segunda-feira, 25 de agosto de 2014

CANÇÃO PARA MARION


                                                                                                                         

                                                             CANÇÃO PARA MARION

                                                                                   (SONG FOR MARION)

                                                    Filme lançado em 2012, com roteiro e direção de Paul Andrew Williams, trata-se de um drama envolvendo o rabugento aposentado Arthur (Terence Stamp),que não sabe se relacionar com as pessoas, somente a sua esposa Marion (Vanessa Redgrave) consegue ler dentro de seu coração. Ela está com um câncer terminal, e se preocupa com o futuro do marido, que não é capaz sequer de se comunicar com o filho único James (Christopher Eccleston). Mesmo achando desnecessário para a saúde frágil da mulher, Arthur leva Marion para ensaiar no coral de idosos, onde ela fez muitos amigos, a começar pela professora Elizabeth (Gemma Arterton). Com relação ao filme amigos, eu gostei muito, pois o mesmo fala sobre vida, cuidar, velhice, morte e relacionamento, capacidade e limitação que cada um tem de expressar o amor, mostrada de uma forma gentil e sensível, acompanhada de uma bela trilha sonora. Sua mensagem é tocante, pois mesmo as pessoas mais rudes, frias, fechadas, difíceis de se relacionarem são também capazes de amar. O amor, paciência e dedicação pode ultrapassar as barreiras mais intocáveis de um coração. Momento mágico no filme é quando a Marion canta a música "True Colors", que demonstra o quanto o amor pela vida e pelas pessoas é importante. Amigos quem não viu este filme, e quer assistir uma linda história, bem triste, bem interpretada, que nos faz lembrar que o ser humano  continua em busca da felicidade e que também continua sofrendo com as perdas, eu recomendo. Atuações brilhantes de Vanessa Redgrave, Terence Stamp e também destaco a atriz  Gemma Arterton, uma grata surpresa.

O DIÁRIO DE UM JORNALISTA BÊBADO


                                                                                                                 

                                               O DIÁRIO DE UM JORNALISTA BÊBADO

                                                                                             (THE RUM DIARY)

 

                                                    Este filme lançado em 2011, com direção de Bruce Robinson e baseado no romance de Hunter S. Thompson, conta a história do jornalista itinerante Paul Kemp (Johnny Depp). Cansado da vida frenética de Nova Iorque e das convenções morais de uma América conservadora, ele viaja à bela ilha de Porto Rico, para trabalhar em um jornal local, o "The San Juan Star", administrado pelo tirânico Lotterman (Richard Jenkins). Adotando o ritmo calmo do lugar, regado a muito rum, Paul começa a se apaixonar pela bela Chenault (Amber Heard), noiva de Sanderson (Aaron Eckhart), um dos maiores empresários da cidade. Ganancioso, Sanderson planeja converter Porto Rico em um paraíso do capitalismo. Quando Kemp é recrutado por Sanderson para escrever um artigo favorável a respeito de sua nova e corrupta empreitada, ele é confrontado com um dilema: deve ajudar o empresário, ou aceitar os riscos e aproveitar para denunciá-lo? Este filme é um "drinque" bem dosado de comédia, drama, romance e suspense. Gostei do filme, embora um filme baseado em fatos reais dificilmente seja ruim, e este não fugiu à regra. Não conhecia a história do jornalista Hunter S. Thompson (1937-2005), muito bem interpretado pelo ótimo ator Johnny Depp, além de também muito boas atuações de Aaron Eckhart e Richard Jenkins. Impressionante também a atuação do americano Giovanni Ribisi no papel de Moburg. Recomendo aos amigos apreciadores deste tipo de filme.  

HANNA


                                                                                                                     

                                                                                HANNA

                                          (HANNA)     

 

                                        Este filme lançado em 2011,com direção de Joe Wright, trata-se da história de Hanna (Saoirse Ronan), uma menina criada na fria terra da Finlândia pelo pai, um ex-agente da CIA Erik Heller (Eric Bana). Desde criança, treinada para ser uma assassina perfeita, leva uma vida completamente diferente de qualquer outra criança de sua idade. Um dia Hanna recebe uma missão do pai e atravessa a Europa, enganando agentes experientes que estão no seu encalço, com os ensinamentos de seu mentor. Quando o alvo vai ficando cada vez mais perto, alguns segredos vêm à tona e a garota passa a questionar seus atos. Sobre este filme tenho a comentar que gostei e o recomendo, trata-se de um filme de ação diferente daqueles costumeiros com atores fortes e grandões, que tinha tudo para dar errado, pois tem um roteiro previsível, sendo assim, poderia ter se tornado apenas um maçante filme de pancadaria, mas, por competência do diretor, do elenco e da direção de arte, não foi. Este grupo de profissionais com talento, conseguiu tirar o roteiro do lugar comum e transformar o filme em um bom espetáculo. Qualquer outra atriz principal, poderia ter condenado a obra ao fracasso, mas Saoirse Ronan foi genial em sua atuação, juntamente com a sempre excelente Cate Blanchett, que encenou com perfeição a vilã Marissa Wiegler no filme. Ronan consegue passar de cruel assassina à uma menina inocente.O elenco de estrelas associado ao visual do filme, com fotografia impressionante e bom uso do enquadramento da câmera, faz com que a película mereça a nossa atenção. Hanna pode não ser o melhor filme do britânico Joe Wright (Orgulho e Preconceito-2005; Desejo e Reparação-2007; O Solista-2009; Anna Karenina-2012), mas com certeza reflete o talento deste diretor. Alternando entre previsível e original, este é um filme para entrar na lista dos apreciadores de uma boa obra de ação.                                                                                          

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O SOLTEIRÃO


                                                                                                                                

                                                                        O SOLTEIRÃO

                                                                                                          (SOLITARY MAN)

 

                                                                                            Filme lançado em 2009, com direção de Brian Koppelman, é um drama, e não uma comédia como o título sugere, trata-se da vida de Ben Kalmen (Michael Douglas), que descobre que tem um grave problema cardíaco, e a partir daí, sua vida degringola de vez. Sua famosa concessionária de carros vai à falência, graças a descoberta de um golpe. Seu casamento com Nancy (Susan Sarandon), também foi por água abaixo, já que Ben passou a ter diversos casos extra conjugais. Sem dinheiro e com o nome sujo, ele conta com ajuda financeira da filha Susan (Jenna Fischer) e o neto, mas enfrenta resistência do genro Gary (David Costabile). Ele também tem sérios problemas com sua atual namorada Jordan (Mary-Louise Parker) e sua filha Allyson (Imogen Poots). Recomendo este filme para quem quer assistir a um drama forte, com raízes profundas, de um homem de meia idade vazio, com suas crises, metido a garotão, falido, abandonado à própria sorte, que fez as escolhas erradas na sua vida, inconsequente e irresponsável. Papel excepcional do Michael Douglas, como um homem que toma atitudes que praticamente o deixam solitário em sua vida e a dificuldade de cuidar de si e dar valor ao que realmente é importante. Como um homem sem princípios pode se destruir, enfim, este filme é para ser visto por adultos. Como curiosidade apenas, esta película foi feita quando Michael Douglas estava se recuperando de um câncer na vida real. Pena que o papel de Susan Sarandon é de menor grandeza, mas mesmo assim, ela dá um show de interpretação, assim como ele. Muito bom drama, muito triste, e um filme que nos leva a  meditar sobre seu personagem.

AS MARGENS DE UM CRIME


                                                                                                                  

                                                   AS MARGENS DE UM CRIME

                                                                                    (IN THE ELECTRIC MIST)

      

                                        Filme lançado em 2009 sob a direção do francês Bertrand Tavernier, trata-se de um gênero policial com a história de  Dave Robicheaux (Tommy Lee Jones), um detetive alcóolatra da cidade de New Iberia  na Louisiana, em busca de um serial killer, que sempre ataca jovens mulheres. Na volta para casa após vistoriar mais uma cena de crime, ele encontra Elrod Sykes (Peter Sarsgaard), um astro de Hollywood que está na cidade para gravar seu novo filme. Ele está gravando com o apoio do chefão do crime da região Baby Feet Balboni (John Goodman). Elrod conta a Dave que viu no pântano o cadáver de um homem negro, que estava acorrentado, e essa descoberta traz à tona memórias doloridas de seu passado. Ele realmente acredita que os dois casos estão interligados, porém quanto mais Dave se aproxima do assassino, mais o assassino se aproxima dele e de sua família.  Com relação ao filme eu gostei, trata-se de uma história policial bem organizada, com uma atmosfera boa do filme, de forma que certos detalhes confusos do roteiro são perdoados. Para quem gosta de ver muito tiro e ação, este filme vai deixar a desejar, pois é mais com história e diálogos  que ele transcorre. Como sempre Tommy Lee Jones, um grande ator, está muito bem, assim como John Goodman. É uma película  que tem que prestar a atenção, senão não vai entender e aí não vai gostar. No papel de menor expressão infelizmente, como sua esposa, Bootsie Robicheaux, está a boa atriz Mary Steenburgen. Recomendo somente aos admiradores deste gênero de filme.

                                 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O GRANDE MESTRE 2


                                                                                                                 

                                                                      O GRANDE MESTRE 2

                                                                                              (YIP MAN 2)

 

                                                     Continuação do belo 1º filme O Grande Mestre, lançado em 2008, esta continuação, com direção de Wilson Yip foi lançado em 2010. Após o conflito com os japoneses, o mestre Ip Man (Donnie Yen), migra para Hong Kong com a sua família. Lá ele tenta divulgar sua disciplina de artes marciais para o mundo, mas enfrenta o ciúme e a oposição dos rivais, como o mestre local de estilo Hung Ga. Para piorar a situação, ele vai sofrer a opressão imposta pelos britânicos, que estão governando a cidade. Filme competente, bem dirigido e com boas interpretações, destaco as atuações do herói Donnie Yen, sua esposa Cheung Wing, papel da atriz  Lynn Hung e também do mestre Sammo Hung Kam-Bo, embora um pouco gordinho com o personagem Mestre Hong Zhen Nan. Esta continuação, baseado na vida de Yip Man, o mestre de Bruce Lee, segue a linha do primeiro filme, com boas e , digamos, cinematográficas cenas de lutas. Seu enredo porém, achei mais simples do que o primeiro, e de uma maneira geral preferi o 1º filme, como sendo mais bem elaborado, interpretado e executado. Mas mesmo assim, ainda o recomendo, embora com tais observações. No final do filme receberá um aspirante a aluno destinado à fama. Tenho constatado, que dificilmente na minha vida de admirador de bons filmes, uma continuação supere o seu filme precursor.  

ROSARIO TIJERAS


                                                                                                                   

                                                                    ROSARIO TIJERAS

                                                                                           (ROSARIO TIJERAS)

 

                                                           Filme colombiano lançado em 2005, com direção de Emilio Maillé, teve a sua estréia norte-americana no American Film Institute, festival em Hollywood. Filme com história baseado no livro de mesmo nome, escrito pelo autor Jorge Franco. Também foi indicado para o prêmio Goya de melhor filme estrangeiro.  Rosario Tijeras é declaradamente o segundo filme de maior bilheteria na história colombiana. Rosario é uma jovem nascida em uma das áreas marginais da cidade de Medellín, Colômbia, marcada pela violência e pelas mortes nos tempos do chefão do narcotráfico Pablo Escobar. A heroína (Flora Martínez), é uma bela mulher de 20 e poucos anos, com jeito inocente e uma pistola oculta em suas roupas. O apelido que lhe serve de sobrenome, "tijeras" (tesoura), vem de um episódio ocorrido em sua infância, quando enfrentou com essa arma um pedófilo. Desde então, mergulha no submundo de Medellín e passa a ser protegida pelos barões da droga. Tenho a comentar, que fiquei impressionado com este filme, pois não esperava assistir  à uma película com bela fotografia, uma história envolvente centrada em um triângulo amoroso bem colocado formado por ela, Antonio (Unax Ugalde) e seu amigo Emilio (Manolo Cardona). Filme apresenta uma sensualidade explícita, sem vulgaridades e inserida dentro do contexto do filme. Amigos fiquei surpreso com este filme, e por isto eu recomendo aos apreciadores de uma boa história, real, em um país  que vivencia este cenário ainda nestes dias atuais.