segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

PEGANDO FOGO


                  
   

                           PEGANDO FOGO  

                                      (BURNT)

                                    Filme americano lançado aqui  em dezembro/15, trata-se de um drama mesclando comédia, com direção de John Wells, que fui assistir esse fim de semana, conta a história  do chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) que outrora foi um dos mais respeitados em Paris, mas o envolvimento com álcool e drogas fez com sua carreira fosse ladeira abaixo. Após um período de isolamento em Nova Orleans, ele parte para Londres disposto a recomeçar a carreira e conquistar a sonhada terceira estrela no badalado Guia Michelin de Restaurantes. Para tanto, ele conta com a ajuda de Tony(Daniel Brühl), que gerencia um restaurante na capital britânica, e recruta uma equipe de velhos conhecidos. Começo meu comentário, dizendo que a intenção do diretor em mostrar o ambiente de cozinha profissional com toda a pressão diária e a competição feroz que existe no meio foi louvável, porém a meu ver se perdeu no meio do caminho ao tentar mesclar elementos demais sem focar em nenhum. Não achei nem bom no quesito comédia nem tampouco no drama, apenas sustentado pelos sussurros das admiradoras do astro Bradley Cooper e pelo bom elenco de apoio que tem Daniel Brühl, Sienna Miller e Alicia Vikander. Infelizmente, a película nunca se eleva ao nível de ambição dos seus personagens, e a história descamba cada vez mais para baixo em subtramas superficiais, incluindo um breve encontro misterioso e também mal contado de uma ex-amante. Finalizo dizendo que foi um prato do dia perfeitamente insosso, e no gênero culinário feito em Hollywood, é melhor rever o recente e simpático "Chef", de Jon Favreau, que possui frescor e muito mais consistência do que esse. Amigos cinéfilos esse eu não recomendo. Muito bobinha a história e não valeu a pena o meu suado e trabalhado dinheirinho!!! Até a próxima!!!!!!! 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O ENCONTRO


                                     O ENCONTRO

                           (TIME OUT OF MIND) 

                  Filme americano de produção de 2014, gênero drama, ainda não lançado no circuito nacional, tem direção e roteiro do israelense Oren Moverman (indicado ao Oscar pelo Roteiro de O Mensageiro), conta a história de um sem-teto com a saúde fragilizada, nas ruas de Nova York,George(Richard Gere)  um morador de rua que tenta conseguir algum dinheiro para alimentar seu vício em bebidas e um lugar para ficar ou pelo menos dormir por algumas horas. Mas o que ele realmente quer é reatar a relação perdida com a sua filha distante Maggie (Jena Malone). Começo meu comentário, dizendo que este filme foi apresentado no Festival Internacional de Filmes de Karoly Vary, na República Tcheca, que ocorreu nos dias 3 até 11 julho passado, onde esse festival é considerado o mais importante do Leste Europeu, e esse filme  abriu o festival. Foi também vencedor do Prêmio da Crítica do Festival Internacional de Filmes de Toronto,Canadá. Esse filme trata de uma história que fala de sentimentos, pois pretende fazer chegar ao público, como se sente uma pessoa que está fora de hora, ou seja do seu tempo e de lugar, completamente perdida. Apresenta também outra mensagem, pois busca transmitir a necessidade que as pessoas tem de pertencer a algum grupo, ou seja, de se sentir parte de algo. No nosso mundo, cada vez mais comprovamos que caminhamos pelas ruas em nosso mundo, em uma cápsula, sem dar conta do que acontece ao nosso redor. Amigos, gostei desse filme, é um drama, atuação excelente de Richard Gere e Jena Malone, também boa interpretação de Ben Vereen no papel de Dixon, destacando a título de curiosidade a curta participação da veterana atriz Kira Sedgwick no papel de Karen/Fake Sheila. Richard Gere também assinou a produção dessa película. Vale uma conferida para quem gosta deste tipo de filme.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

JOHN DOE: VIGILANTE


                          JOHN DOE:VIGILANTE

                         Filme australiano de gênero policial e suspense,produção de 2014 e direção do australiano Kelly Dolen, tem o enredo de um homem comum que passa a combater a violência, pois decide fazer justiça com as próprias mãos. Frustrado com o sistema falho da justiça, pois continua permitindo que criminosos violentos permaneçam livres, John Doe começa a exigir justiça do único jeito que ele sabe- matando cada criminoso, um por um. Logo ele se torna sensação na mídia e inspira um grupo de vigilantes imitadores. Começo meu comentário dizendo que embora não seja um tema original, ele foi dirigido de forma interessante, pois trata-se de tema atual e extremamente relevante. Seu enredo, não sendo original, pois já vimos algumas histórias parecidas anteriormente e o melhor exemplo de algo deste tipo é o filme V de Vingança. Porém, mesmo seguindo uma receita de bolo, John Doe: Vigilante consegue nos prender muito bem, não seguindo uma narrativa linear, mas sim algo que vai do passado ao presente e muitas vezes mesclando os tempos. Basicamente dois atores carregam o filme de forma competente, o britânico Jamie Bamber no papel principal, cria o personagem mais carismático do filme, com dilemas morais e racionais, não só para os outros do filme, mas também para nós que estamos assistindo. Destaco também o ator Lachy Hulme no papel do jornalista Ken Rutherford, competente. Ainda merecem destaque os atores Sam Parsonson como Murray Wills e Gary Abrahams como Sam Foley. Amigos cinéfilos, fora alguns deslizes de produção, umas cenas um tanto exageradas,esse filme vale a pena ser visto, pela discussão que seu tema provoca, ficando a dúvida no ar, vilão ou herói, mas é exatamente nesse ponto que o filme se apoia com tudo. Assistam, reflitam e tirem as suas próprias conclusões sobre o que é certo ou errado. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

SEM PERDÃO


                                           
  

                                           SEM PERDÃO

                                                (DEAD MAN DOWN)

                                                        Filme americano de gênero suspense e ação com produção de 2012, e direção do dinamarquês Niels Arden Oplev, tem a história de Victor (Colin Farrell) que trabalha como o braço direito de um grande criminoso em Nova York. Um dia, ele encontra Beatrice (Noomi Rapace), vítima de um crime, que considera Victor, o homem perfeito para ajudá-la em sua vingança. Para convencê-lo a cooperar, ela o chantageia com provas de um assassinato que Victor cometeu. Começo meu comentário, dizendo que o diretor escolheu o elenco certo, é o segundo trabalho dele com a atriz sueca Noomi Rapace, o anterior foi "Os Homens que não amavam as mulheres" de 2009, e também trouxe o ator irlandês Colin Farrell que na verdade, quando é bem dirigido, consegue entregar belas performances, como foi em Tigerland- A Caminho da Guerra de 2000 e Por um Fio de 2002. Esse casal é a alma do filme, mas ainda há a presença dos sempre competentes Terrence Howard, Dominic Cooper e uma ponta de F. Murray Abraham. O enredo é relativamente simples e não faz mistério do que está acontecendo (já nos primeiros minutos, o espectador é colocado a par da maior parte dos fatos), de modo que o que importa, é o desenrolar deles, e nisso o diretor Niels é brilhante. O diretor desenvolveu um drama interessante, centrado nos personagens, repleto de bons diálogos e sacadas de roteiro, que se passa em apenas alguns poucos dias. E ao mesmo tempo, cria um violento filme de vingança, que oferece alguns questionamentos ao espectador sobre a validade de tudo aquilo, mas o  deixa tirar suas próprias conclusões. Comento também, que a atriz Noomi Rapace ainda não alcançou  o patamar que pode atingir como atriz dramática, mas ela está caminhando a passos largos para isso. Ela é espontânea e nem um pouco deslumbrada com o glamour de Hollywood, ela faz um par perfeito com o bad boy irlandês Farrell nesta película. Amigos cinéfilos, fica aí, portanto, uma boa dica  para um filme que passou relativamente despercebido, mas que provavelmente agradará aos fãs do gênero, assim como me agradou. Até o próximo comentário.

AMOR E TURBULÊNCIA


                            AMOR E TURBULÊNCIA

                                           (AMOUR & TURBULENCES)    

                             Filme francês de gênero romance e comédia, produzido em 2013, com direção de Alexandre Castagnetti, tem a história de Antoine (Nicolas Bedos), um advogado que mora em Nova York. No caminho de volta para a sua casa, vindo da França, onde foi realizar uma entrevista de emprego, Antoine senta-se bem ao lado de Julie (Ludivine Sagnier), sua ex-namorada. Com um voo de sete horas de duração, os dois acabam falando um com o outro. Há três anos, os dois tiveram um caso que quase terminou em casamento, o que não aconteceu por causa das traições de Antoine, mulherengo ao extremo. Durante a viagem, os dois discutem a antiga relação e relembram os principais momentos do relacionamento. Nas poltronas ao lado, outros passageiros escutam a conversa dos dois e torcem para eles reatarem o namoro. Clichê dos mais cafonas e antigos. Como meu comentário, o filme no geral é muito fraco, tanto como comédia quanto romance. O ator principal Nicolas Bedos lembra aqueles galãs bregas dos filmes dos "Trapalhões". Tem cara de bobo e nenhuma graça. Não dá para entender como Ludivine Sagnier, dos ótimos "Dublê do Diabo" e "Swimming Pool", este último de François Ozon, embarcou nessa canoa furada. Se há algo para elogiar no filme é a trilha sonora, incluindo "The More I See You", com Chris Montez, e "What a diff'rence a day makes", com  Dinah Washington.Esse eu não paguei no cinema, graças a Deus, foi 0800 na Internet, mas mesmo assim meus amigos, não recomendo, tem filmes de comédias românticas bem superiores a esse. Até a próxima.   

O CHEIRO DA GENTE


                              O CHEIRO DA GENTE

                          (THE SMELL  OF US)

                                Filme francês de gênero drama erótico, lançado por aqui em dezembro de 2015, dirigido pelo polêmico  diretor americano Larry Clark, que tem em seu currículo, filmes como Kids de 1995, indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1995, Bully de 2001, Ken Park de 2002, Impaled de 2006, e Marfa Girl de 2012, dentre outros. Sua história se passa em Paris, em que um grupo de jovens se reúnem diariamente para andar de skate, fumar maconha e se divertir em meio aos pontos turísticos, sem se importar com os milhares de visitantes que a cidade recebe diariamente. Entediados, ricos, mimados e sempre conectados, vivem uma rotina desregrada e sem objetivos. Mas, aos poucos, a realidade cairá sobre eles e despedaçará a vivência poética. Começo meu comentário, dizendo que estou com muita raiva de ter gasto o meu dinheiro e tempo para assistir , a meu ver, esta porcaria de película no cinema. Achei um filme disforme, repetitivo, me pareceu um barco perdido, sem comandante a bordo, Larry Clark se desnuda de maneira desnecessária, mais irritante do que corajosa, e que soa falsa, como o próprio filme, na maior parte do tempo. Película sem energia, sem alegria, pois a primeira vista, parece apenas uma desculpa para exibição de adolescentes nus e/ou em atividade sexual, e nem essas cenas são merecedoras de algum crédito, que cheguei a conclusão de que uma leitura mais densa , deve confirmar que, na verdade, seus filmes não vão além disso mesmo. Estou impressionado que a Revista Francesa especializada em críticas cinematográficas "Cahiers du Cinéma",elegeu esse "filme" como o quarto melhor filme de 2015, não sei como, e nem em que, eles se basearam para dar essa colocação à essa porcaria. Esse filme foi exibido no Festival de Veneza do ano passado(2014), e foi um dos destaques dos 45 filmes do INDIE, Festival dedicado ao Cinema Independente Mundial, que teve sua apresentação aqui no Brasil começando em 16/09/15 no CineSesc em São Paulo. Amigos esse eu recomendo passar à quilômetros de distância da sua tela. Não perca seu dinheiro nem muito menos o seu precioso tempo. Muito ruim!!!!!!   

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

007 CONTRA SPECTRE


                                     






                                   007 CONTRA SPECTRE

                                  (SPECTRE) 

                       Filme britânico de ação e espionagem de produção de 2015, com direção de Sam Mendes, é o vigésimo quarto da franquia cinematográfica de James Bond, o agente secreto 007, e o quarto interpretado pelo ator inglês Daniel Craig. O filme marca o retorno do Sindicato do Crime SPECTRE, presente nos primeiros filmes da série com Sean Connery e George Lazenby. Sua história começa com James Bond(Daniel Craig) indo à cidade do México, com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que seu chefe M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que Bond seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw), instale em seu sangue, um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre em que parte do planeta ele esteja. Apesar disso, Bond conta com a ajuda de seus colegas na Organização, para que possa prosseguir em sua investigação pessoal, sobre a misteriosa organização chamada Spectre. Começo meu comentário, dizendo que achei esse, menos refinado que o seu anterior Skyfall, e que Daniel Craig soa um pouco desgastado no papel do agente, além da exceção da empolgante sequência inicial, o restante, a meu ver não há qualquer momento de ação verdadeiramente inesquecível. Não achei o filme ruim, porém, faltou dar um melhor texto para os protagonistas, ação ele tem, orçamento generoso também, belas locações exóticas, só que o conjunto não vingou, o que se esperava. Nesse Spectre, achei claro a perda de energia ao longo dos minutos, produção bem aquém do alto nível cinematográfico de 007-Operação Skyfall, que mais parece um filme de ação genérico, além de revelar o mal-estar coletivo do diretor e do elenco. Vale ressaltar a curta participação da bela e competente atriz italiana Monica Bellucci no papel de Lucia Sciarra, infelizmente não aproveitada como deveria. Finalizo, que essa produção básica, não viveu à altura dos melhores filmes da série, mostrou somente o "arroz com feijão" esperado pelos amantes da série, porém sem criar nenhum grande momento verdadeiramente, sem falar que a canção-tema "Writing's on the Wall", de Sam Smith, a meu ver é bem pouco expressiva, também ela não fazendo jus aos filmes dessa série. Amigos cinéfilos, eu gosto desse tipo de filme, porém esse especificamente, não recomendo, pois achei muito inferior aos anteriores em que ele (Daniel Craig) atuou. Até a próxima.

                                        

terça-feira, 17 de novembro de 2015

ALEMÃO


                                                              ALEMÃO 

                                                

                                Filme nacional de gênero policial e ação com produção do ano de 2013, dirigido por José Eduardo Belmonte, escrito por Gabriel Martins , foi lançado no circuito de cinema em março de 2014, tem como história passada em novembro de 2010, cinco policiais trabalham infiltrados no Complexo do Alemão, uma área que reúne diversas favelas e é considerada um dos locais mais perigosos do Rio de Janeiro. Desmascarados pelos traficantes, eles agora estão presos e aguardam que sejam executados ou resgatados pelas forças policiais, o que significaria na divulgação de uma missão clandestina realizada pela polícia militar. Começo o meu comentário dizendo que o cinema nacional vem crescendo em qualidade, exemplo disso é este filme, e sem dúvida nenhuma um dos grandes méritos dele está no elenco, porém o filme tem outros destaques, como roteiro, fotografia, direção e a trilha sonora. Da leva de produções "favela-movie", Alemão traz à tona um novo olhar sobre o tema. Mais do que um longa-metragem policial, ele fala de esperança, superação e por que não? - de amor. Esse filme é distante de ação vertiginosa, não tem loucas perseguições nas vielas das favelas, tiros ao extremo e também não tem música funk, pois ele está mais para o thriller, para a angústia do confinamento, ele prioriza a psicologia e de modo complementar, o desenvolvimento da personalidade de cada personagem. Contando com um elenco experiente e competente, em que se destaca também Antonio Fagundes como o Delegado Valadares. Como ponto negativo do filme, só achei infeliz ter chamado o ator a meu ver sem talento, Cauã Reymond para o papel do vilão Playboy, este personagem merecia ser um outro ator com competência igual à dos outros atores  do filme. Finalizo meu comentário, excluindo, este ponto negativo descrito acima, mas mesmo assim, vale uma conferida na película. A história apresentada no filme acontece poucos dias antes da invasão do Complexo do Alemão pela polícia militar, ocorrida em 26 de novembro de 2010, e também foi o primeiro filme de ficção rodado dentro do Complexo do Alemão. Eu recomendo amigos cinéfilos.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

SORTE DO VITICULTOR



                                                        
                                                       



                                        
                              



                                  SORTE DO VITICULTOR
                             (THE VINTNER'S LUCK)

                                 Filme de produção da Nova Zelândia e França, de drama romântico e fantasia lançado em 2009, com direção de Niki Caro , a mesma diretora do filme  a  "Encantadora de Baleias", conta a história do conto apaixonado de Sobran Jodeau (Jérémie Renier), um enólogo camponês ambicioso e os três amores de sua vida- sua bela esposa Celeste(Keisha Castle-Hughes), a baronesa intelectual orgulhosa, Aurora de Valday(Vera Farmiga) e Xas (Gaspard Ulliel), um anjo que parece até uma improvável amizade duradoura, mas que beira o erotismo com ele. Sob sua orientação, Sobran é forçado a compreender a natureza do amor e crença no processo de luta com o sensual, o sagrado e o profano- em busca da safra perfeita. Começo o meu comentário, dizendo que é difícil acreditar que a mesma diretora que fez a "Encantadora de Baleias" esse sim belíssimo, tenha executado esse incrível trabalho cheio de bobagens. Trata-se de um melodrama, cujo enredo gira em torno da aparição regular de um anjo, cuja narrativa é tão confusa que não temos ideia de que século nem o país  que o filme se passa, especialmente tendo em vista o fato de que metade dos atores têm um sotaque francês e a outra metade britânico. O personagem principal vai para guerra, onde ele quase congela até a morte, mas não temos ideia de quem ele está lutando a favor ou contra. Graças a vários pedaços de diálogos jogados fora  gradualmente, nós espectadores, conseguimos juntar e descobrir se tratar do início do século 19, na França. Lamentavelmente amigos perdi o meu tempo e paciência assistindo-o, pois acreditava nele, afinal tinha uma diretora competente, triste engano!!!!!! Esse eu não recomendo definitivamente.

BEASTS OF NO NATION






                                               
                                     

                     BEASTS OF NO NATION

                   Filme americano de drama e guerra produzido em 2015, com direção de Cary Joji Fukunaga, trata da história passada em  uma cidade africana, Agu(Abraham Attah) é uma criança que atingida pela guerra, é transformada em soldado. Após a morte de seu pai, por militantes, ele é obrigado a abandonar sua família, para lutar na guerra civil da África do Sul, instruído por um grande comandante (Idris Elba), que o ensinará os caminhos de um conflito. Começo meu comentário falando que ele não é apenas um filme tecnicamente impecável e com interpretações antológicas. é uma obra tão atual e relevante que ninguém fica imune após ter assistido. O diretor consegue dar vida ao horror  e ao preço pago pela humanidade, por causa da guerra, fazendo com que isso e o drama do protagonista sejam vividos pelo espectador, como se fossem seus. Este filme não é um filme comercial, nem digestivo, nem mesmo bonitinho, pois, por vezes é cruel, porém sempre realista, e sem alívios cômicos, por essa razões também deve ser visto. Amigos cinéfilos, achei uma película ousada e ambiciosa, o filme de 136 minutos foi filmado em locações em Gana, com a clara intenção de entregar uma épica acusação formal sobre esse mal que assola a África subsaariana, em particular. Filme apresentando um dos muitos horrores do mundo moderno, o de crianças-soldados coagidas a violentas funções de combate por senhores da guerra africanos, é dramatizado de maneira envolvente e convincente por Cary Joji fukunaga. é uma história de medo, degradação e disfunção abusiva- um pesadelo violento e desorientador com o eco arrepiante de "Apocalypse Now", de Coppola. O ator Idris Elba tem uma excelente atuação como um sinistro e carismático senhor da guerra. Este filme me lembrou da história da perda da inocência no filme Cidade de Deus, porém Agu, também formidavelmente interpretado por Attah, não é Zé Pequeno, e mesmo depois de ver e sofrer toda sorte de violência inerente à guerra, ele se mantém com espírito resiliente. Filme adaptado do romance de mesmo nome, escrito pelo autor nigeriano-americano Uzodinma Iweala em 2005. Ele estreou na competição na 72ª Edição do Festival de Veneza, onde ganhou o prêmio Marcello Mastroianni. Também foi selecionado para ser exibido na Sessão "Apresentações Especiais" da 40ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Amigos cinéfilos,é um filme forte, denso, tenso, para pessoas fortes, porém achei um filmaço, grandes atuações, porém, principalmente uma história bem atual no nosso cotidiano. Vale uma conferida.

ALIANÇA DO CRIME



                                                                              




                                        

                                     ALIANÇA DO  CRIME        
                                                                  (BLACK MASS)
                                
                                 Filme americano lançado em 2015 de gênero policial e suspense, com direção de Scott Cooper, trata da história de Whitey Bulger (Johnny Depp), irmão de um Senador dos Estados Unidos, Billy Bulger (Benedict Cumberbatch), e que foi um dos criminosos mais famosos da história do sul de Boston. Ele começou a trabalhar como informante do FBI para derrubar uma família de mafiosos, mas foi traído pela agência, tornando-se um dos homens mais procurados do país. Baseado em uma história real. Os Estados Unidos têm uma relação de amor e ódio com os seus grandes gângsteres. Aí está a história de Al Capone que não nos deixa mentir, e por causa dessa fascinação dos norte-americanos, vire e mexe sempre aparece uma história sobre um gângster. O longa Aliança do Crime é sobre um destes, despontando no sul da cidade de Boston, em meados da década de 1970. Esta parte da cidade estava sob o domínio do irlandês-americano James "Whitey" Bulger (Johnny Depp), enquanto a zona norte da cidade estava dominada pelos ítalo-americanos sob a chefia de Gennaro Angiulo. Uma brilhante adaptação de Mark Mallouk (primeiro trabalho como roteirista) e Jez Butterworth do livro "Whitey: The Life of America's Most Notorius Mob Boss" dos escritores Dick Lehr e Gerard O"Neill mostra uma promíscua relação entre um agente da lei que deveria zelar pelo combate ao crime e um criminoso menor que por causa desta ligação amplia o seu poder fazendo, para isto, qualquer coisa que fosse necessária. Apesar da pouca experiência como diretor, Scott consegue levar o filme de uma forma suave e precisa.Consegue construir esta história perfeitamente de uma maneira que os espectadores vão saboreando-a lentamente e entrando no mundo do personagem de Depp aos poucos. Legal ver Johnny Depp em um papel diferente do que está acostumado a fazer, e a meu ver está muito bem no papel de um inescrupuloso criminoso que não sabe o que é remorso. O ator australiano Joel Edgerton faz no tom certo, o papel de agente duplo do FBI. Ele convence como um descendente de irlandês que quando criança foi protegido pelo personagem de Johnny Depp, e agora, anos depois, demonstra fascínio e lealdade, mesmo estando do lado oposto da lei. Merecem ser lembrados, também, os atores Corey Stoll (papel de Fred Wyshak), Kevin Bacon (papel de Charles McGuire), Peter Sarsgaard (papel de Brian Halloran) e Dakota Johnson(papel de Lindsey  Cyr). Finalizo dizendo que as interpretações de Johnny Depp e principalmente de Joel Edgerton valem a ida ao cinema, e só vem corroborar porque Depp ainda é considerado um dos melhores atores em atividade, e quem é fascinado por histórias de gângsteres deve  assistir também, ainda mais que o filme é baseado em fatos reais. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

SUBURRA


                                                  SUBURRA

                    Filme italiano de produção de 2015, de gênero suspense e crime, com direção de Stefano Sollima que tem sua história de conhecido como Samurai (Claudio Amendola), um gângster deseja transformar a orla de uma pequena cidade perto de Roma em uma nova Atlantic City, repleta de Cassinos. Um político corrupto Filippo Malgradi (Pierfrancesco Favino) apaixonado por prostitutas e cocaína, está protegendo o criminoso com a ajuda de um poderoso Cardeal. Os chefes da máfia local concordam com o projeto e trabalham para esse objetivo em comum, porém, uma guerra entre as gangues parece acabar com os futuros sonhos de Samurai. Esse longa metragem, precede, ou seja, inicia a Saga de uma série original italiana homônima da Netflix. O Netflix, juntamente com o canal italiano RAI, irá produzir 10 episódios de "Suburra", sua primeira produção feita na Itália. A série dará continuidade à história do filme de mesmo nome, lançado ontem 16/10/15 no catálogo do Netflix Brasil. Esse filme é baseado no romance Suburra de GianCarlo De Cataldo e Carlo Bonini. A história envolve uma miscelânea de temas, como a criminalidade, a máfia, o Vaticano, lavagem de dinheiro, prostituição e tráfico de drogas, numa disputa entre grupos por uma área que pretendem transformar em um "paraíso de jogos". Suburra é um vale localizado em Roma, na Itália, e é atravessado pelas modernas Via Cavour e Via do Estatuto. Na antiguidade, a Suburra era um bairro de classe baixa, frequentado por prostitutas e vendedores ambulantes. Dizem que Júlio César viveu em Suburra, em um "domus", residência das famílias abastadas. Amigos cinéfilos, eu gostei desta película, tem muita ação, drama, violência, a história é bem contada, interpretada e atores convincentes em seus papéis. Destaque para as atrizes Greta Scarano no papel de Viola e Giulia Gorietti no papel de Sabrina, além dos intérpretes Pierfrancesco Favino, Claudio Amendola e Alessandro Borghi no papel de Número 8. Quem aprecia esse tipo de filme, acho que é uma boa pedida, vale a pena conferir!!!!!

 

 

                                                       

KATYN


                                                      KATYN

                    Filme polonês de drama e guerra do ano de 2007, dirigido pelo excelente diretor polonês Andrzej Wajda, tem sua história passada em setembro de 1939, após a invasão da Polônia pelos nazistas, tropas soviéticas ocupam o leste do país. milhares de oficiais poloneses são mantidos prisioneiros e enviados a campos de concentração. Anna (Maja Ostaszewska) aguarda na companhia da filha, o retorno do marido, Andrej (Artur Zmijewski). Quando várias covas coletivas são encontradas, os soviéticos informam que os poloneses foram assassinados pelos nazistas na floresta de Katyn. Anna, no entanto, encontra o diário do marido e descobre que a verdade é outra. Esse diretor aos 81 anos de idade, 50 anos depois do belo e chocante Kanal, realiza outra grande obra de arte, outro belo e chocante filme. Ele imprime extraordinário vigor narrativo a Katyn, para mostrar como ocorreu a execução, numa floresta russa, de oficiais militares e de cidadãos poloneses, num total aproximado de 22 mil pessoas, ordenada por autoridades soviéticas, após a invasão da Polônia em 1939. com base no livro Post Mortem-The Story of Katyn, de Andrzej Mularczyk, Wajda pinta na verdade, um grande painel sobre as atrocidades sofridas por seu povo, sob o domínio, a partir de setembro daquele ano, primeiro, dos nazistas e, em seguida, dos comunistas, que o sufocaram até 1989, quando, afinal, a Polônia recuperou sua soberania. Wajda, em Katyn, confiou os papéis femininos, que sustentam a narrativa, a atrizes de muita têmpera dramática. A primeira delas, é Maja Komorouska, mãe de Andrzej, que tem atuação discreta, mas exemplar. Maja Ostaszewska representa o papel de Anna, mostrando que muitas vezes, um ato psicológico exige ações físicas precisas para se expressar. É nisso que ela baseia sua estupenda atuação, e Danuta Stenka, na interpretação do papel de viúva do General (Jan Englert), demonstra que, além de ser uma mulher elegante e bonita, é uma atriz de apurada técnica teatral. O elenco masculino também não poderia ser melhor, integrado por atores da categoria de Artur Zmijewski, Jan Englert e Wladyslaw Kowalski. Mas o papel de maior destaque, a meu ver, dada a complexidade do personagem, é inegavelmente o de Andrzej Chyra- um dos intérpretes mais requisitados atualmente do cinema polonês- , brilhante como Jerzy, que, embora tenha sobrevivido ao massacre, não consegue viver da mentira, isto é, em conivência com os assassinos. Finalizo amigos cinéfilos, que embora não seja um admirador de filmes sobre guerras, esse me surpreendeu maravilhosamente bem, porém trata-se de uma película forte, poderosa, densa, um verdadeiro libelo violento contra as duas ditaduras, a nazista e a comunista, que trouxeram à Polônia aquela quantidade imensa de tragédia.  Um filme extraordinário, bem realizado, tendo sido indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2008, recebeu 12 prêmios e cinco outras indicações. Mas ele não é, de forma alguma, um filme fácil. Para quem não é polonês, não conhece um pouquinho que seja a história do país durante e logo após a Segunda Guerra, é difícil acompanhar e compreender as situações, e nem de longe o cineasta pretendeu dar ou procurar alguma explicação para as causas do massacre absurdo, insensato e insano, dos milhares de oficiais poloneses, a mando de Stálin. O pai do diretor Andrzej Wajda, Jakub Wajda, foi uma das vítimas deste massacre, e na época Andrzej Wajda tinha treze anos. Podem assistir, mesmo quem não gosta desse tipo de filme, pois se trata de um filmaço!!!!!                                   

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

INTOCÁVEIS



 

                                                         INTOCÁVEIS
                                (INTOUCHABLES)

                       Filme francês produzido em 2011, gênero comédia, com direção de Eric Toledano e Olivier Nakache conta a história de Philippe (François Cluzet), um aristocrata rico que, após um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático, que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss, por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a
amizade entre eles se estabelece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro. Começo meu comentário, relatando alguns fatos sobre essa película, pois os cineastas tiveram a ideia para esse filme, após assistirem o documentário A la vie, à la mort, que revela a trajetória de um jovem do subúrbio responsável por cuidar de um homem tetraplégico. Outro fato é que o ator François Cluzet encontrou o verdadeiro Philippe Pozzo di Borgo e observou os seus movimentos, respiração e fala para desenvolver o personagem. Gostei muito desse filme amigos, achei uma produção de qualidade, gostoso de assistir, muito bem filmada, consegue ao longo de quase duas horas de filme, passar longe de clichês e acertar em cheio nas suas piadas, sejam elas políticas, seja as de raça. Filme com importância, pois ele vem justamente da despreocupação de ser encarado como um filme socialmente engajado, criando não uma "comédia dramática", mas sim um bom filme sobre a vida. Atuações excepcionais de François Cluzet e Omar Sy, esse filme francês vencedor de vários prêmios e baseado em fatos reais, é a meu ver um belíssimo drama, que edifica e ainda é capaz de provocar deliciosas gargalhadas, mesmo que a maior parte do tempo seja pautado na construção de uma amizade improvável, que se transforma no ápice desta maravilhosa e delicada história. A química dos protagonistas consiste no epicentro do imponente sucesso que fez esse filme. Com uma bela trilha sonora, diálogos inspirados que produzem espontaneamente plasticidade a beleza do confronto entre duas distintas culturas,  que se descobrem através da maestria de uma inspiradora relação. Finalizo dizendo que é um filme para se assistir com a alma e com o coração aberto, pois a meu ver, é um grande espetáculo de arte para qualquer público. Como curiosidade relato que o filme foi baseado no livro autobiográfico de Philippe Pozzo di Borgo, Le Second souffle. O filme assim como o livro são baseados em fatos reais. Foi o filme mais visto na França em 2011, e é o mais rentável filme francês da história. O dinheiro arrecadado com a venda dos direitos de autor da adaptação do livro ao cinema, cerca de US$ 650 mil, foi doado a uma Associação de ajuda a deficientes físicos. Ressalvo também as atuações brilhantes de Anne Le Ny com o personagem Yvonne e Audrey Fleurot com o personagem Magalie. Amigos, esse eu recomendo certamente, quem ainda não viu, não perca essa oportunidade em assistí-lo. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CLEANSKIN: JOGO DE INTERESSES



                                                                                          





                                  CLEANSKIN: JOGO DE INTERESSES
                                                                                              (CLEANSKIN)



                                     Filme produzido no Reino Unido de 2012, gênero policial e ação, com direção e roteiro do britânico Hadi Hajaig, conta a história de Ewan (Sean Bean) um agente secreto da Inglaterra, que já esteve no Iraque e no Oriente Médio e tem visto coisas realmente impressionantes, e até certo ponto é alguém que, apesar de sua abordagem profissional, é um vingador, e ele está trabalhando disfarçado no submundo do crime em Londres. Sua missão é se passar por um guarda-costas de um traficante de armas e descobrir quem está vendendo Semtex (explosivo plástico semelhante ao C4), porém após uma emboscada, o material cai nas mãos de uma perigosa célula terrorista, que atua em Londres, e tem planos de detonar a cidade. Ash (Abhin Galeya) é um jovem muçulmano, envolvido nesses atentados  e disposto a dar a vida pelos seus irmãos. Ewan é enviado para encontrar e destruir a célula e o mandante por trás dos atentados, antes que a cidade vá pelos ares. Começo o meu comentário dizendo que achei um filme de ação de primeira linha, e com um elenco razoavelmente desconhecido no entanto. Dos atores a mais conhecida é a inglesa Charlotte Rampling, com quase 70 anos, ainda é uma mulher charmosa. A história é bem interessante, com inúmeros desdobramentos, trata a velha luta entre "quem tem razão", de parte a parte. De um lado, um agente do Serviço Secreto Britânico como segurança de um traficante de armas. Na evolução da história, descobre que quem o matou foram extremistas árabes, e tanto do lado dos britânicos quanto do lado dos árabes (e o principal personagem árabe é um estudante inteligente, sedutor e apaixonado por uma bonita moça britânica interpretada pela atriz Tuppence Middleton no papel de Kate), há pessoas com motivos para fazer o que fazem. Outro ponto  interessante da história é a exploração dessa dicotomia entre britânicos e muçulmanos, além do filme prender do início ao fim. Amigos cinéfilos, eu recomendo para quem é apreciador deste tipo de entretenimento. 

 

NOS PALCOS DA VIDA

                                                                                







                                            NOS PALCOS DA VIDA
                                                                                 (BIGGER THAN THE SKY)


                                             Filme americano mesclando romance, comédia e drama do ano de 2005, com direção de Al Corley, trata da história de Peter (Marcus Thomas) ao ser dispensado pela namorada, percebe o quanto é solitário e infeliz. Para superar esse sofrimento, ele faz algo inesperado: faz um teste para uma peça do teatro comunitário da cidade. Apesar de nunca  ter tido nenhum contato anterior com a atuação, ele acaba conseguindo o papel principal, mesmo sem ter certeza se vai ser capaz de fazê-lo. Mas essa experiência vai mudar sua vida para sempre. Começo o meu comentário, dizendo que gostei desse filme, pois achei muito interessante a forma como a história foi desenvolvida pelos atores e também apreciei  o rumo tomado pelo diretor, na trama, simples, porém bem estruturada, o personagem insatisfeito com o rumo da sua vida pessoal e profissional, toma uma atitude inusitada, que é se inscrever para uma audição numa peça de teatro interpretando o Cyrano de Bergerac. Ele, por inexperiência, foi visto por todos como um péssimo ator, porém, a Diretora da peça, viu um potencial nele e acreditou na sua capacidade de superação. Só que ele não conseguia acreditar e a trama se desenvolve no conflito de um homem comum que precisa fazer escolhas e aprender a arriscar, a seguir seus sonhos. De uma forma linda e sensível, o filme vai nos guiando na trajetória desse homem, que buscava se encontrar e expressar sua entrega, seu amor à vida, assim como o personagem Cyrano, requeria de qualquer ator que fosse interpretá-lo. Somos levados a rever nossos valores, escolhas e a reconhecer o quanto medo temos, ao seguir nossos sonhos e o quanto muitas vezes, podemos paralisar frente à grandes oportunidades transformadoras da vida. Ressalto algumas atuações convincentes, dentre eles, John Corbett (Michael Degan), Clare Higgins (Edwina Winters) e Allan Corduner (Kippy Newberg). Amigos cinéfilos, essa película eu recomendo para os apreciadores de um filme que mostra que devemos procurar e lutar pelos nossos ideais. Vale uma conferida. Fica aí mais uma dica e bom entretenimento.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

UM SENHOR ESTAGIÁRIO



                                                                              

                                                                                       





                                              UM SENHOR ESTAGIÁRIO
                                                                                                            (THE INTERN)



                                                Filme de gênero comédia, lançado em 2015, com roteiro e direção da ótima cineasta americana  Nancy Meyers (Filmes como Simplesmente Complicado-2009, O Amor não tira Férias-2006, Alguém tem que ceder-2003 e Do que as mulheres gostam-2000), tem a sua história de Jules Ostin (Anne Hathaway), uma criadora de um bem-sucedido site de vendas de roupas que, apesar de ter apenas 18 meses, já tem mais de duas centenas de funcionários. Ela leva uma vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao fato de gostar de manter contato com o público. Quando sua empresa inicia um projeto de contratar idosos como estagiários, em uma tentativa de colocá-los de volta à ativa, cabe a ela trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro). Aos 70 anos, Ben leva uma vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se reinventar. Por mais que enfrente o inevitável choque de gerações, logo ele conquista os colegas de trabalho e se aproxima cada vez mais de Jules, que passa a vê-lo como um amigo. Começo o meu comentário, dizendo que esse filme mostra o oposto do filme anteriormente comentado por mim, de que atores de nome, quando a história é boa e tem uma boa direção e roteiro, as interpretações aparecem e fazem a diferença. É o caso dessa comédia, gostosa, leve, despretensiosa, porém cativante, pois Nancy Meyers apresenta uma amistosa interação entre pessoas de gerações diferentes e seus respectivos costumes, proporcionando ao espectador a oportunidade de rir. Robert De Niro parece muito à vontade como Ben, o mesmo vale para Anne Hathaway, que depois de contracenar com a gigante Meryl Streep em "O Diabo veste Prada", demonstra muita maturidade e a medida certa de química no bate-bola com um veterano do porte de Robert De Niro. Gostei desse filme também pois quando ele fica mais sério, produz alguns momentos tocantes entre os dois protagonistas, conforme Ben ajuda Jules a encontrar o equilíbrio em sua vida, enquanto a aconselha a não sacrificar seu papel como empresária, por seu papel como esposa e mãe. Amigos, assisti, gostei e recomendo a quem gosta deste estilo de entretenimento, podem ir ao cinema, pois o meu dinheiro foi bem empregado nele.

LOVE


                                                                                    


                                                                                 



                                                                   LOVE
                                                                                                                       (LOVE)


                                                Filme de gênero erótico e drama, lançado em setembro de 2015, com direção do polêmico cineasta francês Gaspar Noé (7 dias em Havana e Irreversível), nenhum outro filme do Festival de Cannes de 2015, teve filas tão grandes quanto este, porém ele não concorreu no Festival. Em  parte, pela fama transgressora do diretor, graças especialmente a Irreversível, mas também porque Gaspar Noé, prometera mostrar (muito ) sexo explícito nesse novo trabalho. Promessa cumprida. Sua história fala sobre Murphy (Karl Glusman) que está frustrado com a vida que leva, ao lado da mulher (Klara Kristin) e do filho. Um dia, ele recebe um telefonema da mãe de sua ex-namorada, Electra (Aomi Muyock), perguntando se ele sabe onde ela está, já que está desaparecida há meses. Mesmo sem a encontrar há anos, a ligação desencadeia uma forte onda saudosista em Murphy, que começa a relembrar fatos marcantes do relacionamento que tiveram. Começo o meu comentário, dizendo que fui ao cinema assisti-lo, pela propaganda  na época do Festival de Cannes, e esse tem a insistência em retratar a angústia e a sua filosofia superficial e estudantil, somadas ao clima opressivo, tornam esta experiência mais claustrofóbica do que interessante ou excitante. As sequências de sexo são longas, na medida para escancarar o constrangimento que o tema costuma provocar, porém a história em si, em compensação é pobre demais, seus diálogos são sofríveis, para dar a "Love" o status de "cult".  Gaspar Noé, realizador de outro filme de escândalo sex-exploitation (mesmo que não explícito como esse, "Irreversível", o diretor nunca tem muito a dizer, mas gasta muito tempo(mais de duas horas neste "Love") para não dizer nada, a meu ver. Sobre esse filme amigos cinéfilos, uma coisa boa nele, é que foi integralmente filmado na sempre linda e charmosa Paris, França, nem as cenas de sexo explícito foram bastante eróticas, filmes anteriores desse gênero, tiveram cenas não tão longas, porém muito mais envolventes  e excitantes, como por exemplo cenas do Filme 9 Canções de 2004 com a atriz Margo Stilley e Hotel Desire de 2011 com a atriz Saralisa Volm, ambos muito melhores. Finalizo, dizendo para não gastarem seu dinheiro indo assistir, pois não valeu a pena. Foi confirmado nessa película , o antigo slogan que diz que "a propaganda é a alma do negócio". 

SEIS ANOS




                                                                                  




                                                      SEIS ANOS
                                                                                                    (6 YEARS)


                                                         Filme do gênero de drama com produção de 2015, escrito e dirigido pela americana Hannah Fidell, conta a história de um jovem casal, Dan (Ben Rosenfield) e Mel (Taissa Farmiga), se conhecem desde a infância e estão namorando há 6 anos. A princípio, eles parecem ter um amor ideal, mas a notícia de uma oportunidade de emprego para Dan, pode abalar o romance e mudar o rumo das coisas, dependendo da escolha que ele fizer. Talvez o futuro que eles tinham imaginados juntos, não se torne mais uma realidade.Começo meu comentário, relatando que apesar, a meu ver, de ser um filme simples, ele é delicado e extremamente realista, retratando bem um relacionamento, às vezes lindo, intenso, envolvente,às vezes angustiante, e também às vezes dá certo, outras não. Acredito que qualquer pessoa pode se identificar com essa coisa de tentar fazer o seu primeiro amor durar, de trazer esse relacionamento da adolescência para a vida adulta, aí vem a questão do desgaste, da intensidade juvenil, e do rumo que as coisas vão tomando. É um filme que retrata bem a realidade de muitos relacionamentos hoje em dia, a dependência e até mesmo costume de ter aquela pessoa ao lado, mesmo que as coisas já não estejam mais indo bem. Gostei também, pois ele foge bastante dos clichês românticos e dramas atuais. Achei a atuação da atriz Taissa Farmiga bem bacana e convincente, e a fotografia do filme é muito linda. Finalizo meu comentário, dizendo que essa película é perfeita para demonstrar que não adianta persistir em algo que te sufoca. Vai além de uma interpretação tão crua como relacionamento. Você se acostuma tanto com alguma coisa, que não consegue se imaginar sem e não consegue desapegar. Você cria um hábito tão forte com algo, que apesar de se empolgar com novidades, não consegue seguir sem aquilo que depositou tanta energia. Amigos, quem quer ver um filme realmente maduro, mostrando a realidade sem flores, um bom drama, eu o recomendo. Só a título de curiosidade esse longa concorreu ao Grande Prêmio do Júri do Festival SXSW 2015, dedicado ao cinema independente.

FOGO CONTRA FOGO

                                                                                               







                                                      FOGO CONTRA FOGO
                                                                                                      (FIRE WITH FIRE)



                                                        Filme de ação do ano de 2012, com direção de David Barett conta a história de Jeremy Coleman (Josh Duhamel) um bombeiro solitário, que considera seus colegas como sua verdadeira família. Um dia, ao entrar numa loja, ele presencia o assassinato do dono do local e de seu filho. Como única testemunha, ele é convencido pelo detetive Mike Cella (Bruce Willis) a depor contra o autor dos disparos, o sociopata Neil Hagan (Vincent D'Onofrio). Cella tem motivos pessoais para capturar Hagan, já que no passado matou seu parceiro e a esposa dele. À espera do julgamento, Jeremy entra no programa de proteção à testemunha e, com isso, se muda para Nova Orleans. Só que Hagan está em seu encalço, para evitar que seja condenado e preso. Como comentário, começo dizendo que este filme nada tem de novo ou surpreendente, é uma típica película de que ter grandes nomes no seu elenco, não é sinal de boas atuações. Os diversos furos do roteiro, também não ajudam, como por exemplo, personagens fazendo ligações para celulares jogados fora há poucas cenas atrás. A meu ver, não há nada de especial na trama ou nas atuações que traga qualquer empolgação, em suma, achei uma combinação de erros que começou no roteiro e teve seu ápice na desastrosa performance de um elenco recheado de atores conhecidos. Infelizmente, amigos amantes de um bom entretenimento, apesar de gostar desse tipo de filme de ação, eu não o recomendo.