OLDBOY: DIAS DE VINGANÇA
(OLDBOY)
Filme produzido em 2013, com direção de Spike Lee, trata-se de uma refilmagem do filme sul- coreano homônimo "OldBoy" do ano de 2003, baseado em uma história em quadrinho japonesa, criada por Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi e adaptado para o cinema pelo diretor Park Chan-Wook. Oficialmente, esse filme não se intitula um "remake" do de 2003, ele seria uma diferente adaptação da série da história em quadrinhos de Garon e Nobuaki, mas na teoria, essa conversa não convence, pois afinal, a produção pega carona no sucesso da versão sul-coreana sem suar nenhuma gota. O roteiro deste filme atual por Mark Protosevich, para mim, foi um dos maiores problemas, seu argumento se estende de forma desnecessária por entre os atos do filme, tornando-o pouco natural, sua abordagem da temática é rasa, cheia de inconsistências e facilitações. Com relação ao elenco, acredito que a escolha do protagonista Josh Brolin (Joe Doucett), não foi legal, pois não percebi em seu personagem nenhuma transformação convincente, nem física, e muito menos psicológica, pois Josh Brolin aborda o sofrimento do personagem de uma maneira pedante, e para o ódio oferece somente cara fechada, alguns gritos e braços erguidos. Em relação a Elizabeth Olsen papel de Marie Sebastian, ela ainda é uma jovem atriz inexperiente, mas convincente em algumas cenas, outras não. Já Sharlto Copley, personagem de Adrian, demonstra entusiasmo, mas infelizmente não consegue desenvolver algo mais relevante, devido as inadequações do roteiro. Já ia me esquecendo, o ator Samuel L. Jackson (Chaney) também aparece no filme, em um papel a meu ver, fictício e irrelevante, uma pena, pois é um excelente ator, aqui perfeitamente descartável. Em resumo amigos cinéfilos, esta versão americana de OldBoy, para quem já teve o prazer de assistir a versão original de autoria de Chan-Wook Park, então já sabe que este é, por ventura, um dos melhores projetos sul-coreano dos últimos anos, sendo também um dos projetos mais populares junto aos fãs dos gêneros cinematográficos mais intensos e violentos, por isso, ninguém estranhou quando Hollywood decidiu aproveitar esta sua gigante onda de popularidade, para produzir uma dispensável versão americana que, como já se esperava, é uma gigantesca trapalhada que não faz qualquer espécie de justiça ao filme original, cuja imagem de profunda qualidade é completamente arrastada para a lama por causa desta terrível produção ocidental, que não é mais que um ultraje capitalista contra uma peça de qualidade do cinema asiático, que merecia mais respeito e pelo menos um pouco mais de atenção e cuidado por parte do mundo ocidental. Amigos cinéfilos, esse eu não recomendo e sim recomendo o OLDBOY original do ano de 2003. Bom divertimento e até a próxima.
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