segunda-feira, 14 de setembro de 2015

PROMESSAS DE GUERRA



                                                                           





                                      PROMESSAS DE GUERRA
                                           (THE WATER DIVINER) 


                                Filme do gênero mesclando drama e guerra de produção de 2014 com a estréia do ator Russell Crowe na direção, conta a história de Joshua Connor (Russell Crowe), que perdeu seus três filhos na Batalha de Gallipoli em 1919, em fins da Primeira Guerra Mundial, quando australianos, britânicos e franceses invadiram a Turquia- para depois alçar voos mais altos. Após a morte da mãe deles, Joshua promete que irá enterrá-la ao lado dos filhos. Desta forma, ele viaja até a Turquia, decidido a recuperar os corpos deles, para que possa enterrá-los em sua terra natal, a Austrália. Por mais que o País esteja agora em paz, devido à derrota dos turcos para os ingleses, Joshua enfrenta muitas dificuldades para chegar ao campo de batalha, onde eles teriam morrido. Ele recebe então a ajuda de Ayshe (Olga Kurylenko), uma mulher que está à espera do marido, enviado para a guerra, e de seu filho, o pequeno Orhan (Dylan Georgiades). Começo meu comentário, dizendo que como primeiro trabalho na direção do neo-zelandês Russell Crowe, ele mostrou menos sutileza do que como intérprete, um dos mais talentosos astros da atualidade, porém acredito que pela sua inexperiência atrás das câmeras. A fotografia do filme é sensacional, nas lentes do vencedor do Oscar Andrew Lesnie, cujo trabalho foi o seu último , pois recentemente faleceu. Gostei muito da interpretação do ator Yilmaz Erdogan como o Major Hasan, além  da apresentação sincera de alguns outros personagens coadjuvantes turcos , bem construídos. Gostei também, mesmo para um filme australiano, mostrar que o outro lado também sofreu com a sangrenta batalha- entre estimativas, há uma de que 60 mil aliados e 90 mil turcos morreram em combate-, humanizando-o e fazendo um discurso antiguerra, é um mérito, mesmo com a cooperação turca na produção. Finalizo, logicamente com muitas ressalvas presentes no filme, que Promessas de Guerra é uma obra de guerra interessante, e uma estréia digna para Russell Crowe na direção. O conteúdo minimamente questionador, compensa o estilo publicitário das imagens, fazendo o filme se sobressair positivamente em meio a um conjunto tão numeroso de obras heroicas e patrióticas no mercado atual cinematográfico. Por todo o seu conjunto, eu recomendo aos amantes desse gênero de película. 

domingo, 6 de setembro de 2015

HITMAN: AGENTE 47



                                                                               


                                                                              


                                      HITMAN: AGENTE 47
                                     (HITMAN: AGENT 47)  

                        
                        Refilmagem do precursor Hitman- Assassino 47 com direção do francês Xavier Gens e os atores americanoTimothy Olyphant e a linda ucraniana Olga Kurylenko do ano de 2007, este recém lançado por aqui, tem a direção do estreante polonês Aleksander Bach com os atores britânicos Rupert Friend e Hannah Ware. Sua história trata do Agente 47 (Rupert Friend), um assassino de elite geneticamente modificado, criado para ser a máquina de matar perfeita. Ele precisa caçar uma mega operação que pretende usar o segredo de sua criação para a formação de um exército imbatível. Ao juntar forças com uma misteriosa jovem, que pode ser o diferencial para o sucesso da missão, ele vai descobrir segredos de sua origem, em uma batalha épica contra seu maior inimigo. Começo meu comentário, pelos principais personagens, que não houve nenhuma química entre os dois atores britânicos, diferentemente do filme precursor. Achei uma película de ação com cenas razoavelmente bem executadas, porém incapaz de despertar no espectador qualquer tipo de interesse pelos personagens que as protagonizam. Achei que esse filme faltou muito mais consistência para ter uma personalidade própria, muito estúpido, filminho genérico, ele troca cérebros por balas e personagens por marionetes. Achei muito ruim que os bons  atores Zachary Quinto e Rupert Friend tenham aceitado trabalhar nesse desastre. Única coisa boa no filme foi sua gravação em Cingapura, que parece ser um lugar dos sonhos para se visitar. Amigos não recomendo irem no cinema e gastar seu suado dinheirinho para assistir, assim como eu infelizmente gastei. Porém, como diz o velho ditado: Quem avisa, amigo é!!!!!!!Até a próxima!!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A GRANDE BELEZA



                                                                           





                                      A GRANDE BELEZA
                         (LA GRANDE BELLEZZA)  


                    Antes de comentar sobre essa película, quero agradecer, pois foi mais uma indicação do meu sobrinho Paulo Roberto que também, assim como eu, é apaixonado por filmes. Esse espetáculo foi selecionado na competição oficial do Festival de Cannes em 2013, sendo o quinto filme do Diretor Paolo Sorrentino no Festival. Trata-se de um drama, a meu ver bem atual sobre a decadência da alta sociedade italiana, porém, reflete igualmente a alta sociedade de qualquer País. Sua história é passada em Roma, durante o verão, o escritor Jep Gambardella (Toni Servillo) reflete sobre a sua vida. Ele tem 65 anos de idade, e desde o grande sucesso do romance 'O Aparelho Humano", escrito décadas atràs, ele não concluiu nenhum outro livro. Desde então, a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade, os luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor inocente da sua juventude, Jep cria forças para mudar sua vida, e talvez voltar a escrever. O diretor critica continuamente a alta sociedade européia, seus altos e baixos, colocando um recheio de exuberância, luxo, dança e glamour, através do olhar do amadurecimento de um homem e seus passeios nas memórias. Esse filme descortina a decadência de Roma e da sociedade ocidental contemporânea, denunciando a superficialidade nos relacionamentos e a mediocridade nas almas. A película dirigida por Paolo Sorrentino é, sobretudo, uma reflexão cortante sobre a arte de envelhecer sem que se perca o afã de buscar razões para viver; é a história de um homem comum que se fez diferente pelo livro escrito há quarenta anos e que, durante esse tempo, entre uma exuberância e outra da cidade pulsante, tem vivido em busca de alguma beleza capaz de justificar a sua existência. A vida mundana e confortável de Jep Gambardella confronta-se com um vazio interior inquietante, pois ele tem dinheiro, prestígio e inteligência, mas falta-lhe alguma ou muita coisa. Gostei muito desse filme, amigos, história aparentemente superficial, mas esconde carências, desejos e insatisfações bem atuais nas  nossas vidas, mostrado nesse filme com muita propriedade e competência. Quem gosta de um filme com enredo profundo, que faz o espectador refletir sobre suas vidas, com boas atuações dos atores, então eu o recomendo sem medo de errar. Só a título de curiosidade, a atriz Angelina Jolie faz uma ponta no filme, no papel de uma jornalista de moda.