KATYN
KATYN
Filme polonês de drama e guerra do ano de 2007, dirigido pelo excelente diretor polonês Andrzej Wajda, tem sua história passada em setembro de 1939, após a invasão da Polônia pelos nazistas, tropas soviéticas ocupam o leste do país. milhares de oficiais poloneses são mantidos prisioneiros e enviados a campos de concentração. Anna (Maja Ostaszewska) aguarda na companhia da filha, o retorno do marido, Andrej (Artur Zmijewski). Quando várias covas coletivas são encontradas, os soviéticos informam que os poloneses foram assassinados pelos nazistas na floresta de Katyn. Anna, no entanto, encontra o diário do marido e descobre que a verdade é outra. Esse diretor aos 81 anos de idade, 50 anos depois do belo e chocante Kanal, realiza outra grande obra de arte, outro belo e chocante filme. Ele imprime extraordinário vigor narrativo a Katyn, para mostrar como ocorreu a execução, numa floresta russa, de oficiais militares e de cidadãos poloneses, num total aproximado de 22 mil pessoas, ordenada por autoridades soviéticas, após a invasão da Polônia em 1939. com base no livro Post Mortem-The Story of Katyn, de Andrzej Mularczyk, Wajda pinta na verdade, um grande painel sobre as atrocidades sofridas por seu povo, sob o domínio, a partir de setembro daquele ano, primeiro, dos nazistas e, em seguida, dos comunistas, que o sufocaram até 1989, quando, afinal, a Polônia recuperou sua soberania. Wajda, em Katyn, confiou os papéis femininos, que sustentam a narrativa, a atrizes de muita têmpera dramática. A primeira delas, é Maja Komorouska, mãe de Andrzej, que tem atuação discreta, mas exemplar. Maja Ostaszewska representa o papel de Anna, mostrando que muitas vezes, um ato psicológico exige ações físicas precisas para se expressar. É nisso que ela baseia sua estupenda atuação, e Danuta Stenka, na interpretação do papel de viúva do General (Jan Englert), demonstra que, além de ser uma mulher elegante e bonita, é uma atriz de apurada técnica teatral. O elenco masculino também não poderia ser melhor, integrado por atores da categoria de Artur Zmijewski, Jan Englert e Wladyslaw Kowalski. Mas o papel de maior destaque, a meu ver, dada a complexidade do personagem, é inegavelmente o de Andrzej Chyra- um dos intérpretes mais requisitados atualmente do cinema polonês- , brilhante como Jerzy, que, embora tenha sobrevivido ao massacre, não consegue viver da mentira, isto é, em conivência com os assassinos. Finalizo amigos cinéfilos, que embora não seja um admirador de filmes sobre guerras, esse me surpreendeu maravilhosamente bem, porém trata-se de uma película forte, poderosa, densa, um verdadeiro libelo violento contra as duas ditaduras, a nazista e a comunista, que trouxeram à Polônia aquela quantidade imensa de tragédia. Um filme extraordinário, bem realizado, tendo sido indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2008, recebeu 12 prêmios e cinco outras indicações. Mas ele não é, de forma alguma, um filme fácil. Para quem não é polonês, não conhece um pouquinho que seja a história do país durante e logo após a Segunda Guerra, é difícil acompanhar e compreender as situações, e nem de longe o cineasta pretendeu dar ou procurar alguma explicação para as causas do massacre absurdo, insensato e insano, dos milhares de oficiais poloneses, a mando de Stálin. O pai do diretor Andrzej Wajda, Jakub Wajda, foi uma das vítimas deste massacre, e na época Andrzej Wajda tinha treze anos. Podem assistir, mesmo quem não gosta desse tipo de filme, pois se trata de um filmaço!!!!!
Assistindo filmes sobre a confluência... isso deve ser saudades!
ResponderExcluirGostei da dica, vou assistir.
Abraços, quipá.
Prezado Quipá Triangulinho
ExcluirBom Dia!
Essa confluência é outra, mas serve também. quanto ao filme, apesar de não ser muito fã deste tipo de filme, para mim foi um filmaço, veja e tire as suas conclusões. Um grande abraço, ou melhor até logo(Bis Später) e não Adeus (Auf Wiedersehen). rsrsrsrs.....