra, esse eu gostei, as convincentes atuações dos atores irlandês Jamie Dornan(Cinquenta Tons de Cinza) como comandante do batalhão,  a do francês Guillaume Canet( Na Próxima, Acerto o Coração) como Falques, Mark Strong(Kingsman: Serviço Secreto) como Dr. Conor Cruise O'Brian,  e Jason O'Mara (Terra Nova) como o Sgt. Jack Prendergast, deram autenticidade ao entretenimento. Por se tratar de uma história verídica, ao assistir ao filme, ficamos perplexos com o desenrolar das ações tomadas à época, por isso não vou falar mais, a fim de não estragar o seu divertimento. Gostei do filme, boa história, bem realista as cenas de guerra, o senão foi a curta aparição da sempre bela atriz francesa Emmanuelle Seigner no papel de  Madame Lafontaigne. Filme bem montado, com o figurino fiel à época, boa trilha sonora, enfim amigos cinéfilos, como uma análise global desta película, eu gostei muito e por esse motivo eu recomendo aos fãs do gênero e como eu também, recomendo para quem não é fanático por filmes de guerra.Vale a pena conferir. Até a próxima.









segunda-feira, 29 de agosto de 2016

UM DIA




                                                              
                                                             UM DIA
                                                                (ONE DAY) 



        Filme americano, gênero drama e romance, lançado em 2011, com direção da dinamarquesa Lone Scherfig (Filme Educação,2009), é uma adaptação ao cinema do best seller de mesmo nome, do escritor David Nicholls, conta a história de Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess) se conheceram na faculdade, em 15 de julho. Esta data serve de base para acompanhar a vida deles ao longo de 20 anos. Neste período Emma enfrenta dificuldades para ser bem sucedida na carreira, enquanto Dexter consegue sucesso fácil, tanto no trabalho quanto com as mulheres.            A vida de ambos passa por várias outras pessoas, mas sempre está, de alguma forma, interligada. Começo meu comentário, falando que a  vida costuma pregar peças. Situações inesperadas fazem com que aquilo que surge como certo se desestruture por completo, outras que aparentam ser ao acaso, se mostram cruciais. Uns chamam de destino, outros de imprevisível. Independente da opção, fato é que a vida jamais deixa de surpreender, ao menos para quem se dispõe a encará-la de frente. A grande sacada de David Nicholls, autor do livro "Um Dia", foi contar a história de um casal a partir de um único dia por ano, ao longo de duas décadas. Por vezes os protagonistas nem mesmo se encontram neste dia, mas o momento de suas vidas retrata bem o contexto geral do que estava reservado para ambos. No fundo é uma história de amor típica, que apenas se aproveita de um truque esperto de narrativa. No cinema, onde palavras precisam se transformar em imagens, a passagem dos anos é apresentada de forma criativa e leve, muitas vezes inserida no próprio contexto da cena. O ritmo da "vida em um dia" funciona, provocando lacunas intencionais que não deixam dúvidas ao espectador sobre o que aconteceu no período. Tudo para facilitar o bom entendimento da trama. O maior problema de Um Dia, em um romance é a falta de paixão, pois tirando a reta final, onde um flashback com as emoções à flor da pele arrebata o espectador, o filme é um pouco frio. Mesmo com Emma repetindo a paixão quase obsessiva que nutre por Dexter, raríssimos são os momentos em que uma faísca de magia surge entre os personagens. Em parte graças à atuação apática de Jim Sturgess, impulsionada pela personalidade de Dexter. É na esperança de Emma e em sua crença no amor que sente, que o filme se sustenta, auxiliado pela boa atuação de Anne Hathaway. Irregular, mas ainda assim bastante interessante, Um Dia, chama a atenção pelo todo. O quanto alguém conhecido ao acaso se torna importante em sua vida e a forma como esta pessoa muda ao longo dos anos, não apenas pelo contexto que a cerca, mas principalmente pelo lado emocional. 
        Mas não se engane, Um Dia não é um filme de amor idealizado, repleto de flores. Os espinhos estão presentes, por vezes dolorosos, assim como também é a vida em certos momentos. Amigos cinéfilos apesar de certos percalços na trama,  gostei desse filme e o recomendo para quem gosta deste tipo de película.  


                                                             

10 ANOS DE PURA AMIZADE




                                                      


                   10 ANOS DE PURA AMIZADE
                             (TEN YEARS)


                        Filme americano lançado em maio de 2013 para DVD, com direção na estréia de Jamie Linden, roteirista de We Are Marshall(2006) e Querido John(2010), gênero também comédia romântica, conta a história de um grupo de amigos se reunem dez anos após a formatura e percebe que, em alguns aspectos, o tempo não passou. Jake (Channing Tatum) está prestes a ficar noivo, mas balança ao reencontrar a antiga namorada, Mary (Rosario Dawson). O valentão Cully (Chris Pratt) pretendia pedir desculpas àqueles que sofreram com suas "brincadeiras", mas perde a linha após beber além da conta. Marty (Justin Long) e A.J. (Max Minghella) continuam tentando impressionar Anna(Lynn Collins), enquanto Reeves(Oscar Isaac), agora um astro do rock, ainda não encontra coragem para falar com Elise (Kate Mara).  Começo meu comentário, falando que é um filme pintado de amizade, amor, com atores da nova geração do cinema e lembrando uma importante e inesquecível fase da nossa vida. Mais uma vez, nesse como em Magic Mike (2013), Channing Tatum se destaca, e também está bem acompanhado por um ótimo roteiro e por um elenco de grande potencial. Channing Tatum, está ótimo, em um papel de um homem que está a um passo de tomar uma grande decisão, ele consegue transpor sua emoção, sua dúvida e sua expectativa diante daquele momento que vivencia. Atualmente ele é um dos melhores atores dessa nova geração. 10 anos mostra o que acontece muito mundo afora com amigos que estudaram juntos no ensino médio, que viveram muitas experiências e um dia se reencontram depois de 10 anos. O resultado é um reencontro que provoca mudanças e descobertas, com temas que engloba amor, amizade e expectativas. Filme interessante que vale a pena ser visto, ele resulta em uma reflexão alimentada especialmente pelo destino final dado aos personagens: por mais que a gente queira guiar a vida, é a vida que nos guia, seguindo da maneira que tem que ser, e não da maneira que queremos que ela seja.Recomendo!!!!!     

JUNTOS PELO ACASO



                                                         


                                 JUNTOS PELO ACASO
                          (LIFE AS WE KNOW IT)




                                     Continuando a minha saga em assistir  filmes românticos no fim de semana, esse segundo também americano, lançado em 2010, com direção de Greg Berlanti, conta a história de Holly Berenson (Katherine Heigl) e Eric Messer (Josh Duhamel) se conhecem, mas o primeiro encontro deles é um verdadeiro desastre. a única coisa que eles têm em comum é a paixão pela afilhada Sophie (Alexis Clagett/ Brynn Clagett). Só que um acidente fatal deixou a menina órfã dos pais e a dupla foi designada para cuidar da pequenina. Obrigados a permanecerem juntos para cuidar dela, eles enfrentam as dificuldades típicas de quem passa a ser pai e mãe de uma hora para outra e começam a se entender melhor.Começo meu comentário, dizendo que a ordem natural das coisas é conhecer uma pessoa, se apaixonar, casar e ter filhos.Menos em comédias românticas deste ano. Coincidentemente, no mesmo ano em que tivemos Plano B, também recebemos Juntos pelo Acaso, quando no primeiro a solteirona Zoe(Jennifer Lopez), com medo de ficar para titia, resolve ser mãe solteira, segundos antes de cruzar seu príncipe encantado, vemos agora o caso de uma igualmente bem sucedida empresária, holly(Katherine Heigl), ganhando uma filha sem ter alguém do seu lado. Filme bem parecido com outros já exibidos, as "situações cômicas" passam pelas óbvias situações de peixe fora d'água, e o bom do filme são a participação das trigêmeas Alexis, Brynn e Brooke Clagett, que fazem a Sophie, elas são fofas a ponto de fazer bandido de faroeste se emocionar ao ouvir a pequena menina falando "mamãe" pela primeira vez ou dando os seus primeiros passos. As obviedades passam também pela atuação. Ainda não é dessa vez, por exemplo, que Duhamel consegue provar se pode ou não atuar, ou é só mais um rostinho bonitinho para agradar as mulheres incandescentes. Eu diria o mesmo da Katherine, está tão artificial em cena, não rolando a química entre eles, e também nesse, está faltando mostrar seu talento como atriz e não somente aparecendo como mais um rostinho bonito de  Hollywood. Em resumo, amigos, esse também não recomendo, existem outros muito melhores.  

APENAS DUAS NOITES




                                           

                                     APENAS DUAS NOITES
                             (TWO NIGHT STAND)

                  Fim de semana estava nostálgico, e decidi assistir filmes leves e românticos, comecei por esse filme americano, produzido em 2014, porém, lançado em maio de 2016, para DVD, com direção de Max Nichols, gênero comédia romântica, conta a história desde que Megan(Analeigh Tipton), terminou o seu noivado, ela passa a maior parte do seu tempo em casa, entediada. Um dia, seus amigos a convencem a sair um pouco, e encontrar alguém na internet para uma noite de sexo sem compromisso. Assim ela encontra Alec (Miles Teller), com quem passa uma noite desastrosa. No entanto, na hora de ir embora, uma grande nevasca bloqueia a porta, forçando os dois a permanecerem juntos, e a se conhecerem melhor. Começo meu comentário, dizendo que achei esse filme uma mistura de vários filmes em um só, nada de inovador. A única parte interessante desta película, é que a história contada sobre como os dois dividem experiências sexuais e falam abertamente sobre determinados contextos que um casal comum não costuma conversar de forma tão direta, achei legal. A proposta do enredo do filme, como comédia foi até boa, mas dificilmente você vai rir em alguma cena. Sua história narra a vida de duas pessoas frustradas e desesperadas, mas em busca da mesma ambição: Sexo casual. Achei a história batida, chata, sem ação. A coisa mais excitante nesse filme, foi quando o vaso do banheiro da casa do Alec entupiu. Finalizo, dizendo que essa produção não merece o seu tempo, embora eu tenha visto o filme do início ao fim, para poder comentar sobre ele. Até mais!!!!!! 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

CAÇA AOS GÂNGSTERES


                                                             

                              
                              CAÇA AOS GÂNGSTERES
                           (GANGSTER SQUAD)

                              Filme americano produzido em 2012 com direção de Ruben Fleischer, gênero ação mesclando com suspense e drama, conta a história passada em Los Angeles no final da década de 1940, em que Mickey Cohen (Sean Penn) é um dos líderes da máfia do Brooklyn, usando a violência para conquistar espaço e respeito no meio. Quando ele decide expandir suas atividades pelo oeste dos Estados Unidos, um grupo especial da polícia é criado para capturá-lo. O encarregado por sua organização é John O'Mara (Josh Brolin), um policial incorruptível que escolhe a dedo os integrantes de sua equipe. Juntos eles precisam agir à margem da polícia, já que Mickey possui contatos dentro da corporação, que permitem que saiba todos os movimentos antes mesmo que eles aconteçam. Começo meu comentário, que embora goste deste tipo de filme, esse não me convenceu, pois seu diretor Ruben , apostou numa bela direção de arte e num elenco recheado de bons atores, como Sean Penn, o canadense  Ryan Gosling (Sgt. Jerry Wooters), Robert Patrick, Giovanni Ribisi, e a gracinha da Emma Stone, como o interesse amoroso de Gosling e professora de etiqueta do personagem de Penn, para afinal, esbarrar em uma série de clichês que impedem a história de decolar. Chega a ser triste quando vemos tanta gente boa junta e um resultado medíocre, vazio. E não é por falta de boa vontade, o diretor até quis fazer um trabalho grandioso, que honrasse os filmes de gângster da Warner, como os estrelados por James Cagney e Edward G. Robinson, principalmente os mais violentos, antes que o Código Hayes proibisse a carga de violência que esses filmes carregavam. Embora Mickey Cohen seja uma figura real, que trabalhou com o irmão de Al Capone em Chicago, e fez um "estágio" por Las Vegas, antes de fincar raízes em Los Angeles, o filme apenas se inspira em sua história e as lendas que o circulam- como, por exemplo, a de que nunca repetia um terno mais do que uma vez. A tal unidade secreta de Caça aos Gângsteres idealizada pelo chefe Bill Parker (Nick Nolte), se existiu realmente, era o segredo mais bem guardado da cidade, que mais vive das fofocas e celebridades. Segundo dados oficiais, Cohen passou várias temporadas na cadeia, mas seu principal problema não foi com os policiais e assassinatos, mas sim com o Imposto de Renda. Finalizo amigos, em resumo, trata-se da velha história do bem contra o mal, mas sem tons de cinza. Nada contra, mas o filme de Fleischer não tem estilo nem charme, por esses motivos eu não o recomendo, pois há filmes deste gênero muito superiores, e sem  elenco de grandes atores como esse. Até a próxima.  

PAIS E FILHAS



       
                                                   PAIS E FILHAS 
                        (FATHERS AND DAUGHTERS)    


                   Filme italiano e americano lançado aqui no Brasil em 2016, gênero drama, com direção do italiano Gabriele Muccino (o mesmo de "A Procura da Felicidade"  em 2006 e "Sete Vidas" em 2008, ambos com o ator Will Smith), quero deixar registrado que mais uma vez o meu sobrinho Paulo Roberto, também amante de bons filmes, me indicou e o assisti nesse fim de semana, tendo mais uma grata satisfação. Sua história se passa em Nova York em 1989, um novelista mentalmente instável (Russell Crowe) tenta criar sozinho a filha de cinco anos Katie (Kylie Rogers), após a morte da esposa. Vinte anos depois, a garota, já adulta (Amanda Seyfried), cuida de crianças com problemas psicológicos e ainda tenta entender sua complicada infância. Roteiro escrito pelo estreante Brad Desch conta duas histórias que correm em paralelo. Na primeira delas, que tem início em 1989, vemos o bem sucedido escritor Jake Davis perder a esposa em um acidente de carro, etc.. e a segunda corre no presente vinte anos depois.Trata-se de uma história de superação pessoal e amor familiar, com passagens entre passado e o presente, e o diretor usa com muita propriedade suas ferramentas emotivas. É uma visão sincera que defende, sobre a influência que os pais podem ter no futuro de seus filhos. Interessante a história escrita por Desch porque mostra como o amor de um pai por sua filha não impede que ela tenha problemas na vida adulta, pois, por mais atenções, preocupações e lutas que ele tivesse por ela, os obstáculos que surgem ao longo da vida, alterarão como a jovem se relacionará com as outras pessoas. Para mim, os grandes destaques deste filme são as atuações excepcionais dos atores, porém quero destacar alguns, começando pela atriz americana mirim Kylie Rogers, interpretando a Katie na infância, simplesmente fantástica sua atuação. Outra atuação brilhante foi da Amanda Seyfried como Katie adulta , ambas foram fundamentais para  o sucesso da parte dramática da película. Apesar de ser um ótimo ator Russell Crowe, em algumas produções, não alcança todo o seu potencial. O que não ocorreu neste filme. No papel de pai da Katie , Russell pôde exercer toda a sua versatilidade como ator. Existem cenas nas quais ele consegue ir da raiva à ternura de forma coerente e precisa. Destaques ainda para a atriz mirim Quvenzhané Wallis no papel de Lucy, Aaron Paul no papel de Cameron, Octavia Spencer como  Dra. Corman e Diane Kruger  como Elizabeth. Brilhante também a trilha sonora composta pelo também italiano Paolo Buonvino, experiente compositor de trilhas sonoras, criou músicas que abraçam as cenas com muita sintonia. Finalizando amigos cinéfilos, contar uma história é uma arte muito difícil, mas, ao mesmo tempo, muito bonita quando se acerta o como fazer. "Pais e Filhas" deixa claro que quando uma equipe de cinema está afinada, o filme pode ser um lindo modo de emocionar as pessoas e justificar a existência dessa forma de arte. Em suma amigos cinéfilos, não deixem  de assistir esta grande película, ela está disponível na internet. Valeu meu sobrinho Paulo Roberto por mais essa boa dica. Até a próxima.                      

INVASÃO A LONDRES



                                                   

                                               
                                         INVASÃO A LONDRES
                         (LONDON HAS FALLEN)

                                         Filme de parceria americana, reino unido e búlgaro, gênero  ação produzido em 2015, com direção do iraniano Babak Najafi, conta a história de  com a morte misteriosa do primeiro-ministro britânico, a presença dos líderes mundiais no seu funeral é indispensável, tornando o evento uma ótima oportunidade para destruir grandes monumentos e assassinar os governantes mundiais.É o que acontece, mas, com sorte e a ajuda de Mike Banning (Gerard Butler), o presidente dos EUA Benjamin Asher (Aaron Eckhart) consegue escapar. Responsável pelo ataque, um dos terroristas mais procurados do mundo, não se dá por vencido e, enquanto Benjamin luta pela sobrevivência, o vice-presidente Trumbull (Morgan Freeman) se esforça para derrotar o criminoso. Começo meu comentário, dizendo que embora seu roteiro tenha sido escrito a 4 mãos, achei simplista, e também igual ao primeiro filme "Invasão a Casa Branca", este apresenta um bom elenco e algumas boas cenas de ação somente. Apresenta inúmeros clichês, uma película fraca, pois só oferece a oportunidade de desligar o cérebro e curtir boas cenas de ação. Roteiro preguiçoso, montado por puro desejo de lucrar em cima de mais uma franquia, que não tinha necessidade de acontecer. Este fracassou escandalosamente mais, ao pretender oferecer mais "espetáculo" que o filme que o precedeu, com explosões mais destruidoras, combates de corpo a corpo mais dramáticos, terroristas mais demoníacos, mais sangue e cadáveres. Finalizo, dizendo que este se tornará um filme a ser lembrado única e exclusivamente porque é infinitamente pior que o seu anterior, além do tom patriótico estar ainda mais exacerbado nessa película, pois somente os americanos podem impedir o ataque, mesmo que em solo britânico. Um verdadeiro desperdício de astros talentosos como Gerard Butler, Aaron Eckhart , Morgan Freeman e Melissa Leo. Amigos, passem longe deste filme, mesmo para os admiradores deste tipo de filme se decepcionarão. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

JASON BOURNE



                                 
                                                                  
                                             
                                                  JASON BOURNE
                     
                                                 Filme americano lançado aqui no Rio de Janeiro em 28 de julho de 2016, esse final  de semana fui assistir, é o quinto da série iniciado com A Identidade Bourne(2002),A Supremacia Bourne(2004), O Ultimato Bourne(2007),O Legado Bourne(2012). Filme de ação e espionagem dirigido por Paul Greengrass, que também coescreveu o roteiro, ao lado de Matt Damon e Christopher Rouse.Este filme da série "Bourne" é sequência do filme de 2007, "O Ultimato Bourne".Sua história conta que Jason Bourne(Matt Damon)está fora do radar da CIA, como lutador de rua, é surpreendido por Nicky Parsons(Julia Stiles), que o procura oferecendo novas informações sobre seu passado. Inicialmente resistente, ele acaba voltando aos Estados Unidos, para continuar a investigação e entra na mira do ex-chefe Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que teme mais um vazamento de dados.Dentro da CIA, no entanto, a novata Heather Lee( Alicia Vikander), acredita que tentar recrutar Bourne para a agência, seja a melhor solução.Começo meu comentário, dizendo que tecnicamente o filme é impressionante, especialmente em duas cenas de perseguições, que a câmera do diretor funciona  sempre eficientemente. Como transcorreram nove anos desde o terceiro longa metragem, dá-se uma pincelada(de leve) em acontecimentos do passado.Nessa montagem frenética e na direção agitada de Paul Greengrass, há uma sensação de déjà vu e um jeito de driblar um roteiro confuso com sequências de ação. Apesar de "Jason Bourne" possuir todos os elementos para o sucesso, a mistura é ruim e o que deveria ser um filme baseado em uma fórmula vitoriosa, acabou sendo um filme formulaico. Ele se esforça para combinar tudo o que funcionou nos filmes anteriores, e o resultado é uma bagunça. Outra crítica é a participação mínima feminina, isso mostra que o caminho ainda é comprido para se pensar nas moças. São duas horas de adrenalina ininterruptas, para os fãs deste tipo, porém, também existem momentos enfadonhos por ser justamente este ritmo o maior atrativo da película. Finalizo comentando que se a trilogia Bourne original era uma pérola em meio aos blockbusters hollywoodianos, e o quarto capítulo- totalmente ignorado desta vez, é bom ressaltar- ao menos não fazia feio diante dos seus predecessores, este aqui não deixa dúvida sobre as suas reais intenções: lucro rápido e resultado facilmente esquecível. Amigos cinéfilos, vale somente para quem quer ver ação despretenciosa e sem maiores exigências, e obviamente aos fãs do ator, de resto, não vá gastar seu tempo e dinheiro. Até a próxima!!!!!!

                    

LIGADOS PELO AMOR





                                                          

                                    LIGADOS PELO AMOR
                            (STUCK IN LOVE)
                  Filme americano de 2012, uma comédia dramática, escrito e  dirigido pelo estreante nesse gênero de longa metragem Josh Boone, ele foi selecionado no Festival de Toronto (Canadá) em 2012, trata-se da história de um escritor de sucesso Bill Borgens (Greg Kinnear), que se torna cada vez mais obcecado por sua ex-esposa Erica (Jennifer Connelly), a ponto de criar problemas em sua nova família. Começo meu comentário, dizendo se tratar de uma película delicada e sensível, com sutileza dramática que nos prende em uma teia simples e cheia de pequenas reflexões sobre a influência dos pais em nossas vidas. Tem um bom roteiro, película bem feita,uma trilha sonora bastante integrada à história, o filme aborda temas familiares como traição, divórcio, adolescência, raiva e amor. Ele trata de uma forma singela e ao mesmo tempo direta sobre aquilo que é (ou que julgamos ser) realmente importante em nossas vidas. A passagem de um ano na vida dos personagens, faz com que, neste período de tempo, eles analisem, reflitam sobre o que se passa e ao mesmo tempo, tentem seguir em frente. Cada um à sua maneira e pagando pelas próprias atitudes. Quero destacar as boas atuações de Greg Kinnear, indicado ao Oscar, Jennifer Connelly, vencedora do mesmo prêmio, além dos ótimos Logan Lerman(Louis)e Lilly Collins (Samantha),juntamente com a direção sensível de Josh Boone, essa película faz valer muito a pena, cada minuto da hora e meia  de duração. Quem gosta deste tipo de entretenimento, eu recomendo amigos cinéfilos. 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

3096 DIAS






                                                            3096 DIAS 
                               (3096 TAGE)

                                    Filme alemão de 2013, gênero drama e policial, com direção da americana Sherry Hormann,  foi baseado no livro "3096 Dias de Cativeiro" de 2010, escrito pela própria Natascha, trata-se da história real de Natascha Kampusch, que foi raptada e mantida em cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. Capturada em uma rua de Viena aos dez anos, o longa narra sua vida ainda em liberdade, passando pelo período de isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e psicológicos, até o momento de sua fuga e readaptação a vida em sociedade.  O longa é bastante fiel aos relatos da menina, que escreveu diversas anotações em pedaços de papel, durante o seu confinamento. Ao longo dos seus 111 minutos, podemos ver todo o tipo de sofrimento pelo qual Natascha passou durante todos os anos em que esteve presa: humilhações físicas, como espancamento, exploração de serviços de limpeza e de trabalho braçal, e também abusos psicológicos e sexuais.É interessante destacar que, no livro, a autora não relatou os estupros aos quais foi submetida, mas apenas falou sobre isso publicamente um pouco antes do lançamento do filme e autorizou a diretora a acrescentar essas cenas no longa. Como a história é conhecida internacionalmente, o filme não pode ser considerado muito surpreendente pelo fato de já sabermos qual será o desfecho da situação. De qualquer forma, a diretora, junto com a roteirista alemã Ruth Toma, fez um bom trabalho na construção da narrativa. A diretora utilizou a dose certa de suspense e tensão e nos deixa o tempo todo angustiado e presos à história, mesmo que ela já carregue por si só essa carga de sentimentos angustiantes. Outro ponto positivo é a fotografia e a direção de arte. Agora a meu ver amigos, realmente,o ponto forte do filme são as atuações, principalmente a da atriz irlandesa Antonia Campbell-Hughes, que vive a protagonista após a puberdade. É impressionante como a atriz de 31 anos se entregou de corpo e alma ao papel, chegando a pesar praticamente o mesmo peso de Natascha durante o sequestro (47 Kg com 1,57 cm). Os ossos protuberantes de Antonia e seu olhar desesperado nos envolvem ainda mais com a história. Não posso deixar de comentar também sobre a atriz britânica Amelia Pidgeon, que deu vida a Natascha na infância. Com seu rosto doce e personalidade forte, ela representou muito bem a inocência e também o amadurecimento da personagem ao longo dos dias de sofrimento. Outra atuação digna de destaque foi a do ator dinamarquês Thure Lindhardt, que deu vida ao estranho e maníaco Wolfgang Priklopil. O ator representou com maestria um personagem bastante complexo: um homem conservador,solitário, mimado pela mãe e com ideias extremamente radicais. Suas expressões frias e serenas, mesmo sabendo ser o responsável pelo sequestro e tortura de uma criança, são impressionantes. Por fim amigos cinéfilos, deixo meu parecer que este filme como adaptação de um caso extremamente comovente, cumpriu muito bem o seu papel, embora ele não mostre detalhes do reencontro dela com sua família e nem da sua história após a fuga. Sabe-se que Natascha teve uma vida bastante complicada, não só pelos traumas do ocorrido, mas, principalmente pelo assédio da imprensa, se tornando praticamente uma celebridade em seu país e no mundo. Eu recomendo aos amantes de um filme com drama forte, pesado e com uma história envolvente e muito bem executada, e também esta película só reforça a nossa indignação e nos deixa incrédulos de ver até onde a mente perversa do ser humano pode chegar.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

REDE DE MENTIRAS

                                                                    
                                                             
          

                                          REDE DE MENTIRAS
                              (BODY OF LIES)

                                      Filme americano, de ação mesclado com suspense e espionagem, do ano de 2008, com direção do cineasta indicado três vezes ao  Oscar Ridley Scott, conta a história de Roger Ferris (Leonardo DiCaprio), que trabalha para o Serviço Secreto dos Estados Unidos, realizando serviços em locais perigosos ao redor do planeta. Seu principal contato na CIA é o veterano Ed Hoffman (Russell Crowe), que costuma realizar seu serviço usando o laptop e o telefone.Hoffman está agora no encalço de um líder terrorista, que planejou a explosão de uma série de bombas. Para desmascará-lo Ferris precisará se embrenhar em um mundo pouco conhecido, onde percebe cada vez mais que a confiança é, ao mesmo tempo, perigosa e o único meio de sair vivo da situação. Baseado no romance homônimo de David Ignatius, jornalista que cobriu a CIA e as ações no Oriente Médio durante dez anos para o Wall Street Journal, e com roteiro de William Monahan, vencedor do Oscar por Os Infiltrados(2006), em seu segundo trabalho com Scott, após o frustrado Cruzada (2005), trata-se de um longa marcado pela sua habitual competência e por um enredo engenhoso, que combina um tema de grande relevância política, em perfeita sintonia com a temática atual, com efeitos técnicos impressionantes e uma edição ágil e envolvente. Créditos suficientes para atrair dois dos maiores astros do momento: Leonardo DiCaprio e Russell Crowe. Este uma presença frequente nos trabalhos do diretor, sendo esta a quarta parceria entre os dois(após o oscarizado Gladiador(2000),o discreto Um Bom Ano (2006), e o elogiado O Gângster(2007). Como já é de praxe na atual conjuntura editorial, o livro chegou às mãos do cineasta antes mesmo de estar impresso e nas estantes das lojas.Scott conseguiu extrair dali uma trama envolvente de dois homens lutando contra um mesmo alvo, mas com visões bem diferentes de como alcançar seu objetivo e, por isso, em rota de iminente colisão. Há também no filme,toda a desculpa perfeita para se explorar a tecnologia que a inteligência americana pode comprar, trabalhando contra os modos mais arcaicos- mas ainda bastante eficazes- de se mandar mensagens utilizadas pelos inimigos. Uma das melhores cenas do filme, aliás, mostra como nem toda a tecnologia do mundo é capaz de driblar a inteligência de um bom plano. Finalizo, dizendo que Rede de Mentiras é um filme eletrizante e tecnicamente irretocável, e vai custar alguns milímetros de unhas aos espectadores mais afoitos. Porém, a meu ver,lhe falta algo mais, que o leve para o rol das películas imperdíveis, isso só veio corroborar que mesmo com toda a tecnologia cinematográfica e financeira hollywoodiana este filme não conseguiu tal intento. Apesar dessas pequenas observações,  assim mesmo recomendo, por ser  um bom entretenimento.Vale a pena assistír caros amigos.Até a próxima!!!!!!!

QUESTÃO DE TEMPO



                                                             


QUESTÃO DE TEMPO
(ABOUT TIME)


                                   Filme britânico do ano de 2013, gênero romance com direção e roteiro de Richard Curtis, o mesmo diretor de Simplesmente Amor(2003), e roteirista de Quatro Casamentos e um Funeral, Um Lugar Chamado Nothing Hill e O Diário de Bridget Jones, surge com mais uma deliciosa comédia romântica. Sua história conta que ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu, pode provocar consequências inesperadas. Esse diretor provou mais uma vez que sabe escrever um bom e criativo romance. Como nos filmes anteriores, Curtis também insere o drama como elemento para a condução de uma narrativa cômica, o que dá ao longa uma autenticidade impressionante. O fato de não estarmos diante de um galã, também colabora para isso. Gleeson é um sujeito comum,é qualquer um de nós.Com isso, entramos de cabeça em sua tentativa de conquistar uma linda garota.Quando conhece Mary(Rachel McAdams), a naturalidade dos dois protagonistas faz com que o espectador torça por Tim e se apaixone por Mary. O elenco de apoio também ajuda, com boas presenças de Lindsay Duncan(como a mãe do Tim), Vanessa Kirby (como Joanna), e a belíssima atriz Margot Robbie (como a Charlotte).Assim como nos seus trabalhos anteriores, este também apresenta uma bela trilha sonora, e apesar dos seus 123 minutos de duração, eu não os senti. Tenho também que elogiar a brilhante interpretação de Bill Nighy como o pai do Tim. Achei um mérito da produção, abraçar a noção de viagem do tempo de forma criativa e natural, sem fazer disso algo extraordinário. É apenas a realidade dos homens daquela família e não algo que surge de uma experiência científica ou uma picada de aranha. a força da imaginação é o combustível para essa história.Finalizo amigos cinéfilos, dizendo que se Questão de Tempo não chega para alguns a atingir o nível das produções acima citadas, ao menos ela diverte e encanta o seu espectador, por isso eu recomendo.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

TREM NOTURNO PARA LISBOA



                                      
                       
   
                     TREM NOTURNO PARA LISBOA
                       (NIGHT TRAIN TO LISBON) 

          Filme lançado em 2013, de gênero drama, com direção de Bille August, baseado no bestseller  "Night Train to Lisbon" de Pascal Mercier, conta a história de Raimund Gregorius (Jeremy Irons), um professor suíço, que abandona suas aulas e a sua vida conservadora, para embarcar em uma emocionante aventura que o levará em uma jornada ao seu próprio coração.Ele leva uma vida sem sentido, até que salva a vida de uma mulher, e encontra um livro que vai mudar a sua vida.Começo o meu comentário, falando que a despeito de algumas críticas desfavoráveis à este filme, eu discordo, pois achei uma boa produção, com um roteiro interessante, baseado no livro de mesmo nome, uma fotografia muito bonita, e para quem já esteve em Lisboa, certamente é um ótimo exercício reconhecer locais, ruas e praças, a começar pela própria casa onde morava Amadeu, e mora a irmã dele, Adriana. O contraste central do filme, entre a vida intensa (mas em última análise, infeliz) de Amadeu Prado, e aquela monótona (e também infeliz) do Professor Gregorius, é um ponto muito filosófico, e onde chamo a atenção para a originalidade do roteiro. Pequenas situações coadjuvantes, também interessantes, são boas lições. Em síntese, o filme não é fantástico, é simplesmente bom, mostrando momentos vividos durante a ditadura de Salazar em Portugal, e tendo como centro da história a vida de Amadeu Prado, médico, escritor e filósofo, que tinha uma participação na resistência e ao mesmo tempo tinha o agradecimento do comandante da polícia secreta portuguesa, o chamado Carniceiro de Lisboa, por ter salvo a sua vida. Gostei das atuações de Jack Huston como Amadeu Prado, Bruno Ganz como o velho Jorge O'Kelly, Martina Gedeck como Mariana e August Diehl como o jovem Jorge O'Kelly. Minha crítica negativa principal em relação a esse filme, é que por ter um tema português e rodado em Portugal, é estranho todos os diálogos serem em inglês, inclusive dos nativos e populares de Lisboa.Não ficou bem e poderia ser melhor se falassem na língua nativa portuguesa. Vale apenas como curiosidade, e não chega a comprometer a história. Eu recomendo, e vale uma assistida  para vocês mesmos tirarem as suas próprias conclusões. Tenham todos um ótimo dia.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

O MARAVILHOSO AGORA


  
                                                 


                               O MARAVILHOSO AGORA
     
              Amigos cinéfilos, muito bom dia, e aproveito para mencionar sobre esse segundo filme visto último fim de semana, produção de 2013, gênero drama, também com direção de James Ponsoldt ( o mesmo diretor de Smashed: De volta à realidade). Sua história conta sobre Sutter Keely (Miles Teller) que leva uma vida despreocupada, nunca terminou seus estudos, adora festas e álcool, além de trocar frequentemente de namorada. Quando é rejeitado por uma de suas pretendentes, ele se embebeda e acorda em um gramado ao lado de Aimee Finicky (Shailene Woodley). Nasce uma relação improvável entre esta garota solitária, fã de ficção científica, e o homem que vive apenas no tempo presente. Pena que esse filme não estreou nos cinemas brasileiros, feito apenas para televisão, baseado na obra homônima escrita por Tim Tharp, traz os conflitos de um adolescente no final do ensino médio, englobando amores, estudos, trabalho e família. Nada de inédito, mas a trama recebeu um tratamento bem cuidadoso e fica acima da média dos outros filmes que tratam de conflitos similares nesta mesma faixa etária. Ao longo do filme vão se revelando os motivos para que Sutter seja tão displicente quanto a seu futuro. Sua postura diante da vida o faz perder oportunidades, ele já pressupõe derrota antes de qualquer coisa. Toda a sua alegria externa se contradiz com as angústias juvenis atreladas aos problemas de ordem familiar antigos e atuais. Sem ter como resolver o presente, descarta o futuro e decide se isolar. Aimee tenta resgatá-lo de si mesmo, mas o que ela tem nas mãos é trabalho duro para um bom psicólogo e não para uma adolescente apaixonada. Scott Neustadter, o mesmo roteirista de "A Culpa é das Estrelas", fez um belo trabalho neste longa. Em nenhum momento temos um dramalhão por conta do alcoolismo de Sutter, o abandono de seu pai, quando ainda pequenino e posterior reencontro frustrante, a ausência da mãe por conta do trabalho, mais as dificuldades encontradas na transição da adolescência para idade adulta. Atrelado a isso, temos a direção de James Ponsoldt, que conseguiu extrair atuações bem trabalhadas do elenco, no tom certo que a trama pedia. Resultado: boa história, com atuações acima da média dos filmes de temática semelhantes e desfecho condizente com o que foi desenvolvido durante os 95 minutos. O Maravilhoso Agora (The Spectacular Now) não traz nenhum frescor acerca dos dilemas do final da adolescência, mas garante uma carga dramática de peso com uma excelente atuação do Miles Teller, fazendo uma dupla eficiente na trama com Shailene Woodley (também excelente). O filme cumpriu o seu papel de entreter com qualidade. Também recomendo amigos, para quem gosta deste tipo de película. 

SMASHED- DE VOLTA À REALIDADE



                                                                        

          SMASHED- DE VOLTA À REALIDADE

           Bom dia amigos cinéfilos, esse fim de semana passado, estava "ZEN" e não quis ver filmes violentos ou de ação, etc..., optei por 2 filmes de gênero drama, e começarei por este drama do ano de 2012, com direção de James Ponsoldt, que conta a história de Kate (Mary Elizabeth Winstead) e Charlie(Aaron Paul), um casal apaixonado, que compartilham uma paixão pela música, risos e álcool. Com o tempo, Kate desenvolve um comportamento antissocial que compromete seu trabalho como professora. Ela então decide entrar no AA e ficar sóbria, contando com a ajuda da amiga Jenny, do vice-diretor da escola e do seu marido. Mas nem tudo será fácil nesta jornada, pois essa transformação vai trazer a tona os outros problemas da sua vida. Começo o meu comentário, dizendo ter tido uma grata surpresa em relembrar minha memória com esse  filme,  a bela atriz americana de 28 anos de idade, que passou por filmes um tanto desapercebida (Premonição 3,2006; Duro de Matar 4.0; À Prova de Morte,2007, entre outros). O fato é que apesar de inúmeros trabalhos, essa atriz ainda não havia entregue uma performance forte, que chamasse a atenção. Bem, até Smashed: De volta a Realidade. Aqui, Winstead desempenha a melhor atuação de sua jovem carreira, impactante o suficiente para receber prêmios.Exibido no Festival do Rio 2012 (além de Sundance e Toronto), a meu ver é uma obra devastadora, e uma das melhores produções americanas do cinema em 2012. Faz o papel de uma jovem professora primária casada, que se olharmos mais de perto, perceberemos graves falhas em sua vida.Charlie(Aaron Paul) da série Breaking Bad, seu marido, e ela, são jovens boêmios que celebram a vida de forma exagerada noite após noite. Até o momento que esse fato começa a interferir em suas vidas. Smashed não é um filme fácil, ou de respostas imediatas. É uma obra muito significativa, que atinge e fala diretamente com toda uma geração. Afinal, quem nunca teve ou conheceu pessoas com tais problemas. O ótimo elenco coadjuvante conta com Octavia Spencer (vencedora do Oscar por Histórias Cruzadas), Megan Mullaly (da série Will & Grace), Nick Offerman, Mary Kay Place (O Reencontro), Kyle Gallner (A Hora do Pesadelo) e a bela Mackenzie Davis( Breath In).  Esse filme ganhou Prêmio Especial do Júri como Produção Independente Indicação do Grande Prêmio do Júri para James Ponsoldt. O roteiro e a direção pertencem a James Ponsoldt, um nome para observarmos de perto, já que após essa película, ele fez o elogiadíssimo The Spectacular Now. Recomendo aos amantes de um ótimo entretenimento.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

PALMEIRAS NA NEVE



                                                       
                                                   

                             PALMEIRAS NA NEVE

                         (PALMERAS EN LA NIEVE)

 

                                          Filme espanhol de produção de 2015, gênero drama e romance, com direção de Fernando González Molina, conta a história que em 1953, os irmãos Jacobo(Alain Hernández) e Kilian (Mario Casas),deixam o frio e a neve de Pasolobino, nos Pirineus espanhóis, e vão trabalhar como capatazes na quente e tão diferente fazenda de Sampaka, uma plantação de cacau, na ilha de Fernando Pó (atual Bioko),na Guiné Equatorial.  Por volta de meados do século XX, a Guiné viveu os seus momentos mais prósperos, enquanto produtora de cacau, café e madeiras tropicais. Como consequência disso foram muitos os espanhóis que foram trabalhar lá em busca de uma melhor situação econômica. No local, Kilian se apaixona por uma nativa de nome Bisila (Berta Vázquez), um amor proibido na época. Meio século depois, Clarence (Adriana Ugarte) descobre acidentalmente uma carta esquecida por anos que a faz viajar até a ilha onde seu pai, Jacobo, e seu tio moraram durante anos. Em um território exuberante, sedutor e perigoso, ela descobre os segredos da família, turbulências passadas que atingem o presente. Filme escrito por Sergio G. Sánchez, ele é baseado em um Best- seller de Luz Gabás com o título de  mesmo nome, ele é indicado para cinco prêmios Goya, além de ser o filme espanhol  até agora de maior orçamento dos últimos anos, ele foi filmado na Colômbia, Huesca e Gran Canaria, onde foram construídos cenários espetaculares para recriar as paisagens existentes na Guiné Equatorial.  Começo meu comentário, dizendo que achei sensacional esse filme, uma história bem contada, bem interpretada, muito bem dirigida, uma trilha sonora espetacular, gostaria de mencionar que a atriz Berta Vázquez ganhou o Prêmio XXIV Unión de Actores como Melhor atriz Revelação pelo seu papel em Palmeiras na Neve. Amigos, para quem gosta de uma história de romance e drama, muito bem executada, eu recomendo sem sombra de dúvidas. Destaque ainda para o papel secundário bem relevante para Emilio Gutiérrez Caba como Antón pai do Jacobo e Kilian.  Fica aqui mais uma dica para os amantes de uma boa película. Bom entretenimento!!!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

NA TERRA DE AMOR E ÓDIO



                                                                       

                                                      

                 NA TERRA DE AMOR E ÓDIO 

                                         (IN THE LAND OF BLOOD AND HONEY)

                         Filme americano lançado em 2012, de gênero drama,romance e guerra, com direção pela primeira vez de um longa metragem, de Angelina Jolie Pitt, conta a história de Ajla (Zana Marjanovic) e Danijel( Goran Kostic) se conheceram em uma boate. Logo eles começam a flertar um com o outro, mas a explosão de uma bomba, acaba com qualquer clima existente entre eles. Era o início da Guerra da Iugoslávia, que colocaria sérvios e bósnios como inimigos mortais. Logo Ajla, que é bósnia, é capturada pelo exército sérvio. Em meio a ameaças de estupro, ela é salva por Danijel, que ocupa uma posição de destaque na tropa.A partir de então, ela se torna a protegida de Danijel, que ordena que ninguém toque nela. É o início de um estranho relacionamento, onde ele tenta protegê-la e também tê-la sob seu controle, enquanto ela segue suas ordens com medo de que algo pior lhe aconteça. Começo meu comentário dizendo que esta guerra ocorrida entre 1992 e 1995, foi a maior e mais sangrenta ocorrida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, segundo relatos ocorreram abusos sexuais de meninas e mulheres que mais tarde seriam conhecidos como fenômenos de estupros em massa.Entre 20000 a 44000 mulheres foram sistematicamente violentadas pelas forças sérvias. Porém há outros relatos em menor escala que em outras localizações também realizaram esta prática criminosa, sendo estipulado que mais ou menos 50000 mulheres sofreram estupros sistemáticos pelas tropas sérvias durante a guerra. Tais fatos não foram julgados pelo tribunal, por serem considerados de forma isolada. No entanto, após este conflito, a violação foi reconhecida pela primeira vez, como arma de guerra, utilizada como uma ferramenta de limpeza étnica e genocídio. Filme pesado, tenso, violento, longe de ser um filme-ONG, como muitos críticos tacharam antes de vê-lo, esse longa consegue a meu ver realizar uma imersão bastante convincente na Guerra da Bósnia, e isso através de um conflitado relacionamento amoroso. Achei o filme comovente e envolvente, apesar da Angelina Jolie criar uma atmosfera tão opressora, e desenvolver os eventos de uma maneira bem realista. A abordagem reflexiva e potente dado pela escritora e diretora colocou a película em uma linha tênue entre o realismo da guerra e os filmes didáticos de denúncia. As imagens estão repletas de medo, de armas,  humilhações e sofrimento. Achei o elenco, a língua, tudo em sintonia, além de não ter no filme um rosto famoso de Hollywood, nem uma palavra de inglês na trilha sonora. Aliás o único rosto conhecido nesse filme é o veterano Rade Serbedzija (X-Men:Primeira Classe e  24 horas), que é nascido na Croácia e de etnia sérvia, que faz o papel do General sérvio pai do protagonista. Amigos cinéfilos, apesar de não ser muito fã de filmes de guerra, assisti e gostei, por isso indico, mas somente para quem gosta de histórias fortes, densas, e violentas, porém reais., e poder fazer uma análise da conduta do ser humano, se é que pode essas pessoas serem consideradas humanas, tenho dúvidas. Até a próxima!!!