sexta-feira, 6 de maio de 2016

NA TERRA DE AMOR E ÓDIO



                                                                       

                                                      

                 NA TERRA DE AMOR E ÓDIO 

                                         (IN THE LAND OF BLOOD AND HONEY)

                         Filme americano lançado em 2012, de gênero drama,romance e guerra, com direção pela primeira vez de um longa metragem, de Angelina Jolie Pitt, conta a história de Ajla (Zana Marjanovic) e Danijel( Goran Kostic) se conheceram em uma boate. Logo eles começam a flertar um com o outro, mas a explosão de uma bomba, acaba com qualquer clima existente entre eles. Era o início da Guerra da Iugoslávia, que colocaria sérvios e bósnios como inimigos mortais. Logo Ajla, que é bósnia, é capturada pelo exército sérvio. Em meio a ameaças de estupro, ela é salva por Danijel, que ocupa uma posição de destaque na tropa.A partir de então, ela se torna a protegida de Danijel, que ordena que ninguém toque nela. É o início de um estranho relacionamento, onde ele tenta protegê-la e também tê-la sob seu controle, enquanto ela segue suas ordens com medo de que algo pior lhe aconteça. Começo meu comentário dizendo que esta guerra ocorrida entre 1992 e 1995, foi a maior e mais sangrenta ocorrida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, segundo relatos ocorreram abusos sexuais de meninas e mulheres que mais tarde seriam conhecidos como fenômenos de estupros em massa.Entre 20000 a 44000 mulheres foram sistematicamente violentadas pelas forças sérvias. Porém há outros relatos em menor escala que em outras localizações também realizaram esta prática criminosa, sendo estipulado que mais ou menos 50000 mulheres sofreram estupros sistemáticos pelas tropas sérvias durante a guerra. Tais fatos não foram julgados pelo tribunal, por serem considerados de forma isolada. No entanto, após este conflito, a violação foi reconhecida pela primeira vez, como arma de guerra, utilizada como uma ferramenta de limpeza étnica e genocídio. Filme pesado, tenso, violento, longe de ser um filme-ONG, como muitos críticos tacharam antes de vê-lo, esse longa consegue a meu ver realizar uma imersão bastante convincente na Guerra da Bósnia, e isso através de um conflitado relacionamento amoroso. Achei o filme comovente e envolvente, apesar da Angelina Jolie criar uma atmosfera tão opressora, e desenvolver os eventos de uma maneira bem realista. A abordagem reflexiva e potente dado pela escritora e diretora colocou a película em uma linha tênue entre o realismo da guerra e os filmes didáticos de denúncia. As imagens estão repletas de medo, de armas,  humilhações e sofrimento. Achei o elenco, a língua, tudo em sintonia, além de não ter no filme um rosto famoso de Hollywood, nem uma palavra de inglês na trilha sonora. Aliás o único rosto conhecido nesse filme é o veterano Rade Serbedzija (X-Men:Primeira Classe e  24 horas), que é nascido na Croácia e de etnia sérvia, que faz o papel do General sérvio pai do protagonista. Amigos cinéfilos, apesar de não ser muito fã de filmes de guerra, assisti e gostei, por isso indico, mas somente para quem gosta de histórias fortes, densas, e violentas, porém reais., e poder fazer uma análise da conduta do ser humano, se é que pode essas pessoas serem consideradas humanas, tenho dúvidas. Até a próxima!!!

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