sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
OS OITO ODIADOS
OS OITO ODIADOS
(THE HATEFUL EIGHT)
Essa semana fui todo empolgado assistir um faroeste, da qual sou fã, e a muito tempo não aparece nas telinhas do cinema, filme americano e produzido em 2015, lançado aqui esse mês (01/16), com direção do famoso Quentin Tarantino(Django Livre, Bastardos Inglórios, Pulp Fiction, Kill Bill,entre outros), conta a história que durante uma nevasca, o carrasco John Ruth (Kurt Russell) está transportando uma prisioneira, a famosa Daisy Domergue(Jennifer Jason Leigh), que ele espera trocar por grande quantia de dinheiro. No caminho, os viajantes aceitam transportar o caçador de recompensas Marquis Warren (Samuel L. Jackson), que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix(Walton Goggins), prestes a ser empossado em sua cidade. Como as condições climáticas pioram, eles buscam abrigo no Armazém da Minnie, onde quatro outros desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes no local começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável confronto entre eles. Amigos cinéfilos, começo meu comentário, dizendo que infelizmente não gostei dessa película, e não é por causa da sua longa duração,167 minutos,apesar de ter tido uns intrigantes minutos iniciais com sua interessante premissa, ele desperdiça sua tela em widescreen com uma trama verborrágica e claustrofóbica, que termina, no estilo Tarantino, em uma sequência repleta de derramamento de sangue e caos. Achei um filme entediante, e cochilei algumas vezes, apesar do seu barulho e violência, nem com isso conseguiu me prender, diálogos previsivelmente longos, filme sem paixão, e sendo defendidos por personagens caricaturais desinteressantes. Saí do cinema frustrado, pois não é por ser longo demais, achei seu roteiro capenga e auto referente, seus personagens mal construídos com atuações apenas protocolares, esse novo faroeste de Tarantino frustrou até espectadores que como eu, são fãs do diretor e também de faroestes. Triste, pois, até esse "Os Oito Odiados", Tarantino não havia repetido fórmulas de sucessos anteriores, e com esse ocorreu um tédio e com bastante frequência, resumindo ser uma película com uma história ofuscada por uma trama complicada e frágil, e que por todos esses motivos, queridos amigos, eu não indico gastar seu trabalhado e suado dinheirinho, assistindo este decepcionante faroeste. Até a próxima.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
BRAVETOWN
BRAVETOWN
Filme canadense e americano lançado em 2015, de gênero drama e musical, com direção do venezuelano Daniel Durán, conta a história de Josh, um garoto que teve um passado difícil e que secretamente, é um dos melhores DJs e remixers dos clubes de dança de Nova York. Após ser levado ao conselho por ter cometido um crime envolvendo drogas e por ser menor de idade, ele é obrigado a morar com seu pai, que não teve nenhum contato na sua infância e adolescência, em uma pequena cidade em Dakota do Norte. Ele demora para se acostumar com a nova vida, mas após ser chamado para ajudar o time de dança de sua escola a ganhar uma competição, Josh passa a aproveitar um pouquinho mais. Durante tudo isso, ele faz amizade com a capitã do time,Mary (Kherington Payne), e também com seu terapeuta Alex, pois ambos perderam alguém durante uma guerra, então eles unem as suas forças, para lidar com o passado. Começo meu comentário, dizendo que achei um filme bobinho, porém assistível, em dia de chuva sem nada melhor para fazer, embora tenha atores conhecidos no seu elenco, como por exemplo a veterana Laura Dern interpretando Annie mãe de Mary, a atriz Maria Bello interpretando Martha mãe de Josh, o astro e marido da cantora Fergie, Josh Duhamel interpretando Alex terapeuta de Josh, o ator de Hanna Montana, Lucas Till no papel principal interpretando Josh Harvest. Vão apreciar os admiradores de música eletrônica, dança de grupo com esse tipo de música, pois existem inúmeras competições durante a película com muita música entrelaçado com os dramas dos seus personagens, porém os temas envolvidos não tiveram a profundidade e dramaticidade necessária para lograr êxito, com atuações superficiais, somente restando atores com rostinhos bonitinhos em fracas atuações, sem convencer. Amigos cinéfilos, não deu para dormir, além do que tem muita música barulhenta, nem se eu quisesse daria para cochilar, sendo assim não recomendo a quem quer assistir um filme que a meu ver poderia ser muito bom, pois sua história se fosse bem estruturada e com atuações convincentes, o meu comentário com certeza seria outro, porém, o que vi infelizmente não foi assim e por essa razão não o recomendo. Até a próxima!!!!!!
CIRCUITO FECHADO
CIRCUITO FECHADO
(CLOSED CIRCUIT)
Filme de gênero suspense,produzido no Reino Unido em 2013, com direção do irlandês John Crowley, infelizmente lançado aqui no Brasil diretamente em Home Video. Sua história começa em um mercado popular em Londres, que sofre um atentado terrorista, com bombas, e desperta a atenção de todo o país, não demora até que um suspeito seja detido. Para defender este homem, são chamados dois advogados de primeira linha (Rebecca Hall e Eric Bana), que já tiveram um caso amoroso. À medida que avançam nas investigações, eles descobrem que o governo britânico está implicado neste caso, uma provável fraude organizada pelo próprio Estado. Com a dupla chegando cada vez mais perto da verdade, suas vidas correm um sério risco. Começo meu comentário, dizendo que gostei deste filme, o tema foi um fascinante drama político inglês, que resumindo, trata-se de um ataque terrorista ocorrido em Londres, obra esta, segundo todos os indícios, de radicais muçulmanos. Mas sim, o filme é, todo ele, uma crítica virulenta não aos terroristas, aos radicais muçulmanos, mas sim às próprias autoridades britânicas. É preciso ser uma democracia consolidada, avançada, estável, tranquila, para que haja um filme como este, escrito por Steven Knight, dirigido por John Crowley, com um elenco que inclui o australiano Eric Bana, os ingleses Rebecca Hall e Jim Broadbent, o irlandês do Ulster Ciarán Hinds e a americana Julia Stiles. Não é um filme fácil,que agrade a todas as plateias, de forma alguma. Falcões de todos os matizes, defensores da Lei do Talião, do olho por olho dente por dente, do combate aos radicais e terroristas com todas as armas possíveis e imagináveis, devem passar bem longe dele,ou vão se expor ao risco de um choque anafilático. Embora algumas coisas não foram bem explicadas no filme, acredito eu, que propositalmente pelo roteirista e diretor,como por exemplo, como e quando foi o relacionamento afetivo entre os dois protagonistas, e também não esclareceram coisas básicas do complexo judicial britânico, mas de forma alguma comprometeu a película. A cada filme que vejo com essa brilhante atriz britânica Rebecca Hall, cresce mais a minha admiração por ela, ela é a prova de que talento não precisa necessariamente vir acompanhado de imensa beleza. A rigor, pelos padrões mais comuns, Rebecca Hall não é uma mulher bonita. Mas ela usa com maestria todos os traços de seu rosto, traços fortes, marcantes, para transmitir as emoções dos personagens que interpreta. Ela faz de Claudia Simmons-Howe um personagem fascinante, bem criada,bem educada, com princípios firmes, ela é uma profissional dedicada,competente, e parece ter muita segurança, porém sua segurança vai pelo ralo quando se vê defrontando a força das instituições do Estado. Roteirista e Diretor souberam muito bem manter a tensão crescente entre os dois protagonistas,Claudia e Martin, essa tensão diante de todo o caso jurídico e político complexo, difícil, apavorante, em que mergulham, e diante do reencontro após uma paixão que visivelmente ainda não se apagou. Este diretor John Crowley, novo no ofício,pois é o quinto longa-metragem dele, embora eu não tenha referência alguma sobre os anteriores, com esse mostrou muita competência. Finalizo amigos, dizendo que gostei desta película, bem estruturada, bem interpretada por todos os atores e quem gostar deste gênero, pode assistir gratuitamente baixando na internet, e para mim foi mais um bom filme do cinema inglês, o que hoje, na minha opinião, é quem produz o melhor cinema do mundo.
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