segunda-feira, 18 de maio de 2020

PRISON BREAK




PRISON BREAK


      No Brasil a série é chamada Prison Break: Em busca da verdade, é uma aclamada série de televisão norte-americana criada por Paul Scheuring de ação,crime e drama transmitida originalmente pela Fox desde 29 de agosto de 2005, depois passou na Globo e quem quiser vê-la hoje em dia, tem todas as temporadas na NetFlix. Em 2015, a Fox anunciou a quinta temporada com 9 episódios, que estreou em 04 de abril de 2017, totalizando 90 episódios a série. A história gira em torno de Lincoln Burrows (Dominic Purcell), um homem que foi sentenciado à morte por supostamente ter assassinado o irmão da vice-presidente dos EUA, e seu irmão, Michael Scofield (Wentworth Miller), um engenheiro civil, que cria um plano para resgatá-lo da prisão antes que seja executado. Michael, considerado um gênio criativo por seu psiquiatra, tatua o mapa do presídio (camuflado por outras imagens) no corpo e assalta um banco para, assim ser preso e enviado para a Penitenciária Estadual de Fox River, onde seu irmão está no corredor da morte. Dentro da prisão, Scofield precisa fazer alianças perigosas com presidiários de alta periculosidade, como T-Bag, um pedófilo assassino condenado a prisão perpétua e John Abruzzi, ex-chefe da Máfia, dentre outros. Enquanto Michael se ocupa com a execução do plano, do outro lado dos muros de Fox River, Veronica Donovan, amiga, advogada e ex-namorada de seu irmão usa todas as suas forças para buscar inocentá-lo judicialmente.
       Aos poucos, descobre-se que existe uma grande conspiração por trás de tudo, que envolve desde a vice-presidente dos Estados Unidos até um enorme grupo de multinacionais envolvidas em todos os níveis da indústria e do governo americano, denominado "A Companhia". Prison Break é o tipo de série que envelhece mas não perde a validade. Digo isto com toda certeza, porque revi a série e só tenho a dizer que as duas primeiras temporadas são simplesmente fantásticas e já valem assistir a série. Tal fato deve-se principalmente aos personagens e especialmente das atuações dos atores secundários. Cito aqui algumas performances  simplesmente primorosas, como o personagem Theodore "T-Bag" Bagwell, interpretado pelo ator Robert Knepper, ele deveria ter levado uma quantidade enorme de prêmios para casa devido à sua interpretação, mas infelizmente isso não aconteceu, e honestamente não percebi o porquê. Ele foi notável no seu papel, com uma atuação tão credível e impactante como a dele. Por isso deixo o meu desafeto por terem sido injustos com o ator. Outro personagem que gostei foi o da Sara Tancredi, que tinha uma mania de puxar seu cabelo para trás, sempre que algo estressante acontecia. E esta particulariedade tão simples dava-lhe uma naturalidade que acrescentava à sua identidade. Como é óbvio, este nível de minúcia na personagem, deve-se à atriz Sarah Wayne Callies, cujo modus operandi tem pouca vaidade. Ao invés de se preocupar com a sua beleza no ecrã, o foco dela estava no sítio certo: na representação mais fidedigna possível do seu papel. Michael Scofield (Wentworth Miller) e Brad Bellick (Wade Williams), um é gênio que vai para a prisão para salvar o irmão, o outro é um patife que representa a lei. Mas ambos são igualmente extraordinários e imprescindíveis para a série. 
        Segundo uma entrevista que Wentworth Miller deu, , na época da série, Prison Break era uma série tão forte quanto os seus vilões. Bellick foi um personagem que, para além de representar a corrupção no sistema prisional, representou a aura de perigo quando o T-Bag não o podia fazer. Sem o Bellick, a genialidade de Scofield não seria tão impressionante e o plano para escapar de Fox River não seria tão audacioso. Sem dúvida que Scofield e Burrows (Dominic Purcell), os heróis injustiçados, foram impecáveis nos seus papéis, mas sem a presença de Bellick e os seus esquemas, não tínhamos vivido tantos momentos de tensão e suspense na série. 
         Prison Break é uma série que já  tem os seus  15 anos  e hoje em dia não deve nada a maioria das produções atuais, claro sem contar com as grandes produções. Ela é uma das séries mais aclamadas desses últimos 15 anos, e isso não é por acaso, porque mistura uma premissa inovadora com um roteiro muito envolvente, também acumulou premiações nos anos em que esteve sendo produzida e transmitida. 
         Entre as indicações e menções que juntou nesse tempo, posso citar algumas como o Globo de Ouro, por melhor série dramática e por Melhor Ator de Série Dramática (Wentworth Miller); People´s Choise  Award, por Drama Revelação Favorito na TV; Saturn Award, por Melhor Ator TV (Wentworth Miller); e Melhor Série Networth TV, dentre outros prêmios.....
         Considerando tudo isso, fica muito difícil negar o poder e o tamanho de Prison Break no mundo televisivo. É uma série que merece ser assistida, especialmente por aqueles que amam um bom suspense de ação!  

sábado, 16 de maio de 2020

FAMÍLIA SOPRANO




FAMÍLIA SOPRANO
(THE SOPRANOS)


        Há sete anos, mencionei sobre essa série maravilhosa que assisti, sob os títulos Recordação (18/01/2013) e Nota de Falecimento (21/06/2013), e agora resolvi dar uma ênfase maior, pois ela merece - assim como a outra série que posteriormente comentarei também Prison Break. 
       The Sopranos, no Brasil chamada Família Soprano, foi uma premiada série de televisão dramática americana criada por David Chase e produzida pela HBO. No Brasil, foi transmitida originalmente pela HBO de 20 de agosto de 1999 a 26 de agosto de 2007 em um total de 06 temporadas e 86 episódios e, na televisão aberta, pelos canais SBT e Band.             A série acompanha a vida de Tony Soprano (James Gandolfini), um mafioso ítalo-americano de Nova Jersey que, depois de um ataque de pânico, procura ajuda profissional. É a Dra. Jennifer Melfi (Lorraine Bracco) quem o ajuda a lidar com os problemas e "negócios da família". A série conta com diversos papéis de destaque entre os colegas, membros e rivais da família de Tony. Os mais notáveis são os papéis de sua esposa Carmela Soprano (Edie Falco) e seu primo Christopher Moltisanti (Michael Imperioli). Ela foi filmada quase que toda no Silvercup Studios, New York City, e em locações de Nova Jersey. 
          Família Soprano é considerada por muitos como a melhor série de televisão de todos os tempos. A série também ganhou uma série de prêmios, inclusive o Peabody Awards por suas duas primeiras temporadas, vinte e um Emmy Awards e cinco Globos de Ouro. Em 2013, o Writers Guild of America nomeou The Sopranos como a série de TV do século 21, enquanto o TV Guide e a Rolling Stone classificaram-na como a melhor série de televisão de todos os tempos. Foi a partir da série criada por David Chase que a TV alcançou um status inédito até então, dando peso a um veículo que antes era considerado de "segunda classe", inferior ao cinema. O sucesso avassalador de crítica e público da Família Soprano, fez com que o número de séries que primavam pelo alto nível de roteiro, cinematografia e elenco explodisse. 
       A partir de 2000, o meio televisivo foi inundado por títulos de excelente qualidade, como The Wire, Deadwood, Six Feet Under, The Shield, Mad Men, Breaking Bad... Só para citar alguns. E mesmo que já tenha se passado 20 anos de sua data de estréia, ninguém conseguiu destronar Família Soprano. 
         Citarei cinco motivos que mostram porque Família Soprano ainda é a melhor série de todos os tempos: 1) Tony Soprano é o pai de todos os anti-heróis; 2) Nenhuma série discutiu a psique de seus personagens como Família Soprano; 3) Os personagens da Família Soprano têm profundidade nunca vista antes; 4) Família Soprano nunca seguiu pelo caminho de recurso do roteiro que coloca um ou mais personagens em uma situação limite, como uma revelação, um dilema ou um confronto no final de cada episódio para prender a atenção da audiência. Família Soprano nunca se deixa levar por esse truque barato. Por mais que haja muita ação na série, boa parte de seus momentos são reflexivos, tratando de conflitos internos de seus personagens. E o que dizer então da última cena de Família Soprano? Foi um ato de coragem que nenhuma série teve a audácia de fazer e por último 5) Família Soprano tem sequências musicais inesquecíveis. 
        Finalizando os meus comentários, amigos cinéfilos, quem não viu essa série, não sabe o que está perdendo em qualidade  da história, roteiro, interpretações primorosas e também como matar a saudade desse excepcional ator James Joseph Gandolfini Junior que nos deixou precocemente aos 51 anos de idade (19/06/2013).  






sexta-feira, 15 de maio de 2020

THE GOOD DOCTOR




THE GOOD DOCTOR
( O BOM DOUTOR )


                               Síndrome de Savant ou Síndrome do Sábio porque Savant em francês significa sábio, é um distúrbio psíquico raro, onde a pessoa possui graves défices intelectuais. Nessa síndrome, a pessoa tem sérias dificuldades em se comunicar, compreender o que lhe é transmitido e estabelecer relações interpessoais. No entanto, possui inúmeros talentos, principalmente ligados à sua extraordinária memória. Esta Síndrome é mais comum desde o nascimento, aparecendo frequentemente em crianças com autismo, porém também pode se desenvolver na idade adulta, quando se sofre traumatismo cerebral, ou alguma virose com encefalite, por exemplo. A Síndrome de Savant não tem cura, mas o tratamento ajuda a controlar os sintomas e a ocupar o tempo livre, melhorando a qualidade de vida dos portadores da Síndrome.
                                O autismo é um transtorno multifatorial do qual não se conhece o mecanismo da causa completamente. Um estudo publicado pelo Jama Psychiatry em 17/07/2019 sugere que 97% a 99% dos casos de autismo tem causa genética, sendo 81% hereditário. A partir de um ano e meio de idade, alguns sinais de autismo já podem aparecer, até mesmo mais cedo em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes - mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica - pois, quanto antes iniciem-se as intervenções, maiores são as possibilidades de melhorar a qualidade de vida da pessoa.
                                 Mas não sou médico e apenas dei essa pincelada para realmente comentar sobre o seriado The Good Doctor (O Bom Doutor) que estou assistindo na TV paga (GloboPlay), porém tem o seriado passando no GNT e na Globo nas noites de quintas-feiras substituindo o programa Lady Night. Na TV paga está passando também na Sony Channel às segundas-feiras às 21 hs.
A série é estrelada por Freddie Highmore, ator britânico, como o Dr. Shaun Murphy, um jovem médico recém-formado e que tem autismo e Síndrome de Savant, e faz parte da equipe de residentes do San Jose St. Bonaventure Hospital. A maioria das cenas da série é filmada em Vancouver, no Canadá. A série mostra Shaun Murphy, jovem cirurgião, originário de uma pequena cidade, onde teve uma infância problemática. Ele se desloca para se juntar ao prestigioso departamento de cirurgia do Hospital San Jose St. Bonaventure, onde ele usa seus talentos para salvar vidas e desafiar o ceticismo de seus colegas. Ele é auxiliado por seu mentor e bom amigo Dr. Aaron Glassman (Richard Schiff). Alguns destaques merecem a minha atenção como o papel da Dra. Claire Browne (Antonia Thomas), uma médica residente persistente e talentosa que forma uma conexão especial com Shaun. O ator Nicholas Gonzalez como o médico Dr. Neil Melendez, também merece o meu destaque em suas atuações no seriado.
                                   A título de curiosidade, o prédio da prefeitura da cidade de Surrey na Columbia Britânica no Canadá, serve como o edifício fictício do San Jose St. Bonaventure Hospital nas filmagens exteriores. Comento também, que outro motivo para assistir essa série, é a atuação impecável de Freddie Highmore como um médico autista, e também de acordo com os críticos, o roteiro equilibrado da série e desempenho de Freddie Highmore fornecem uma visão fascinante da condição que afeta um em cada 68 recém-nascidos nos Estados Unidos todos os anos. A meu ver não existem excessos nem por parte da interpretação, nem por parte da história. Outro ponto positivo, é que o autismo não é o único tema abordado, apesar de ser um drama voltado à vida, é possível perceber que seus personagens têm seus próprios dramas. Basicamente, a série não gira somente em torno do personagem de Highmore e de sua condição.
                                     Enfim, estou gostando bastante de assistir essa série, embora eu mesmo não seja muito adepto de seriados, pois até hoje na minha vida, graças a Deus, todos os que eu tive saco e paciência de assistir, eu gostei (Prison Break, Famíla Soprano, Revenge (embora achei o final da série ruim), e por último que assisti o fantástico Game of Thrones (embora igual o Revenge, não gostei da finalização também). Sugiro que quem goste de uma série com dramas atuais, pitadas de risadas e choro, que assista The Good Doctor, pois eu recomendo. Bom entretenimento!!!!!!!!

segunda-feira, 11 de maio de 2020

UM BOM ANO





UM BOM ANO
(A Good Year)


      Filme de comédia romântica britânico-estadunidense de 2006, dirigido e produzido por Ridley Scott, baseado no livro homônimo escrito por Peter Mayle. O jovem Max Skinner passa as suas férias no vinhedo do seu tio Henry (Albert Finney), no sudeste da França, aprendendo sobre a vida. Vinte e cinco anos se passaram e agora no presente, Skinner é um atirado investidor de negócios, extremamente radical, cuja ética ficou para trás há tempos. Recebe então uma correspondência vinda da França, informando sobre a morte do seu tio e- na falta de descendentes- sua vontade de que Max herdasse a propriedade francesa. 
       Um bom ano, é um exercício de relaxamento, em que o diretor parece ter ligado no piloto automático. Fato que gera um filme que, mesmo se perdendo entre não saber se é comédia romântica ou drama edificante, consegue prender a atenção da platéia, seja pela história simples ou pela belíssima fotografia de Philippe Le Sourd, que registra as plantações de uva e a área provençal da   França, da forma mais deslumbrante em dados momentos ou delicada quando possível. Para reforçar, o retorno à parceria com um Russell Crowe totalmente descontraído (algo que não se via desde a comédia romântica Amor em Chamas, de 1997) é uma ótima amostra de como o ator sabe diversificar seus papéis, mesmo que aqui demore um pouco para encontrar o tom e conquistar a simpatia da platéia. Talvez tenha sido intencional, já que a primeira metade do filme trata de mostrar o Max de Crowe como um crápula sem coração (ou com o músculo gelado demais), para que depois o personagem desabroche. Algo que Crowe consegue fazer sem muito esforço. 
      Um bom ano tem também a participação das estonteantes Marion Cotillard e Abbie Cornish em atuações interessantes. Gostaria de dizer, longe de ser um grande filme, mas ainda mais distante de ser o péssimo longa que muitos adoram detratar, Um Bom Ano, entretém, é bobinho e não tem compromisso com ares mais profundos ou questões filosóficas.
       Curiosa atuação na época do jovem ator britânico Freddie Highmore, interpretando o Max Skinner jovem, hoje podemos ver esse ator no seriado The Good Doctor, no papel do médico autista Dr. Shaun Murphy. Quem procura um filme leve, despretencioso e apenas com intuito de se distrair, eu recomendo, sem dúvida nenhuma.