segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

PEGANDO FOGO


                  
   

                           PEGANDO FOGO  

                                      (BURNT)

                                    Filme americano lançado aqui  em dezembro/15, trata-se de um drama mesclando comédia, com direção de John Wells, que fui assistir esse fim de semana, conta a história  do chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) que outrora foi um dos mais respeitados em Paris, mas o envolvimento com álcool e drogas fez com sua carreira fosse ladeira abaixo. Após um período de isolamento em Nova Orleans, ele parte para Londres disposto a recomeçar a carreira e conquistar a sonhada terceira estrela no badalado Guia Michelin de Restaurantes. Para tanto, ele conta com a ajuda de Tony(Daniel Brühl), que gerencia um restaurante na capital britânica, e recruta uma equipe de velhos conhecidos. Começo meu comentário, dizendo que a intenção do diretor em mostrar o ambiente de cozinha profissional com toda a pressão diária e a competição feroz que existe no meio foi louvável, porém a meu ver se perdeu no meio do caminho ao tentar mesclar elementos demais sem focar em nenhum. Não achei nem bom no quesito comédia nem tampouco no drama, apenas sustentado pelos sussurros das admiradoras do astro Bradley Cooper e pelo bom elenco de apoio que tem Daniel Brühl, Sienna Miller e Alicia Vikander. Infelizmente, a película nunca se eleva ao nível de ambição dos seus personagens, e a história descamba cada vez mais para baixo em subtramas superficiais, incluindo um breve encontro misterioso e também mal contado de uma ex-amante. Finalizo dizendo que foi um prato do dia perfeitamente insosso, e no gênero culinário feito em Hollywood, é melhor rever o recente e simpático "Chef", de Jon Favreau, que possui frescor e muito mais consistência do que esse. Amigos cinéfilos esse eu não recomendo. Muito bobinha a história e não valeu a pena o meu suado e trabalhado dinheirinho!!! Até a próxima!!!!!!! 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O ENCONTRO


                                     O ENCONTRO

                           (TIME OUT OF MIND) 

                  Filme americano de produção de 2014, gênero drama, ainda não lançado no circuito nacional, tem direção e roteiro do israelense Oren Moverman (indicado ao Oscar pelo Roteiro de O Mensageiro), conta a história de um sem-teto com a saúde fragilizada, nas ruas de Nova York,George(Richard Gere)  um morador de rua que tenta conseguir algum dinheiro para alimentar seu vício em bebidas e um lugar para ficar ou pelo menos dormir por algumas horas. Mas o que ele realmente quer é reatar a relação perdida com a sua filha distante Maggie (Jena Malone). Começo meu comentário, dizendo que este filme foi apresentado no Festival Internacional de Filmes de Karoly Vary, na República Tcheca, que ocorreu nos dias 3 até 11 julho passado, onde esse festival é considerado o mais importante do Leste Europeu, e esse filme  abriu o festival. Foi também vencedor do Prêmio da Crítica do Festival Internacional de Filmes de Toronto,Canadá. Esse filme trata de uma história que fala de sentimentos, pois pretende fazer chegar ao público, como se sente uma pessoa que está fora de hora, ou seja do seu tempo e de lugar, completamente perdida. Apresenta também outra mensagem, pois busca transmitir a necessidade que as pessoas tem de pertencer a algum grupo, ou seja, de se sentir parte de algo. No nosso mundo, cada vez mais comprovamos que caminhamos pelas ruas em nosso mundo, em uma cápsula, sem dar conta do que acontece ao nosso redor. Amigos, gostei desse filme, é um drama, atuação excelente de Richard Gere e Jena Malone, também boa interpretação de Ben Vereen no papel de Dixon, destacando a título de curiosidade a curta participação da veterana atriz Kira Sedgwick no papel de Karen/Fake Sheila. Richard Gere também assinou a produção dessa película. Vale uma conferida para quem gosta deste tipo de filme.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

JOHN DOE: VIGILANTE


                          JOHN DOE:VIGILANTE

                         Filme australiano de gênero policial e suspense,produção de 2014 e direção do australiano Kelly Dolen, tem o enredo de um homem comum que passa a combater a violência, pois decide fazer justiça com as próprias mãos. Frustrado com o sistema falho da justiça, pois continua permitindo que criminosos violentos permaneçam livres, John Doe começa a exigir justiça do único jeito que ele sabe- matando cada criminoso, um por um. Logo ele se torna sensação na mídia e inspira um grupo de vigilantes imitadores. Começo meu comentário dizendo que embora não seja um tema original, ele foi dirigido de forma interessante, pois trata-se de tema atual e extremamente relevante. Seu enredo, não sendo original, pois já vimos algumas histórias parecidas anteriormente e o melhor exemplo de algo deste tipo é o filme V de Vingança. Porém, mesmo seguindo uma receita de bolo, John Doe: Vigilante consegue nos prender muito bem, não seguindo uma narrativa linear, mas sim algo que vai do passado ao presente e muitas vezes mesclando os tempos. Basicamente dois atores carregam o filme de forma competente, o britânico Jamie Bamber no papel principal, cria o personagem mais carismático do filme, com dilemas morais e racionais, não só para os outros do filme, mas também para nós que estamos assistindo. Destaco também o ator Lachy Hulme no papel do jornalista Ken Rutherford, competente. Ainda merecem destaque os atores Sam Parsonson como Murray Wills e Gary Abrahams como Sam Foley. Amigos cinéfilos, fora alguns deslizes de produção, umas cenas um tanto exageradas,esse filme vale a pena ser visto, pela discussão que seu tema provoca, ficando a dúvida no ar, vilão ou herói, mas é exatamente nesse ponto que o filme se apoia com tudo. Assistam, reflitam e tirem as suas próprias conclusões sobre o que é certo ou errado. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

SEM PERDÃO


                                           
  

                                           SEM PERDÃO

                                                (DEAD MAN DOWN)

                                                        Filme americano de gênero suspense e ação com produção de 2012, e direção do dinamarquês Niels Arden Oplev, tem a história de Victor (Colin Farrell) que trabalha como o braço direito de um grande criminoso em Nova York. Um dia, ele encontra Beatrice (Noomi Rapace), vítima de um crime, que considera Victor, o homem perfeito para ajudá-la em sua vingança. Para convencê-lo a cooperar, ela o chantageia com provas de um assassinato que Victor cometeu. Começo meu comentário, dizendo que o diretor escolheu o elenco certo, é o segundo trabalho dele com a atriz sueca Noomi Rapace, o anterior foi "Os Homens que não amavam as mulheres" de 2009, e também trouxe o ator irlandês Colin Farrell que na verdade, quando é bem dirigido, consegue entregar belas performances, como foi em Tigerland- A Caminho da Guerra de 2000 e Por um Fio de 2002. Esse casal é a alma do filme, mas ainda há a presença dos sempre competentes Terrence Howard, Dominic Cooper e uma ponta de F. Murray Abraham. O enredo é relativamente simples e não faz mistério do que está acontecendo (já nos primeiros minutos, o espectador é colocado a par da maior parte dos fatos), de modo que o que importa, é o desenrolar deles, e nisso o diretor Niels é brilhante. O diretor desenvolveu um drama interessante, centrado nos personagens, repleto de bons diálogos e sacadas de roteiro, que se passa em apenas alguns poucos dias. E ao mesmo tempo, cria um violento filme de vingança, que oferece alguns questionamentos ao espectador sobre a validade de tudo aquilo, mas o  deixa tirar suas próprias conclusões. Comento também, que a atriz Noomi Rapace ainda não alcançou  o patamar que pode atingir como atriz dramática, mas ela está caminhando a passos largos para isso. Ela é espontânea e nem um pouco deslumbrada com o glamour de Hollywood, ela faz um par perfeito com o bad boy irlandês Farrell nesta película. Amigos cinéfilos, fica aí, portanto, uma boa dica  para um filme que passou relativamente despercebido, mas que provavelmente agradará aos fãs do gênero, assim como me agradou. Até o próximo comentário.

AMOR E TURBULÊNCIA


                            AMOR E TURBULÊNCIA

                                           (AMOUR & TURBULENCES)    

                             Filme francês de gênero romance e comédia, produzido em 2013, com direção de Alexandre Castagnetti, tem a história de Antoine (Nicolas Bedos), um advogado que mora em Nova York. No caminho de volta para a sua casa, vindo da França, onde foi realizar uma entrevista de emprego, Antoine senta-se bem ao lado de Julie (Ludivine Sagnier), sua ex-namorada. Com um voo de sete horas de duração, os dois acabam falando um com o outro. Há três anos, os dois tiveram um caso que quase terminou em casamento, o que não aconteceu por causa das traições de Antoine, mulherengo ao extremo. Durante a viagem, os dois discutem a antiga relação e relembram os principais momentos do relacionamento. Nas poltronas ao lado, outros passageiros escutam a conversa dos dois e torcem para eles reatarem o namoro. Clichê dos mais cafonas e antigos. Como meu comentário, o filme no geral é muito fraco, tanto como comédia quanto romance. O ator principal Nicolas Bedos lembra aqueles galãs bregas dos filmes dos "Trapalhões". Tem cara de bobo e nenhuma graça. Não dá para entender como Ludivine Sagnier, dos ótimos "Dublê do Diabo" e "Swimming Pool", este último de François Ozon, embarcou nessa canoa furada. Se há algo para elogiar no filme é a trilha sonora, incluindo "The More I See You", com Chris Montez, e "What a diff'rence a day makes", com  Dinah Washington.Esse eu não paguei no cinema, graças a Deus, foi 0800 na Internet, mas mesmo assim meus amigos, não recomendo, tem filmes de comédias românticas bem superiores a esse. Até a próxima.   

O CHEIRO DA GENTE


                              O CHEIRO DA GENTE

                          (THE SMELL  OF US)

                                Filme francês de gênero drama erótico, lançado por aqui em dezembro de 2015, dirigido pelo polêmico  diretor americano Larry Clark, que tem em seu currículo, filmes como Kids de 1995, indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1995, Bully de 2001, Ken Park de 2002, Impaled de 2006, e Marfa Girl de 2012, dentre outros. Sua história se passa em Paris, em que um grupo de jovens se reúnem diariamente para andar de skate, fumar maconha e se divertir em meio aos pontos turísticos, sem se importar com os milhares de visitantes que a cidade recebe diariamente. Entediados, ricos, mimados e sempre conectados, vivem uma rotina desregrada e sem objetivos. Mas, aos poucos, a realidade cairá sobre eles e despedaçará a vivência poética. Começo meu comentário, dizendo que estou com muita raiva de ter gasto o meu dinheiro e tempo para assistir , a meu ver, esta porcaria de película no cinema. Achei um filme disforme, repetitivo, me pareceu um barco perdido, sem comandante a bordo, Larry Clark se desnuda de maneira desnecessária, mais irritante do que corajosa, e que soa falsa, como o próprio filme, na maior parte do tempo. Película sem energia, sem alegria, pois a primeira vista, parece apenas uma desculpa para exibição de adolescentes nus e/ou em atividade sexual, e nem essas cenas são merecedoras de algum crédito, que cheguei a conclusão de que uma leitura mais densa , deve confirmar que, na verdade, seus filmes não vão além disso mesmo. Estou impressionado que a Revista Francesa especializada em críticas cinematográficas "Cahiers du Cinéma",elegeu esse "filme" como o quarto melhor filme de 2015, não sei como, e nem em que, eles se basearam para dar essa colocação à essa porcaria. Esse filme foi exibido no Festival de Veneza do ano passado(2014), e foi um dos destaques dos 45 filmes do INDIE, Festival dedicado ao Cinema Independente Mundial, que teve sua apresentação aqui no Brasil começando em 16/09/15 no CineSesc em São Paulo. Amigos esse eu recomendo passar à quilômetros de distância da sua tela. Não perca seu dinheiro nem muito menos o seu precioso tempo. Muito ruim!!!!!!