LARRY CROWNE- O AMOR ESTÁ DE VOLTA
(LARRY CROWNE)
Larry Crowne (Tom
Hanks) trabalha há anos em uma loja, onde já foi escolhido por nove vezes como
o funcionário do mês. Um dia, para sua surpresa, ele é demitido por não ter
curso superior. Precisando recomeçar do zero, ele resolve se matricular na
faculdade. Um dos cursos que realiza é o de oratória, ministrado por Mercedes
Tainot (Julia Roberts), que está desanimada devido ao desinteresse dos alunos
por sua matéria. A vida na faculdade faz com que Larry ganhe novos amigos, mude
seu estilo de vida e se aproxime, cada vez mais, de Mercedes.
A
grande mensagem que Larry Crowne procura passar, envolve um incentivo àqueles
que pretendem mudar, em um estágio já um pouco mais avançado da vida.
O problema maior em toda essa história é a total falta de objetivo do roteiro. O que começa sendo uma desventura vivida por um cinqüentão acomodado, se transforma em um romance aguado que em momento algum convence e termina em uma sucessão de desfechos abruptos e pouco imaginativos. Chega a surpreender essa falta de idéias apresentada por Hanks, um cara que sabe como ninguém o quão carente de inovação andam as comédias americanas. O que poderia ser uma bela contribuição para o cinema comercial atual americano é apenas um filme bobo, onde tudo acontece rápido demais e em momento algum decola para valer.
Julia Roberts, apesar de encantadora, não consegue fazer muito para mudar a situação. Mercedes é uma personagem apática, que deveria mudar com o decorrer da trama, mas que não ganha espaço o suficiente para crescer. Hanks tende a atribuir força aos personagens secundários, de modo que o casal principal é o mais sem graça de todos. Para piorar, há uma enxurrada de personagens periféricos idiotas e apelativos, claramente usados para arrancar risadas do público a duras penas.
Apesar dos pesares, ainda há um vestígio de bons momentos durante a duração do filme, que se resumem basicamente ao carisma de seus protagonistas (o sorriso de Julia Roberts ainda é uma arma infalível). Fora isso é pequeno e covarde, incapaz de sair da mesmice e que não acrescenta nada aos envolvidos no projeto. Resta torcer para que isso não se repita futuramente. Afinal, dói fundo ver dois grandes talentos tão desperdiçados em um trabalho tão ameno.
Por tudo isto, é que não recomendo esta película, lançada em 2011, nem para os fanáticos da protagonista de Uma Linda Mulher, Julia Roberts.
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