O DESAPARECIMENTO DE ALICE CREED
(The Disappearance of Alice Creed)
Filme do Reino Unido, lançado em 2009, com Roteiro e Direção de J Blakeson, trata-se de um drama, muito interessante a meu ver, que conta a história de Alice Creed (Gemma Arterton) , uma jovem filha de um milionário sequestrada por dois homens mascarados: o frio e eficiente Vic (Eddie Marsan) e seu cúmplice Danny (Martin Compston). A princípio, pensei que se tratava de mais um filme chato sobre sequestro, porém eu estava totalmente equivocado, e pelo contrário, venho relatar aqui, como somente três personagens, e ambientado praticamente em apenas um cenário pode ser considerado dinâmico e de boa qualidade? Tal filme é a resposta afirmativa definitiva à esta pergunta, já que o filme é uma verdadeira montanha-russa, onde as reviravoltas não só permeiam toda a trama, como inclusive dão o tom da produção. Apesar do excelente planejamento e do extremo profissionalismo da dupla de sequestradores, as coisas começam a degringolar quando os envolvidos no cenário vão aos poucos revelando certos detalhes ocultos em torno do sequestro, que podem alterar completamente o rumo da situação. Não vou falar mais sobre este engenhoso suspense, pois fatalmente estragaria as várias surpresas e revelações da produção, que marca a estreia em longa-metragem do diretor e roteirista J Blakeson (roteirista do mediano O Abismo do Medo 2, lançado no mesmo ano). Blakeson mostra experiência de veterano e demonstra total controle sobre sua história, apesar da conclusão não ter a pungência do intrigante restante da produção. No entanto, a maior qualidade do filme é mesmo seu sensacional trio de protagonistas. Todos estão impecáveis, com interpretações enérgicas e no tom exato para que o filme funcione tão bem. O fantástico Eddie Marsan dá seu show habitual, enquanto que a linda Gemma Arterton e o relativamente desconhecido Martin Compston entregam perfomances viscerais e sempre no limite. Finalizando, este filme é um dos poucos exemplares do gênero que faz de seus limitadores da narrativa, suas maiores qualidades, mostrando que para ser uma produção mirabolante, não é necessário estar apoiada em tramas grandiosas ou mesmo complexas, altos orçamentos e galãs de Hollywood. Basta inteligência e vontade de fazer bom cinema. Recomendo aos admiradores de um bom drama, tenso e forte.
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