terça-feira, 30 de junho de 2015

O QUARTO AZUL


                                                                                                                     

                                                            O QUARTO AZUL


                                                                 (LA HABITACIÓN AZUL)
  
                                                       
                                                       Filme mexicano de 2002 com roteiro e direção de Walter Doehner, tem a seguinte história: Antonio (Juan Manuel Bernal) e sua esposa  Ana (Elena Anaya) decidem retornar à sua cidade depois de uma pequena estada na Cidade do México. Mas, o casamento começa a ter problemas depois que Antonio reencontra Andréa (Patricia Llaca), sua ex-noiva, que também está casada. Antonio e Andréa se conhecem desde a infância, e com o reencontro, a paixão aflora. Começam a ter um caso, cheio de segredos e fugas furtivas. Eles se encontram no único hotel da cidade, que pertence ao seu irmão Roberto (José Maria Yazpik). Ali vivem as mais diversas fantasias sexuais. Logo a paixão se transformará em tragédia, pois toda a comunidade fica sabendo da relação e decide impedi-la. Os mais interessados em terminar com a relação são as solteironas da cidade, o carteiro, o comandante de polícia, uma empregada, mas sobretudo uma psicopata. Baseado no livro "The Blue Room", de George Simenon, este drama, acima de tudo é uma história bem erótica,  que trata de um relacionamento extra-conjugal e suas possíveis consequências, quanto ao meu comentário, gostei, não é nada excepcional, porém é um tipo de filme diferente dos "tradicionais enlatados americanos", só gostaria de relatar que os amigos pudicos, não o assistam, pois tanto a atriz Patricia Llaca, com um corpo belíssimo, quanto o ator Juan Manuel Bernal aparecem inúmeras vezes em nú frontal, e em cenas de amor, sendo assim, estão devidamente avisados. Filme que serviu para um passatempo, enredo e atuações convincentes, história simples, porém bem atual nos nossos dias, e que também deixa uma mensagem para todos. Em 2002, o filme recebeu o Precolumbian Círculo de Prata no Festival de Cinema de Bogotá, na Categoria de Melhor Filme e foi indicado no mesmo ano para receber o Golden Spike no Valladolid International Film Festival. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

SEGUNDA CHANCE


                                                                                                                 

                                                              Segunda Chance



                                                                (EN  CHANCE TIL)

                                                Este filme dinamarquês produzido em  2014, trata-se de um drama com direção de Susanne Bier, ganhadora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2011 com Haevnen(Vingança), e sua história é que o policial Andreas (Nikolaj Coster-Waldu) leva uma vida tranquila com a esposa. Um dia, é acionado para intervir junto ao seu colega Simon (Ulrich Thomsen), em uma briga doméstica comum, de um casal que tem um histórico de violência e de uso de drogas. Na casa do casal, ele descobre um bebê preso no closet, Andreas fica indignado com o tratamento dado à criança, mas as leis não permitem que a família perca a guarda do filho. Cada vez mais obcecado pelo caso, ele decide sequestrar o bebê por conta própria, levando-o para a sua casa. Começam então as investigações sobre o paradeiro do pequeno desaparecido.  Este filme nos leva para além dos questionamentos éticos e sociais encenados, que são característicos dos filmes da cineasta, pois instiga o espectador a imaginar como reagiria diante dessas situações. Gostei muito das interpretações deste elenco nórdico, principalmente do protagonista Andreas, pois a história transporta o espectador para dentro do contexto vivido por ele, e desperta o questionamento sobre seus atos. "Segunda Chance" é um filme forte, cabisbaixo, trágico, que apresenta um aspecto sombrio como prioridade, tanto no argumento, quanto na estrutura do filme. Em relação a este filme, gostei, e o recomendo, para quem gosta de um drama vigoroso, tenso, interpretações convincentes, com uma premissa e uma reviravolta final que consegue de certa maneira ser inteligente e levemente grosseira ao mesmo tempo, porém tudo interpretado com absoluta convicção. A título de curiosidade, este filme foi selecionado no Festival Internacional de Toronto em 2014, além de ter sido o primeiro papel da modelo Lykke May Andersen com o personagem da Sanne. 

                                                

sexta-feira, 26 de junho de 2015

CORAÇÕES DE FERRO


                                                                                                                     

                                                   CORAÇÕES DE FERRO


                                                                          (FURY)
 
                                            Filme de ação e guerra, produzido em 2014, dirigido e roteiro por David Ayer, o mesmo diretor dos filmes Os Reis da Rua e Marcados para Morrer, que conta a história de no final da Segunda Guerra Mundial, um grupo de cinco soldados americanos, é encarregado de atacar os nazistas dentro da própria Alemanha. Apesar de estarem em número menor e  terem poucas armas, eles são liderados pelo enfurecido Wardaddy (Brad Pitt), um sargento que pretende levá-los à vitória, enquanto ensina o novato Norman (Logan Lerman) a lutar. Começo meus comentários a respeito dessa película, que dentre os inúmeros filmes de guerra já vistos por mim, este pouco acrescenta ao gênero, pois, parece nos enviar constantemente aos diversos filmes que a meu ver lhe serviram de inspiração. Ele não mostra nada realmente novo sobre a guerra e nos deixa um sentimento de que já vimos tudo aquilo antes. A meu ver, o ponto alto deste filme, foi que estamos sempre acostumados a assistir que os americanos são sempre os bonzinhos, os guardiões do humanismo e da humanidade, e neste filme manteve afastado essa constante nos filmes deles, pois a barbárie deixou de ser característica exclusiva dos nazistas. Tal película mostra, ainda que instigue o espectador na identificação com o quinteto protagonista, o filme desglamouriza a coragem e o heroísmo dos personagens, mostrando também as brutalidades cometidas pelos"mocinhos"- especialmente pelo militar encarnado pelo astro  Brad Pitt. Finalizando minha opinião sobre este filme, "Corações de Ferro" é um filme sobre a Segunda Guerra Mundial, razoável, nada mais e nada menos, bastante violento e com uma história suficientemente incomum para realmente atrair e prender a atenção.  Ele mescla bons e maus momentos, por isso é insuficiente para se tornar um filme de guerra notável, nem mesmo bom, porque filme de guerra não é apenas ação.  Quem quiser conferir, logo o esquecerá e ponto.

terça-feira, 16 de junho de 2015

WILDLIKE


                                                                                                                         

  

                                                                      WILDLIKE


                                                                               (WILDLIKE)
 
                                          Filme  produzido em 2014, com roteiro e direção de Frank Hall Green, trata-se de um drama, com história da Mackenzie (Ella Purnell), uma jovem de 14 anos que chega, "despachada" de Seattle pela mãe, para ficar um tempo na casa do seu tio (Brian Geraghty). Bem, o tio começa a molestar sexualmente a menina. A menina após um tempo, resolve fugir dos abusos sexuais do seu tio, e na fuga, meio sem noção e sem dinheiro, ela  conhece um viajante solitário Rene Bartlett (Bruce Greenwood), um mochileiro mais velho que está em uma jornada espiritual. Sem formar um casal, ambos acabam  compartilhando a trilha que Rene se propôs a fazer após a morte da esposa. Mackenzie acaba aprendendo algumas regras básicas da arte de mochilar, como se proteger de um urso. Apesar de a história não ter nada de fantástica, e às vezes é até chata, vale a pena assistir por toda a natureza maravilhosa que é mostrada, e também existem cenas emocionantes sobre toda a metáfora sobre pipas e a vida usada pelo japonês que a dupla encontra no meio do caminho. Dos filmes vistos no fim de semana, esse foi o menos ruim, pois trata-se de um enredo interessante, interpretação convincente de Ella Purnell e de Bruce Greenwood, com belas paisagens do Estado do Alasca, a começar pela cidade de Juneau (capital do estado ), esta película certamente não mudará a sua vida, mas talvez te deixe com vontade de conhecer esse estado norte-americano, que mais parece um país. Sem maiores exigências, vale uma conferida sem muita expectativa, só o de entreter, tendo em vista que os dois anteriores vistos por mim, já comentados, Deus me livre o guarde.                   

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA


                                                                                                                   

                                       MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA


                                                              (MAD MAX: FURY ROAD)
 
                               Filme produzido em 2015, com direção de George Miller, que conta a história de Max Rockatansky (Tom Hardy), perseguido pelo seu turbulento passado, ele acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de mais ninguém, além de si próprio. Ainda assim, acaba por se juntar a um grupo de rebeldes que atravessa a wasteland, numa máquina de guerra, conduzida por uma Imperatriz de elite, Furiosa (Charlize Theron). Este bando está em fuga de uma cidadela tiranizada por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), a quem algo insubstituível foi roubado. Desesperado com a sua perda, o Senhor da Guerra reúne o seu exército e inicia uma impiedosa perseguição aos rebeldes e a mais implacável guerra na estrada de sempre. É o quarto filme da franquia Mad Max, que começou em 1979 com Mad Max, protagonizado por Mel Gibson e seguido por Mad Max 2 (1981), Mad Max além da cúpula do trovão (1985). Conta com Tom Hardy como  "Mad" Max Rockatansky , fazendo de Estrada da Fúria, o primeiro que não tem Mel Gibson no papel principal. Como meu comentário, não gostei desta película, pois quem viu principalmente o 1º e o 2º da série, com atuação competente do grande astro Mel Gibson, e agora assiste a este , que decepção!  Tom Hardy, é um ator sem carisma, sem apelo, para mim um canastrão, pois não é fraco só interpretando, é ruim brigando também. Não é nada heróico, além da sua trama não chega a caracterizar um roteiro completo, para mim é uma sequência de perseguições no deserto. Imaginem um faroeste em que a diligência é perseguida pelos índios o tempo todo, este filme é exatamente isto. Uma pena também, a linda e brilhante atriz sul africana Charlize Theron atuar nesse filme, a meu ver medíocre, sem aproveitar o seu potencial interpretativo, porém, mesmo com cabelo raspado é um colírio aos nossos olhos. Finalizando meu comentário, acho que o problema é que a obsessão pela forma é tão grande que os novos espectadores da saga de Max Rockatansky ficam a ver navios, pois, ou se concentram e olham as peripécias das perseguições ou então boiam completamente na trama superficial do filme. Não recomendo amigos.

O IMPERADOR


                                                                                                                    

                                                                           O IMPERADOR


                                                                          (OUTCAST)
 
                                                          Amigos cinéfilos, este último final de semana, estava péssimo nas minhas escolhas, começando por este filme de produção de 2014, com direção de Nicholas Powell, estrelado pelo astro Nicolas Cage. Sua história é que após se tornar alvo do seu irmão mais velho, o herdeiro de um trono, decide procurar ajuda de sua irmã e de um cavaleiro desacreditado, Jacob (Nicolas Cage), que precisa enfrentar vários problemas pessoais. Juntos, eles buscam o apoio de Gallain (Hayden Christensen), um lendário cavaleiro conhecido como Fantasma Branco. Esse filme começa pecando, sobretudo, pela composição caricata e exagerada de todos os personagens, especialmente os do ator Andy On, papel do vilão Shing, sem qualquer resquício de carisma, Nicolas Cage, me parece que a sua carreira, definitivamente, passou de sua fase divertidamente excêntrica para uma genuinamente indiscernível e talvez triste fase, a interpretação  do Hayden Christensen, como um dependente de ópio não é muito diferente das suas atuações limpo e sóbrio, que assim como Nicolas fez um trabalho igualmente horrível. Enfim, esta película, ruim mesmo, é a concepção infantil dessa "aventura" que, parece que começou como um projeto de "western spagetti", para depois terminar como uma trama ambientada na China e formatada pelas artes marciais, é um verdadeiro samba do crioulo doido. "O Imperador" é uma sucessão de erros, diálogos deprimentes, cenas de ação feitas de forma desleixadas, nenhum tipo de entrosamento entre os atores em cena, planos bisonhos, atuações que beiram ao amadorismo. Produção para mim de "quinta categoria", e pior ainda por se tratar de um "épico", porém absolutamente genérica, o filme se arrasta em torno de exemplos típicos de livros de autoajuda, ambientados numa China padronizada para o paladar global. Finalizando meu comentário, esse filme não oferece nada interessante, além de existirem centenas de filmes de ação, de bons a ótimos, que você amigo apreciador de boas películas poderá assistir ao invés desta droga. Nicolas Cage certamente está despencando ladeira a baixo rapidamente!!!! 
 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

OLDBOY: DIAS DE VINGANÇA


                                                                                                                          

                                                            OLDBOY: DIAS DE VINGANÇA


                                                                          (OLDBOY)
 
                                              Filme produzido em 2013, com direção de Spike Lee, trata-se de uma refilmagem do filme sul- coreano homônimo "OldBoy" do ano de 2003, baseado em uma história em quadrinho japonesa, criada por Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi e adaptado para o cinema pelo diretor Park Chan-Wook. Oficialmente, esse filme não se intitula um "remake" do de 2003, ele seria uma diferente adaptação da série da história em quadrinhos de Garon e Nobuaki, mas na teoria, essa conversa não convence, pois afinal, a produção pega carona no sucesso da versão sul-coreana sem suar nenhuma gota. O roteiro deste filme atual por Mark Protosevich, para mim, foi um dos maiores problemas, seu argumento se estende de forma desnecessária por entre os atos do filme, tornando-o pouco natural, sua abordagem da temática é rasa, cheia de inconsistências e facilitações. Com relação ao elenco, acredito que a escolha do protagonista Josh Brolin (Joe Doucett), não foi legal, pois não percebi em seu personagem nenhuma transformação convincente, nem física, e muito menos psicológica, pois Josh Brolin aborda o sofrimento do personagem de uma maneira pedante, e para o ódio oferece somente cara fechada, alguns gritos e braços erguidos. Em relação a Elizabeth Olsen papel de Marie Sebastian, ela ainda é uma jovem atriz inexperiente, mas convincente em algumas cenas, outras não. Já Sharlto Copley, personagem de Adrian, demonstra entusiasmo, mas infelizmente não consegue desenvolver algo mais relevante, devido as inadequações do roteiro. Já ia me esquecendo, o ator Samuel L. Jackson (Chaney) também aparece no filme, em um papel a meu ver, fictício e irrelevante, uma pena, pois é um excelente ator, aqui perfeitamente descartável. Em resumo amigos cinéfilos, esta versão americana de OldBoy, para quem já teve o prazer de assistir a versão original de autoria de Chan-Wook Park, então já sabe que este é, por ventura, um dos melhores projetos sul-coreano dos últimos anos, sendo também um dos projetos mais populares junto aos fãs dos gêneros cinematográficos mais intensos e violentos, por isso, ninguém estranhou quando Hollywood decidiu aproveitar esta sua gigante onda de popularidade, para produzir uma dispensável versão americana que, como já se esperava, é uma gigantesca trapalhada que não faz qualquer espécie de justiça ao filme original, cuja imagem de profunda qualidade é completamente arrastada para a lama por causa desta terrível produção ocidental, que não é mais que um ultraje capitalista contra uma peça de qualidade do cinema asiático, que merecia mais respeito e pelo menos um pouco mais de atenção e cuidado por parte do mundo ocidental. Amigos cinéfilos, esse eu não recomendo e sim recomendo o OLDBOY original do ano de 2003. Bom divertimento e até a próxima.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

UMA LONGA JORNADA


                                                                                                                               

                                                              UMA LONGA JORNADA


                                                                   (THE LONGEST RIDE)
 
                                                   Filme produzido em 2015, com direção de George Tillman Jr., o mesmo de "Homens de Honra", filmado na Carolina do Norte e seus produtores são os mesmos do filme "A Culpa é das Estrelas" trata-se de  um romance baseado no livro de Nicholas Sparks, que curiosamente, esta produção começou antes mesmo do lançamento do livro. Sua história relata que Ira Levinson (Alan Alda) aos 91 anos, com a saúde debilitada e sozinho no mundo sofre um acidente de carro e se vê abandonado em um lugar isolado. ele luta para manter a consciência e passa a ver sua amada esposa Ruth (Oona Chaplin), que faleceu há nove anos. A poucos quilômetros de distância, a bela Sophia Danko (Britt Robertson) conhece o jovem cowboy Luke (Scott Eastwood), que a apresenta a um mundo de aventuras e riscos. De forma inesperada, os dois casais vão ter as suas vidas cruzadas.  Com relação ao filme, "Uma Longa Jornada", acredito que ele sofreu de uma síndrome que tornou a trama secundária muito mais interessante do que a principal. No caso de Luke e Sophia, sua relação prosseguiu sem o abalo de um marco que ultrapassasse o raso conflito de mútuo interesse. Mais uma história de amor cheia de dramas e emoções, neste caso recheada de clichês, bem típico dos filmes norte-americanos, e que aos poucos no mundo do cinema, vai nascendo esse gênero, uma mescla de romance, drama, clichês e comédia. Achei também difícil de engolir nessa história, como um peão boiadeiro pode se misturar com pinturas abstratas modernas, e este longa envolve o espectador por protagonistas atraentes, paisagens bonitas, romance exagerado, porém, basta um pouco de distanciamento para se perceber que pouca coisa faz sentido em sua trama. Seguindo meu entender, achei o filme previsível, com as escolhas artísticas sem refinamento, salvo algumas exceções como Jack Huston (papel de Ira Levinson jovem), Oona Chaplin e Alan Alda. Filme para quem gosta de drama romântico, sem muitas exigências, fechando os olhos e o cérebro para sua história inverossímil, apenas assistir como passatempo e logo esquecer esta película. Como curiosidade, este filme conta com três atores descendentes de notáveis diretores de cinema: Scott Eastwood (filho de Clint Eastwood), Jack Huston (neto de John Huston), e Oona Chaplin (neta de Charles Chaplin).  Até a próxima cinéfilos.
 
 
                                                  

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O MELHOR LANCE


                                                                                                                        

                                                              O MELHOR LANCE


                                                            (LA MIGLIORE OFFERTA)
 
                                                Esta película finalmente consegui assistir  no feriado de Corpus Christi, por indicação há tempos, do meu sobrinho Paulo Roberto que também, assim como eu, adora um filminho para distrair. Trata-se de um drama produzido em 2013, com direção e roteiro do cineasta italiano Giuseppe Tornatore, que relata em sua história, que no mundo dos leilões de arte e antiguidades de alta qualidade, Virgil Oldman (Geoffrey Rush) é um conhecido e apreciado especialista em arte. Ele é contratado por uma jovem herdeira, Claire Ibbetson( Sylvia Hoeks), para leiloar a grande coleção de obras de arte deixada por seus pais. Mas, por alguma razão, Claire sempre se recusa a ser vista pessoalmente. Robert (Jim Sturgess), que ajuda Virgil a restaurar e montar algumas peças mecânicas antigas que encontra na casa da moça, também lhe dá conselhos sobre como ganhar sua confiança e lidar com os sentimentos que tem em relação a ela. Começo relatando que a direção a meu ver detalhista e elegante de Giuseppe Tornatore, em conjunto com as ótimas atuações, principalmente deste grande ator australiano, detentor de inúmeros prêmios , inclusive o Oscar, Geoffrey Rush, que dá um verdadeiro show e rouba a cena na pele de Virgil Oldman. O roteiro escrito pelo próprio diretor é cheio de analogias entre o amor à arte e o amor às mulheres, analogias nem sempre originais, porém ele liga esses dois temas com uma elegância a meu ver incrível. Destaco também as atuações excepcionais da belíssima atriz holandesa Sylvia Hoeks e do já nosso  tão conhecido ator premiado canadense Donald Sutherland, no papel de Billy Whistler. Apesar de várias reviravoltas, algumas engenhosas, outras nem tanto, alongando um pouco o filme, e vão dando pistas esparsas sobre o quebra-cabeças, seu desfecho guarda uma boa dose de surpresa, embora mesmo tangenciando o implausível, se trata de uma película envolvente e surpreendente, e por todos esses motivos aqui relatados eu o recomendo para quem gosta de um filme denso, lento, pensante, enfim um drama inteligente. Até o próximo comentário amigos cinéfilos.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

LINHA DE FRENTE


                                                                                                                         

                                                               LINHA DE FRENTE


                                                                      (HOMEFRONT)
 
                                                   Filme produzido em 2013, de ação, com direção de Gary Fleder, em que Phil Broker (Jason Statham) é um ex-agente do Departamento de Combate a Narcóticos, nos Estados Unidos. Após trabalhar infiltrado e ajudar a prender a gangue de motoqueiros liderada por Danny T (Chuck Zito), Broker agora quer levar uma vida pacata ao lado de sua filha Maddy (Izabela Vidovic) na cidade natal de sua esposa, que faleceu há cerca de um ano. Entretanto, um problema na escola faz com que ele bata de frente com Cassie (Kate Bosworth), uma viciada que pede ao irmão, Gator (James Franco), que dê um jeito nele. Gator é um pequeno produtor de droga que almeja ampliar sua distribuição e, após descobrir a verdade sobre o passado de Broker, decide entregar sua localização a Danny T, que anseia por vingança. Com relação a mais esse filme estrelado pelo britânico Jason Statham, e com roteiro do também astro Sylvester Stallone, acredito que o grande mal foi o diretor conduzir a narrativa de maneira desleixada, filmando desastrosamente algumas cenas importantes e explorando a manjada confusão visual nas cenas de brigas, além de que o cineasta também não foi capaz de criar o suspense necessário no seu novo trabalho, pois em nenhum momento, parece que o personagem principal está realmente ameaçado. Para mim faltou ao enredo uma linha lógica, porém se você não ligar para isso e quiser assistir apenas um filme de ação em que tudo sai conforme o esperado, "Linha de Frente" segue toda essa cartilha do gênero, com sequestros, perseguições, explosões, invasões de domicílio, etc.. Filme agradará somente aos fãs do ator e do gênero, sem maiores exigências, até porque não as verá ou terá. Até a próxima amigos cinéfilos. 
                                                 

3 DIAS PARA MATAR


                                                                                                                             

                                                               3 DIAS PARA MATAR


                                                                         (3 DAYS TO KILL)
 
                                                    Filme de ação produzido em 2014, e dirigido por McG, o mesmo diretor de Guerra é Guerra (2012) e As Panteras (2000), com roteiro de Luc Besson (Busca Implacável) e Adi Hasak (Dupla Implacável), protagonizado pelo astro Kevin Costner, no papel de Ethan Renner, veterano agente secreto, que está à beira da morte, e como seu último desejo é reatar com sua filha, com quem perdeu o contato há muito tempo. Temendo não ter tempo hábil para salvar seus relacionamentos com a menina e com a ex esposa, ele descobre a existência de uma potente droga que pode salvá-lo, contanto que ele aceite um derradeiro trabalho. Este filme segue os moldes de "Busca Implacável" e "Dupla Implacável", com muitas cenas de ação pelas ruas de Paris, mas com um pouco mais de drama do que seus irmãos mais velhos, porém sem o charme que caracteriza alguns dos filmes mais interessantes de Luc Besson. Acredito que este filme tenha sido produzido para ressuscitar a carreira de Kevin Costner, para frente dos holofotes de Hollywood, porém entre o projeto e o resultado, houve um pequeno imprevisto: as sequências de ação fazem rir , e as cenas cômicas dão medo. Até que Kevin Costner se esforça para exalar seu carisma, porém esse filme é uma mistura tão absurda de ação, humor e sentimentalismo que precisa desesperadamente de sua presença. Acredito firmemente que o desenvolvimento da ação é ridícula, completamente previsível, cheio de clichês do início ao fim, além de  incoerente. Finalizando, só tenho a dizer que o grande ator Kevin Costner merecia um filme melhor para seu retorno à Hollywood. O único ponto alto desta película são as paisagens e locações na maravilhosa e mundialmente querida cidade de  Paris. 
 
                                                 

ÊXODO: DEUSES E REIS


                                                                                                                          

                                                               ÊXODO: DEUSES E REIS


                                                             (EXODUS: GODS AND KINGS)
 
                                                 Exodus é uma adaptação da história bíblica do Êxodo, segundo livro do Antigo Testamento. O filme narra a vida do profeta Moisés (Christian Bale), nascido entre os hebreus na época em que o faraó ordenava que todos os homens hebreus fossem afogados. Moisés é resgatado pela irmã do faraó e criado na família real. quando se torna adulto, Moisés recebe ordens de Deus para ir ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. No caminho, ele deve enfrentar a travessia do deserto e passar pelo Mar Vermelho. Filme dirigido por Ridley Scott, o mesmo do filme Gladiador, produzido em 2014, com a participação de atores renomados como Sigourney Weaver, Ben Kingsley, John Turturro, dentre outros. Começando o meu comentário, menciono o excelente ator britânico Christian Bale, ganhador de inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, mais uma vez dito aproveitado equivocadamente nessa superprodução a meu ver simplesmente razoável, pois Êxodo, tem um roteiro que não consegue abordar com eficácia os embates da dupla formada por Christian Bale e Joel Edgerton (Ramsés). A abordagem de Moisés está mais para um guerrilheiro "à la Che Guevara", do que para uma conhecida figura mística. Christian Bale cria um personagem em constante dúvida sobre Deus e seu papel no desfecho. Em sua defesa, relato que o ator faz o que pode a partir do script apático e lamentável. Como resultado, digo que é um filme mal resolvido e indeciso entre os aspectos épico, bélico, bíblico, político e aventuresco que a narrativa possibilitava. Sem saber para onde correr, Êxodo: Deuses e Reis não emociona os cristãos nem empolga o público comum, algo que fica claro na anticlimática cena da travessia do mar vermelho. Finalizando, não chega a ser um filme ruim, tampouco ser ótimo, analisado como um todo, não empolga, nem decepciona, não entedia, nem emociona. É apenas mais um filme a ser visto, para quem gosta desse tipo de película, com a prerrogativa de apenas entreter, sem ficar na memória por muito tempo. Acredito, falando friamente, que talvez o desafio fosse grande demais para uma história tão repetida no cinema, seria um desafio maior que a competência indiscutível de Ridley Scott e Christian Bale, porém, apenas valeu a tentativa.