terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CIRCUITO FECHADO





                                            CIRCUITO FECHADO 
                                                              (CLOSED CIRCUIT)   

                                            Filme de gênero suspense,produzido no Reino Unido em 2013, com direção do irlandês John Crowley, infelizmente lançado aqui no Brasil diretamente em Home Video. Sua história começa em um mercado popular em Londres, que sofre um atentado terrorista, com bombas, e desperta a atenção de todo o país, não demora até que um suspeito seja detido. Para defender este homem, são chamados dois advogados de primeira linha (Rebecca Hall e Eric Bana), que já tiveram um caso amoroso. À medida que avançam nas investigações, eles descobrem que o governo britânico está implicado neste caso, uma provável fraude organizada pelo próprio Estado. Com a dupla chegando cada vez mais perto da verdade, suas vidas correm um sério risco. Começo meu comentário, dizendo que gostei deste filme, o tema foi um fascinante drama político inglês, que resumindo, trata-se de um ataque terrorista ocorrido em Londres, obra esta, segundo todos os indícios, de radicais muçulmanos. Mas sim, o filme é, todo ele, uma crítica virulenta não aos terroristas, aos radicais muçulmanos, mas sim às próprias autoridades britânicas. É preciso ser uma democracia consolidada, avançada, estável, tranquila, para que haja um filme como este, escrito por Steven Knight, dirigido por John Crowley, com um elenco que inclui o australiano Eric Bana, os ingleses Rebecca Hall e Jim Broadbent, o irlandês do Ulster Ciarán Hinds e a americana Julia Stiles. Não é um filme fácil,que agrade a todas as plateias, de forma alguma. Falcões de todos os matizes, defensores da Lei do Talião, do olho por olho dente por dente, do combate aos radicais e terroristas com todas as armas possíveis e imagináveis, devem passar bem longe dele,ou vão se expor ao risco de um choque anafilático.  Embora algumas coisas não foram bem explicadas no filme,  acredito eu, que propositalmente pelo roteirista e diretor,como por exemplo, como e quando foi o relacionamento afetivo entre os dois protagonistas, e também não esclareceram coisas básicas do complexo judicial britânico, mas de forma alguma comprometeu a película. A cada filme que vejo com essa brilhante atriz britânica Rebecca Hall, cresce mais a minha admiração por ela, ela é a prova de que talento não precisa necessariamente vir acompanhado de imensa beleza. A rigor, pelos padrões mais comuns, Rebecca Hall não é uma mulher bonita. Mas ela usa com maestria todos os traços de seu rosto, traços fortes, marcantes, para transmitir as emoções dos personagens que interpreta. Ela faz de Claudia Simmons-Howe um personagem fascinante, bem criada,bem educada, com princípios firmes, ela é uma profissional dedicada,competente, e parece ter muita segurança, porém sua segurança vai pelo ralo quando se vê defrontando a força das instituições do Estado. Roteirista e Diretor souberam muito bem manter a tensão crescente entre os dois protagonistas,Claudia e Martin, essa tensão diante de todo o caso jurídico e político complexo, difícil, apavorante, em que mergulham, e diante do reencontro após uma paixão que visivelmente ainda não se apagou. Este diretor John Crowley, novo no ofício,pois é o quinto longa-metragem dele, embora eu não tenha referência alguma sobre os anteriores, com esse mostrou muita competência. Finalizo amigos, dizendo que gostei desta película, bem estruturada, bem interpretada por todos os atores e quem gostar deste gênero, pode assistir gratuitamente baixando na internet, e para mim foi mais um bom filme do cinema inglês, o que hoje, na minha opinião, é quem produz o melhor  cinema do mundo.

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