O SUSPEITO
( RENDITION)
Este filme lançado no Brasil em 2008, conta a história de Anwar El-Ibrahimi (Omar Metwally), um engenheiro químico egípcio, casado, morador nos Estados Unidos, que está retornando de uma conferência na África do Sul. Entretanto, ao desembarcar no aeroporto, ele é detido por autoridades do governo. Sua esposa que foi buscá-lo no aeroporto com seu filho, e grávida de 8 meses, fica à sua espera, em vão. Anwar, simplesmente desaparece, sem que sua esposa Isabella (Reese Whiterspoon), saiba o que aconteceu com ele. O que ocorre neste filme, baseado em fatos reais, que na época de inúmeros atentados nos Estados Unidos, foi elaborada uma lei que estabelece que qualquer suspeito de terrorismo, pode ser levado para o seu país de origem e lá ser interrogado por autoridades norte-americanas, sob tortura, a chamada Lei Extreme Rendition, uma aberração do estado democrático dos tempos do Presidente Clinton. Acontece que Isabella, de posse do extrato do cartão de crédito do marido, que indicava haver feito compras a bordo do avião, viaja para Washington, a fim de pedir ajuda a um ex-namorado, Alan Smith (Peter Sarsgaard), assessor influente de um Senador (Alan Arkin). Enquanto isso, no Cairo, num jogo de flashbacks, iniciam-se duas narrativas, que ocorrem simultâneas: a das sessões de tortura sob o comando de Abasi Fawal (Yigal Naor) e de Douglas Freeman (Jake Gyllenhaal), promovido após a morte do seu chefe em um atentado no Cairo, as quais, de tão intensas que são, provocam, aos poucos, a desfiguração física do Anwar, em um excelente trabalho de interpretação; e a do amor secreto que envolve a filha do torturador Fawal, Fátima (Zineb Oukach) com o jovem fundamentalista muçulmano Khalid (Moa Khouas). Gostei muito das atuações do Jake Gyllenhaal e do Peter Sarsgaard, estão brilhantes. Também Yigal Naor como Fawal, e Zineb Oukach como Fátima, tem excelentes atuações. Entretanto Meryl Streep e Alan Arkin, atores consagrados, tem apenas participações especiais, e mesmo assim estão inexpressivos. Outra participação a meu ver ruim é a da Reese Witherspoon, que dá sinais evidentes de que não gostou do seu papel e que também não conseguiu ter boa sintonia com a direção. Resumindo, gostei do trabalho do diretor sul-africano Gavin Hood, competente, boa trilha sonora, é um filme dramático, suspense forte, vigoroso, que mantem o espectador, sob eterna tensão, com o desenrolar da trama, bem realizada, e por tudo isto, eu recomendo a quem não assistiu esta película, não deixe de fazê-lo.
Eu lembro desse!!! Muito boa resenha!
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