sexta-feira, 21 de novembro de 2014

UMA MANHÃ GLORIOSA


                                                                                                                   

                                                             UMA MANHÃ GLORIOSA

                                                                                  (MORNING GLORY)
 
                                     
                                                  Filme produzido em 2010 e lançado aqui no Brasil em 2011, é uma comédia dirigida por Roger Michell (o mesmo diretor de Um lugar chamado Notting Hill), e com o roteiro de Aline Brosh McKenna (a mesma de O diabo veste Prada), conta a história de Becky Fuller (Rachel McAdams), uma produtora de televisão que acaba demitida de seu programa de notícias, mas logo consegue uma vaga em uma nova emissora. O único problema é que para elevar a audiência, ela precisa fazer muitas mudanças, entre elas, convencer o premiado Mike Pomeroy (Harrison Ford), a apresentar matérias de moda e amenidades ao lado de uma ex-Miss Arizona (Diane Keaton). Com pouco tempo para atingir índices elevados de audiência, Becky terá que se virar para driblar o humor de seu elenco, ser reconhecida profissionalmente e ainda viver um novo amor. Trata-se de um filme que cumpre bem a sua proposta, que é divertir sem gerar grande expectativa, e apesar de ser uma fórmula batida, ele é muito bem feito, as atuações do excelente elenco são ótimas e a química entre os atores também é muito boa. Dito isso, eu o recomendo, para quem está à procura de um entretenimento sem maiores exigências, somente com a finalidade de distração por mais ou menos 150 minutos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A BATALHA DOS TRÊS REINOS


                                                                                                               

                                                             A BATALHA DOS TRÊS REINOS

                                                                           (THE BATTLE OF RED CLIFF)
 
                                               Uma superprodução chinesa lançada em 2008, com direção do famoso cineasta chinês John Woo, responsável por inúmeros sucessos cinematográficos, tais como, Missão Impossível 2 com Tom Cruise, O Pagamento com Ben Affleck e Códigos de Guerra com Nicholas Cage. Trata-se de um filme de guerra épico chinês, baseado na Batalha de Chibi (208-209dC) e eventos durante o final da Dinastia Han e, imediatamente antes do período dos Três Reinos, na China antiga. A China é governada pela Dinastia Han, e o ambicioso primeiro-ministro do norte, Cao Cao (Fengyi Zhang), pretende controlar todo o território chinês, e para tanto decide derrubar as duas forças rebeldes do sul. Para isso conta com um exército de quase um milhão de homens. Sun Quan (Chen Chang) e Liu Bei (Yong You), reis de suas regiões, são obrigados a unirem-se contra o poderoso ataque de Cao Cao. Desta forma os povos deixam de lado suas rivalidades e são obrigados a criar diversas estratégias para superar a esmagadora vantagem numérica do inimigo. Quem gosta de filme de guerra épico vai adorar este, porque além de uma excelente história baseada em fatos reais, mostra as estratégias de combate, grandiosas cenas de batalhas, e mesmo essa versão para o ocidente reduzida dos originais 280 minutos para 148 minutos não prejudicou em nada a sua beleza, pois o diretor teve o cuidado de fornecer uma narrativa de abertura para definir o contexto histórico nessa versão ocidental. Finalizando meu comentário, gostaria de enfatizar que se trata de um filmaço de guerra, e quem não viu, não sabe o que está perdendo, e eu recomendo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O ÚLTIMO GUARDA -COSTAS


                                                                                                                    

                                                             O ÚLTIMO GUARDA-COSTAS

                                                                                     (LONDON BOULEVARD)
 
                                               Filme lançado em 2012, com estreia na direção do roteirista William Monahan, vencedor do Oscar por Os Infiltrados (2006) e responsável também pelos roteiros de A Cruzada(2005), Rede de Mentiras(2008) e O Fim da Escuridão (2010), conta a história do gângster Mitchell (Colin Farrell) que após deixar a prisão, decide mudar de profissão e abandonar o mundo do crime. Com o novo objetivo, ele é contratado como segurança de Charlotte (Keira Knightley), uma complicada jovem atriz que tenta levar uma vida reclusa. Enquanto ela é perseguida por paparazzi, ele tenta escapar das investidas de um poderoso gângster, que quer vê-lo de volta à ativa. Em suas buscas pela liberdade, cada qual a sua maneira, os dois acabam descobrindo o amor. Com relação ao filme digo que até tem os seus momentos, mas o ritmo é lento, quase parando, o que torna a película cansativa para qualquer espectador. Os diálogos são péssimos, o roteiro é vazio, apesar de ser baseado em um livro de sucesso do escritor Ken Bruen. Filme batido e previsível, a trama não aprofunda os personagens, e no decorrer da projeção, pouco sabemos sobre o passado dos protagonistas e consequentemente não entendemos as suas motivações. O cast, apesar dos bons nomes, se encontra totalmente deslocado; um bom exemplo disso é a atuação de Keira Knightley- aqui entrega o seu pior trabalho a meu ver, totalmente perdida; Colin Farrell constrói um protagonista vazio e o tempo todo soa canastrão, uma atuação ruim  a qual não faz jus à carreira do ator. Ao contrário destes personagens, o elenco de apoio, traz alguma dignidade para a produção, como é o caso de Ray Winstone, um vilão cheio de personalidade e David Thewlis, em boa atuação com o personagem chamado Jordan, no mínimo, curioso. A meu ver só presta a trilha sonora, com várias canções "cool", de Bob Dylan a Kassabian. Este filme é tão ridículo quanto o seu título nacional. Se for para ver algum guarda-costas, fique com o do Kevin Costner, apesar de ambas as produções não terem relação nenhuma.

DOIS COELHOS


                                                                                                                   

                                                                                              DOIS COELHOS

                                             

                                                      Filme nacional lançado em 2012, com direção de Afonso Poyart, é um drama que trata da história de Edgar (Fernando Alves Pinto), causador de um grave acidente automobilístico, no qual uma mulher e seu filho são mortos. Indiciado, ele consegue escapar da prisão graças à influência de um Deputado Estadual amigo de seu pai. Logo em seguida ele parte para uma temporada em Miami (USA), e após dois anos  retorna para São Paulo, com um elaborado plano em que pretende atingir tanto o deputado Jader, aquele que o ajudou (Roberto Marchese), símbolo da corrupção política, quanto Maicon (Marat Descartes), um criminoso que consegue escapar da justiça, graças ao suborno de políticos influentes. Instigado, Edgar resolve colocar criminosos e corruptos em rota de colisão.  O diretor deu atenção especial à qualidade do texto, à estrutura não-linear da trama e conseguiu, ali no meio, realizar uma crítica social suficientemente interessante. Excelente trabalho do diretor já que a alta qualidade, da direção de imagem, fotografia, som e ótima trilha sonora, foge totalmente do que o pobre cinema nacional nos dá. Mas as idas e vindas e passado e presente que ao mesmo tempo dá sentido a história, também faz do roteiro ser um pouco confuso. Porém isso não diminui a qualidade do filme e ele entra na pequena lista dos filmes nacionais que eu recomendo. Gostaria de mencionar a interpretação convincente de Fernando Alves Pinto como Edgar, Alessandra Negrini como Júlia, uma promotora pública e Marat Descartes como Maicon. A título de informação esse filme concorreu à vários prêmios, tendo ganho no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2013, três, como melhor efeito visual, melhor trilha sonora original e melhor edição. Na Associação Brasileira de Cinematografia em 2013 ganhou a melhor montagem em longa-metragem, e no Los Angeles Brazilian Film Festival em 2012 nos EUA, Afonso Poyart foi indicado para melhor diretor e Alessandra Negrini também foi indicada para melhor atriz. Indico aos apreciadores de um bom drama, forte e com os elementos centrais da trama expostos de uma forma crua e incisiva.

     

PARAÍSOS ARTIFICIAIS


                                                                                                           

                         

                                                             PARAÍSOS ARTIFICIAIS

 

                          Filme lançado em 2012, é um drama brasileiro, dirigido por Marcos Prado e produzido por José Padilha, os mesmos produtores de Tropa de Elite I e II, conta a história de Érika (Nathalia Dill), uma DJ de relativo sucesso e muito amiga de Lara (Livia de Bueno). Juntas, durante um festival de música em praia do Nordeste brasileiro, onde Erika trabalha, elas conhecem Nando( Luca Bianchi) e, juntos, vivem um momento intenso. Entretanto, logo em seguida o trio se separa. Anos depois Érika e Nando se reencontram em Amsterdã (Holanda), onde se apaixonam. Só que apenas ela  se lembra do verdadeiro motivo pelo qual eles se afastaram pouco após se conhecerem, anos antes. O meu primeiro comentário a respeito deste filme, é que mesmo não sendo tão forte como os anteriores Ônibus 174, Tropa de Elite I e II, ainda assim existe algo de bom em sua pegada que pode fazer efeito no público. Embora  ache que faltou um retrato da geração mais consistente, e também um pouco mais de dramaturgia. Tecnicamente este filme é impecável, mas apesar de bem filmado e da plástica atraente, paira e não mergulha de fato na relação da juventude com as drogas, sexo e o mundo atual. Mesmo com todas essas observações, eu recomendo esta película, pois trata-se de um filme bonito de ser visto, com lugares filmados belíssimos, bonita fotografia, a atriz principal (Nathalia Dill) convincente, e no seu todo vale a pena assistir sem muitas exigências, somente a título de entretenimento.