segunda-feira, 27 de outubro de 2014

GOSTOSA LOUCURA


                                                                                                           

         

                                                                                        GOSTOSA LOUCURA

                                                                                              (CRAZY/BEAUTIFUL)
 
                                                           Este final de semana estava meio nostálgico, e resolvi assistir um filme romântico, tipo "sessão da tarde". Este filme foi produzido em 2001, dirigido pelo John Stockwell e trata-se à primeira vista de uma comédia romântica alegre e divertida, porém no transcorrer da película apresenta-se como um drama às vezes até pesado, e que no terço final parece mudar de ideia e desvia para um lugar mais seguro, uma conclusão um tanto inverossímil, mas comercialmente mais acessível. Trata-se do envolvimento de um rapaz de origem mexicana Carlos Nunez (Jay Hernandez), que estuda em uma escola de gente rica por bolsa, em Malibu (Los Angeles), com uma garota de família rica, problemática, frequentemente alcoolizada, drogada, e traumatizada pela morte da mãe, Nicole Oakley (Kirsten Dunst). Filme despretencioso, interessante pela atuação correta de Jay Hernandez, Kirsten Dunst e Bruce Davison como o pai de Nicole, conseguiu prender a minha atenção, bela fotografia, apenas  reafirmo que trata-se de um filme que poderia ser muito pesado pelo seu conteúdo, e que por força do diretor ou roteirista ou exigência de Hollywood, no terço final deu uma guinada para terminar mais comercialmente acessível. Vale uma conferida aos amantes deste tipo de filme.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

RIQUEZA PERDIDA



                            
                                                                                  


                                                                                           RIQUEZA PERDIDA


                                                                                                    (THE CLAIM)
                                                                      Filme produzido em 2000, com direção de Michael Winterbottom, relata a história de Dillon (Peter Mullan), um ambicioso explorador que, para conseguir uma velha mina de ouro, vende sua esposa e filha. Anos depois, ele praticamente, já é dono da cidade ao redor da mina, e vive um romance com Lucia (Milla Jovovich), a dona do bordel. No entanto, com a chegada de três forasteiros, um deles é um avaliador Mr. Dalglish (Wes Bentley), a serviço da ferrovia, para decidir onde será construída a continuação da estrada, e duas mulheres do seu passado Elena Burn(Nastassja Kinski) e Hope Burn(Sarah Polley), que guardam um segredo que pode destruí-lo, poderão mudar a vida de todos os habitantes em Kingdom Code. Este filme é um bom drama, porém meio paradão, para os amantes de muita ação, eu não recomendo, os demais sim. Este filme é uma adaptação para o cinema do livro de Thomas Hardy, "The Mayor of Casterbridge".  A trama gira em torno da redenção de Dillon como pai e líder, e a chegada de Elena e Hope o força a repensar sua vida. O diretor fez um ótimo trabalho ao recriar uma cidade colada nas montanhas geladas. A trilha sonora de Michael Nyman é excelente. Quanto à fotografia, os contrastes entre os exteriores monocromáticos e a exuberância escurecida dos interiores, dão ao filme um forte estilo visual, tanto é que no Festival Internacional de Valladolid, Espanha de 2001, ganhou o prêmio de melhor diretor de fotografia para Alwin H. Küchler. Os atores Peter Mullan, Sarah Polley e Wes Bentley apresentam um bom trabalho de interpretação. Entretanto, mais do que todos eles, é a luminosa Nastassja Kinski quem rouba todas as cenas em que aparece. Recomendo somente aos apreciadores deste tipo de filme. 

MÃOS TALENTOSAS: A HISTÓRIA DE BEN CARSON


                                                                                                                       

                                                    MÃOS TALENTOSAS: A HISTÓRIA DE BEN CARSON

                                                                      (GIFTED HANDS: THE BEN CARSON STORY)
  
                                         Filme produzido em 2009, com direção de Thomas Carter, conta a história verídica da vida de um menino pobre de Detroit, que se considerava burro e desmotivado, por tirar notas muito baixas, que se tornou neurocirurgião pediátrico de fama mundial, e aos 33 anos de idade, se tornou o Diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário John Hopkins, em Baltimore, EUA. O filme mostra dois momentos: Ben já adulto com a dúvida se faria uma cirurgia nunca feita antes, a de separar gêmeos siameses unidos pela cabeça; e Ben criança, quando de fato é contada a história dele até sua decisão de fazer a cirurgia. Menino pobre, negro, filho de mãe separada e analfabeta, era um aluno com baixíssimo rendimento, que sofria preconceito por parte de seus colegas e que se achava completamente incapaz de ser e conseguir algo na vida, entretanto, sua mãe, maior incentivadora dele, faz de tudo para que ele acredite em seu potencial e é quando ela se depara com a biblioteca de seu patrão, que percebe o que poderia ajudá-lo a mudar seu futuro. Sobre este filme tenho a comentar que se trata de uma ótima película, que serve de exemplo e motivação, também para mostrar o poder e a força que a literatura pode ter e de como os pais podem e devem incentivar seus filhos a ler. O ator Cuba Gooding Jr. está muito bem no papel título, além de Kimberly Elise no papel de sua mãe Sonya Carson. Finalizando, quem gosta de filme com uma boa história, bem dirigido, bem interpretado, que trata de superação, que demonstra como o esforço contínuo em se aprimorar pode ser determinador para se alcançar objetivos inimagináveis, este é o filme a ser visto com certeza. Está aí mais uma dica positiva.

JOÃO E MARIA: CAÇADORES DE BRUXAS



                            
                                                                                


                                                    JOÃO E MARIA: CAÇADORES DE BRUXAS


                                                             (HANSEL AND GRETEL: WITCH HUNTERS)
                                        Filme produzido em 2013, dirigido por Tommy Wirkola, que Hollywood vem à algum tempo investindo em clássicos contos infantis para apresentar uma "nova" versão. Esta é mais uma delas, que chegou às nossas telas. Nos papéis principais estão Jeremy Renner (João), que em seu currículo tem filmes, Missão Impossível, Os Vingadores e O Legado Bourne, e a britânica Gemma Arterton (Maria), que protagoniza pela primeira vez uma produção hollywoodiana. A dupla apresenta uma boa sintonia, com efeitos especiais muito bem realizados, apresenta ação do começo ao fim porém para mim, o filme não emplacou, o achei apenas razoável, pois a trama não é envolvente, podendo se prever o que vai acontecer com muita facilidade, sem surpresas. Muito boa é a parte de maquiagem, como as bruxas e o ogro Edward, e também a direção de arte que conduz com primazia as lutas e efeitos visuais, são estes aspectos técnicos que ajudam a elevar a medíocre história, que a meu ver nesta produção, a maior preocupação foi dar uma linguagem voltada para o público adolescente, como os da saga Crepúsculo, porém não teve o mesmo  cuidado, apresentando erros visíveis. O protagonista injeta insulina na veia, pois relata que apresenta problemas que parecem ser Diabetes. Ora , a descoberta do papel do pâncreas na produção de insulina, só começou a ser verificada cientificamente em 1889 na Alemanha, por Mehring e Minkowski, quase 70 anos após a história do filme se desenrolar. Vale citar a participação de Famke Janssen como a bruxa negra Muriel. Também não ficou bem explicado como surgem as bruxas negras e as brancas no filme. Acredito que este filme só agradará ao espectador, que gosta e presta atenção nos efeitos especiais, e deixa a história de lado, como não é o meu caso, eu não o recomendo.

MAX MANUS: UM HOMEM DA GUERRA


                                                                                                                

                                                    MAX  MANUS: UM HOMEM DA GUERRA

                                                                                              (MAX MANUS)
 
 
                                                       Baseado em fatos reais, este longa metragem norueguês de 2008, dirigido por Joachim Ronning e Espen Sandberg, é uma super produção sobre o nazismo, do ponto de vista da história da Noruega, que teve o seu território ocupado por Hitler na II Guerra Mundial. Depois de lutar contra os comunistas na Finlândia, Max Manus (Aksel Hennie), retorna à Noruega, sua terra natal, atualmente ocupada pelos nazistas. Ele se alista em um movimento de resistência contra os alemães, quando acaba sendo preso. Ao conseguir fugir, vai para a Escócia, onde recebe treinamento especial antes de ser enviado de volta, para realizar várias missões de sabotagem. Confesso que comecei assistindo este filme, sem maiores pretensões, e mais uma vez me surpreendi positivamente, porque o achei excelente, prende o telespectador do início ao fim, os atores e atrizes atuam muito bem, há uma boa reconstituição de época, figurino bem cuidado, belas locações, ação e suspense, uma fotografia excepcional, principalmente de Oslo, capital da Noruega, na II Guerra, assim como a visão crítica do filme sobre o comportamento de alguns noruegueses em confronto com a resistência nacional, além de tratar de uma história verídica de Maximo Guillermo Manus, nascido em Bergen a 09 de dezembro de 1914 e falecido em Baerum a 20 de setembro de 1996, sendo ele um verdadeiro herói nacional da Noruega. Gostaria de destacar algumas interpretações, Siegfried Fehmer (Ken Duken), como o oficial da Gestapo,  Ida Nikoline (Agnes Kittelsen), Gregers Gram( Nicolai Cleve Broch) e finalmente Kolbein Lauring (Christian Rubeck). Finalizando meu comentário, ressalvo que vale muito a pena, quem gosta deste tipo de filme, que o veja sem medo de ser feliz, além de corroborar com a minha opinião, Max Manus foi escolhido para representar a Noruega no Oscar 2010, como Melhor Filme de Língua Estrangeira. Mesmo que não esteja entre os 5 finalistas, vale a pena conferir. O roteiro baseou-se em dois livros escritos pelo condecorado norueguês. Fica aqui mais uma dica minha de bom entretenimento.